O relatório é feito por três médicos e uma assistente social que estão a acompanhar Esmeralda, a menina que se viu no meio de uma guerra entre a família de acolhimento e o pai biológico.
Dos meses em observação, Abril e Maio, os técnicos concluíram que a criança está doente, com uma perturbação de ansiedade de separação. Um problema relacionado com a ameaça de perder os pais afectivos Luís Gomes e Maria Adelina.
Por decisão do tribunal, Esmeralda tem recebido visitas semanais dos pais biológicos em separado. O relatório, assinado a 20 de Julho, diz que essas visitas não são uma ameaça mas que o problema reside no significado que a criança atribui a esses encontros.
De acordo com os técnicos que acompanham a menina, Esmeralda tem medo que o pai biológico a roube nos encontros que acontecem no infantário e receia que Baltazar Nunes a afaste dos pais afectivos.
Os médicos entendem por isso que a criança corre o risco de se desorganizar psicologicamente e pode entrar num quadro psiquiátrico grave com necessidade de psicofármacos e tratamento médico.
Para já, Esmeralda apresenta falta de concentração confessa mal-estar e angústia nas visitas e nesses dias deseja não ir ao infantário.
A equipa de pedopsiquiatras entende, assim, que o regime transitório estipulado pelo tribunal é potenciador dos riscos e sugere alterações de forma a que os encontros sejam mais espaçados e a menina possa restabelecer-se psicologicamente evitando formas de orientação terapêutica que podem vir a resultar em eventual internamento.
Os técnicos que acompanham Esmeralda deixam claro que não pretendem demitir-se da função psicoterapeuta que têm vindo a desempenhar, mas dizem sentir-se limitados se as condições se mantiverem.
Depois de ler o relatório, a juíza Sílvia Pires notificou a directora do Departamento de Pedopsiquiatria do Hospital de Coimbra para prestar esclarecimentos no Tribunal de Torres Novas, o que vai acontecer esta quinta-feira.
No meio de um relatório negro sobre os riscos para a saúde psíquica de Esmeralda os técnicos dizem, no entanto, que os pais afectivos e biológicos evoluíram no entendimento do que é melhor para a menina.
A SIC tentou contactar José Luís Martins, o advogado de Baltazar Nunes, que não se mostrou disponível.
Resumindo:
Um pai que não quis saber da filha até o tribunal o obrigar a fazer testes de paternidade.
Um pai que tem o descaramento de dizer que ama muito a filha, que até há pouco tempo não queria nem reconhecia e que não conhece de lado nenhum. Dá para desconfiar!
Uma mãe que deu a filha porque achava não ter condições para a criar, mas que agora porque o pai a quer, ela também já a quer.
Um casal que não foi devidamente orientado no processo de adopção, mas que amou a filha desde o primeiro momento, dando-lhe amor, carinho, educação, estabilidade familiar...
Um casal que luta a todo o momento pela filha "adoptiva", como se fosse do seu sangue, chegando o pai a ser preso e a mãe a estar escondida com a menina para també não ser presa ou não lha tirarem de imediato...
Os tribunais que embora dizendo que tinham, não tiveram em conta os interesses da criança ou o que sería melhor para ela, mesmo sendo alertados várias vezes por vários especialistas.
Afinal quem são os verdadeiros criminosos aqui?
Não sou períta em leis, mas tento sempre ser justa e na minha modesta opinião os verdadeiros responsáveis por esta situação são:
- Os pais biológicos, que não assumiram mas as suas responsabilidades.
- Mas principalmente os tribunais, os juízes que analisaram este caso, que deveríam ser pessoas formadas, que deveríam ter ouvido quem percebe do assunto (psicólogos, pedopsiquiatras...), ao invés de incriminarem os pais afectivos. Agora Srs Juízes, de quem é a responsabilidade pelo desequílibrio da criança? Vão deixar que a situação se continue a agravar a ponto de destruir por completo o equílibrio desta menina? Responsabilizam-se pelos desequílibrios e quem sabe que vida, a menina terá quando fôr adulta?
Eu sou professora numa escola pública e infelizmente, passam-me muitas desgraças pelas mãos.
Tento fazer o meu melhor, conversando e tentando dar apoio a nível de materiais, emocional,... aos meus alunos. Infelizmente, não posso fazer mais nada, pois não posso mudar as famílias nem equilibrá-las, embora muitas vezes tente conversar com os pais no sentido de lhes dar algumas orientações. Mas eu não tenho o vosso poder.
O vosso trabalho é fazer com que as leis se cumpram, eu sei, mas estarão a ir contra a lei ao terem em atenção o que é melhor para a criança? Com certeza que não. Aliás é essa a vossa obrigação e tudo o que acontecer a esta criança (e a outras espalhadas pelo nosso país) é da vossa responsabilidade, uma vez que são vocês que têm o poder de decisão nas mãos. Por isso cumpram o vosso papel com eficiência e dignidade!
Laumalai
1 comentário:
É nina... parece que para a maior parte desta gente.. o bem estar da menina é secundário... vá lá a gente entender o ser humano...dasss
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