06/07/2007

QUEM SABE INTERPRETAR SONHOS?


Há duas noites atrás tive um sonho muito interessante.

Estava eu, vários colegas meus, amigos, pessoas relacionadas com o ensino, com a saúde,... muito pessoal de várias áreas da Função Pública, empresários e outros, num grande encontro proporcionado pelo "desgoverno" deste nosso lindo "jardim à beira mar plantado".

Não sei o motivo do encontro, mas era realizado num resort à beira mar , com belos jardins e esplanadas muito agradáveis (tipo aqueles resorts paradisíacos das Caraíbas, do Brasil, Tailândia...), o que me levou depois a pensar que se o "desgoverno" estava a ser tão "mãos largas" para o povinho, devería ter alguma intenção obscura por detrás...

Lembro-me que no meu sonho também estavam presentes vários ministros, mas apenas me lembro de ver três - António Costa (que até já saiu para tentar outro tacho), José Sócrates sempre com olhar desconfiado e a tentar ouvir todas as conversas entre os vários participantes, apesar de estar sentado numa comfortável poltrona, debaixo de um toldo, a usufruir de uma sombra bem confortável e a nossa "amada" Maria de Lurdinhas que circulava e ía tentando meter conversa com várias pessoas que a tentavam despachar, evitando o diálogo.

Eu esta sentada numa linda mesa redonda debaixo de um grande sombreiro na conversa com vários colegas meus (embora saiba que era tudo gente conhecida e amiga, e que lá estava presente a minha escola em peso, não consigo identificar quem me fazia companhia nas conversetas). Este local ficava mesmo em frente ao local onde Sócrates se encontrava, e todos sentiamos a sua indiscrição no controlo do que se íamos falando.

Ora a Lurdinhas, que vinha sendo "despachada" e ignorada dos vários locais por onde ía passando, resolveu aproximar-se de nós e abancar numa cadeira vazia, tentando meter conversa, que todos fomos mais ou menos ignorando, até que ela disse uma daquelas bem boas e eu não me contive.

Nem queiram saber a confusão, só não lhe chamei "mãe"! Imaginem, eu que quem me conhece sabe que sou contida nas minhas palavras, especialmente nos palavrões, embora nunca na minha vida tenha dito tantos como nos últimos tempos, por forças das circunstâncias.

Disse-lhe que não admitia que estivesse a falar de coisas que não percebia (o ensino, está claro, não é?!), que era uma ignorante, uma analfabeta, uma burra (com o devido respeito para os animais que adoro), que devia ser uma esquizofrénica ou outra coisa qualquer, que empreendeu na destruição daqueles que devería defender e organizar, que nos tinha destruido e estava a tentar destruir ainda mais a cada dia que passava, que não tinha a mínina ideia do que era ensinar ou o trabalho numa escola, perguntei-lhe quanto ganhava e se não quería trocar de vencimento connosco, uma vez que nós é que fazemos as escolas funcionarem,que é graças à nossa carolice, muitas vezes a dar do nosso tempo, pondo as nossas famílias de parte e sem receber nada em troca, que as escolas ainda se mantêm de pé... Aconselhei-a a despedir-se e a deixar trabalhar quem realmente percebe do assunto, quem é sério e honesto...

Os meus colegas estavam sériamente assustados e preocupados com o que me iría acontecer, tocando-me, fazendo-me sinais de que o Sócrates, confortável na sua poltrona, embora disfarçando conversa com algumas pessoas, estava a topar tudo o que se passava ali.

Ainda fiquei pior, hehehe! E continuei... Identifiquei-me, disse de que escola vinha e acrescentei: embora os meus colegas não estejam a falar, sei que estou a falar aquilo que , pelo menos a grande maioria também gostaría de lhe dizer. Querem-me prender, prendam, pois na cadeia tenho mais tempo pra mim e ainda têm que me alimentar, mas se não têm colhões (peço desculpa pelo palavrão) para o fazer aqui, já sabem onde trabalho, podem ir-me lá buscar, pôr-me um processo disciplinar, suspender-me ou até despedir-me, é da maneira que vou pra Inglaterra pra junto do meu marido, nem que seja lavar pratos. Não me dá tanta chatice: é só meter a louça nas máquinas, carregar no botão, tirá-la de lá lavada e ganhar mais do ganho como professora aqui ( e atenção, a vida em Inglaterra, pra quem vive lá e tem casa não é mais cara que cá, pelo contrário muitos bens essenciais , vestuário, saúde, e assistências várias, são bem mais baratos e de muito melhor qualidade. Claro que pra ir de férias é diferente, porque os restaurantes são mais caros, embora dependa dos restaurantes, mas para os vencimentos que têm... apenas falo de Inglaterra que conheço relativamente bem). Ah! Mas podem ter a certeza que nunca me calarei e que farei queixa do governo deste país para a Comissão Europeia, como sendo um governo que está a seguir os passos de uma ditadura, oprimindo, sacrificando o povo, provocando o medo nas pessoas e impedindo a liberdade de expressão.

Como na luta por Timor, para mim esta luta será: Vencer ou Morrer!

De repente acordei com imagem da Lurdecas amuada, quase a fazer beicinho.
Mas posso-vos dizer que acordei super bem-disposta, com uma enorme satisfação de dever cumprido e que andei todo o dia com um sorriso nos lábios apesar da depressão que me tem assolado nos últimos tempos.

Alguém que perceba do assunto me saberá dizer o que poderá significar um sonho destes?

Bendito sonho! Ai, como gostaría que se tornasse realidade apesar dos contratempos e como sería feliz que tivesse efeitos posítivos para a vida de todos os portugueses.

Laumalai


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