29/03/2007

Porque gritamos?

Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
"Porque as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"
"Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles.
"Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?
"Questionou novamente o pensador.
"Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça",
retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:"Então não é possível
falar-lhe em voz baixa?
"Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu:"Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?
" O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.
Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.
Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?
Elas não gritam. Falam suavemente.
E por quê?Porque seus corações estão muito perto.
A distância entre elas é pequena.Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.
E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar,apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem.
É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.
"Por fim, o pensador conclui, dizendo:
"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem,não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".
(Mahatma Gandhi)
O QUE É O AMOR?


Esta foi a pergunta feita a um grupo de crianças dos 4 aos 9 anos,
durante uma pesquisa feita por profissionais de educação e psicologia.
As crianças conseguem mesmo surpreender-nos!


"Amor é quando alguém te magoa, e tu, mesmo muito magoado, não gritas, porque sabes que isso fere os sentimentos da outra pessoa."
Mathew, 6 anos.

"Quando minha avó ficou com artrite, e deixou de poder dobrar-se para pintar as unhas dos pés, o meu avô passou a pintar as unhas dela, apesar de ele também ter muita artrite."
Rebecca, 8 anos.

“Amor é quando uma menina põe perfume e o menino põe loção pós-barba, depois saem juntos e se cheiram um ao outro."
Karl, 5 anos.

"Eu sei que minha irmã mais velha me ama porque ela dá-me todas as roupas velhas e tem que sair para comprar outras."
Lauren, 4 anos.

"Amor é como uma velhinha e um velhinho que ainda são muito amigos, apesar de se conhecerem há muito tempo."
Tommy, 6 anos

"Quando alguém te ama, a forma de dizer o teu nome é diferente..."
Billy, 4 anos.

"Amor é quando tu sais para comer e ofereces as tuas batatinhas fritas sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela."
Chrissy, 6 anos.

"Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes, para ter certeza que está ao gosto dele."
Danny, 6 anos.

"Se queres aprender a amar melhor, deves começar com um amigo de quem não gostas."
Nikka, 6 anos.

"Quando contas a alguém alguma coisa feia sobre ti próprio, e ficas com medo que essa pessoa por causa disso deixe de gostar de ti, ai ficas mesmo surpreendido, quando descobres que não só te continuam amando, como ainda te amam mais!"
Samantha, 7 anos.

"Há dois tipos de amor: o nosso amor e o amor de Deus. Mas o amor de Deus consegue juntar os dois."
Jenny, 4 anos.

"Amor é quando a nossa mãe vê o nosso pai chegar suado e mal cheiroso, e ainda diz que ele é mais bonito que o Robert Redford!"
Chris, 8 anos.

Quando amas alguém, os teus olhos sobem e descem, e pequenas estrelas saem de ti!"
Karen, 7 anos.

"Amor é quando o teu cão te lambe a cara, mesmo depois de o teres deixado sózinho o dia inteiro."
Mary Ann , 4 anos.

24/03/2007

Bandeira


A bandeira nacional é rectangular e formada por dois triângulos isósceles de bases sobrepostas, sendo um triângulo preto com altura igual a um terço do comprimento que se sobrepõe ao amarelo, cuja altura é metade do comprimento da bandeira.


No centro do triângulo de cor preta fica colocada uma estrela branca de cinco pontas, que simboliza a luz que guia.

A estrela branca apresenta uma das pontas viradas para a extremidade superior esquerda da bandeira.

A parte restante da bandeira tem a cor vermelha.

Amarelo - os rastos do colonialismo;
Preto - o obscurantismo que é preciso vencer;
Vermelho - a luta pela libertação nacional;
Branco - a paz.



in "Constituição da República Democrática de Timor-Leste", Parte 1, Artigo 15º
Hino Nacional

“Pátria” é o hino nacional da República Democrática de Timor-Leste. Composta em 1975 por Afonso de Araújo com letra de Francisco Borja da Costa, “Pátria” foi adoptada em 2002 com a Restauração da Independência, como hino nacional.

Letra

Pátria, Pátria, Timor-Leste, nossa Nação.
Glória ao povo e aos heróis da nossa libertação.
Pátria, Pátria, Timor-Leste, nossa Nação.
Glória ao povo e aos heróis da nossa libertação.
Vencemos o colonialismo, gritamos:abaixo o imperialismo.
Terra livre, povo livre,não, não, não à exploração.
Avante unidos firmes e decididos.
Na luta contra o imperialismoo inimigo dos povos, até à vitória final.
Pelo caminho da revolução.
Os malais em Timor


Malai significa estrangeiro, e também pessoa importante, seja lá o que isso for.
Malai metan, se for preto, malai mutin, se for branco.
Timor-Leste, e sobretudo Dili, parece viver numa economia ilusória e insustentável, pensada pelo malai, feita para o malai, por causa do malai.Uma economia onde demasiado dinheiro entrou... Não admira, portanto, que num país em que os seus jipes luxuosos circulam ostensivamente por entre porcos, cabras, galinhas e cães esquálidos, o malai seja sinónimo de dinheiro. Por isso há preço timor e preço malai em tudo. Há mercado timor e supermercado malai. Pouco importa se é voluntário pelintra ou consultor sobre-remunerado. Leva tudo pela medida grande. O malai é rico, e ponto final.
Aos olhos da maioria dos Timorenses, o malai é um cifrão com pernas.Os malais andam assustados agora...
A ajuda humanitária já não é o que era...


In: Timor Cartoon Internacional


http://timorcartoon.blogspot.com/

DESCOBRE OS CAVALOS

A RIQUEZA ESTÁ NOS OLHOS DE QUEM VÊ

Um dia, um pai de família rica, grande empresário, levou o seu
filho para viajar até um lugarejo com o firme propósito de mostrar o quanto
as pessoas podem ser pobres. O objectivo era convencer o filho da
necessidade de valorizar os bens materiais que possuía, o status, o prestigio
social; queria desde cedo passar esses valores para o seu herdeiro. Eles passaram um dia e uma noite numa pequena casa de taipa, de um morador da
fazenda do seu primo... Quando regressaram da viagem, o pai perguntou ao filho:
- E então filho, como foi a viagem para ti?
- Muito boa pai, respondeu o pequeno.
- Viste a diferença entre viver com riqueza e viver na pobreza?
- Sim pai! Retrucou o filho, pensativamente.
- E o que aprendeste, com tudo o que viste, naquele lugar tão
pobre?
O menino respondeu:
- É pai, eu vi que nós temos só um cão em casa, e eles têm
quatro.
- Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim.
- Eles têm um riacho que não tem fim.
- Nós temos uma varanda coberta e iluminada com fluorescentes e
eles têm as estrelas e a lua no céu.
- O nosso quintal vai até ao portão de entrada e eles têm uma
floresta inteirinha.
- Nós temos alguns canários engaiolados e eles, todas as aves
que a natureza pode oferecer-lhes, soltas!
O filho suspirou e continuou:
E além do mais pai, observei que eles rezam antes de qualquer
refeição, enquanto que nós aqui em casa sentamos à mesa falando de
etiquetas, negócios, dinheiro, eventos sociais, comemos, empurramos o prato e
pronto!
No quarto onde fui dormir com o Toninho, passei vergonha pois
não sabia sequer orar, enquanto que ele se ajoelhou e orou agradecendo a
Deus por tudo, inclusive a nossa visita na casa deles, e nós, aqui em
casa, vamos para o quarto, deitamo-nos, assistimos televisão e dormimos.
Outra coisa pai, dormi na rede do Toninho, enquanto que ele
dormiu no chão, pois não havia uma rede para cada um de nós, enquanto que aqui na nossa casa colocamos a Maristela, nossa empregada, para dormir naquele quarto onde guardamos entulhos, sem nenhum conforto, tendo camas macias e cheirosas que não são usadas.
Conforme o pequeno garoto falava, seu pai ficava estupefacto, sem
graça, envergonhado.
E o filho na sua sábia ingenuidade e no seu brilhante desabafo, levantou-se,
abraçou o pai e ainda acrescentou:
- Obrigado pai, por me haver mostrado quão pobres nós somos!

MORAL DA HISTÓRIA:
Não é o que você é, o que você tem, onde está ou o que faz, que
irá determinar a sua felicidade; mas o que você pensa sobre isto!
Tudo o que você tem, depende da maneira como você olha, da
maneira como você valoriza.
Se você tem amor, amigos, família, saúde, bom humor, honradez,
sobreviva nesta vida com dignidade, tenha atitudes positivas, partilhe com benevolência as coisas que você ganhou de Deus.
Você tem tudo!
Tens consciência que se morressemos amanhã, a firma onde trabalhas te substituiria rapidamente?

Que o café que frequentas, no dia seguinte te esqueceria ?
Mas a familia que deixas para trás, sentirá a tua falta para o resto da tua vida.
Pensando nisto, gastamos mais tempo com o trabalho do que com a familia... É um investimento muito pouco sensato, não achas ?


Afinal, qual a moral da historia? Sabes o que significa a palavra Família em inglês ?
>>FAMILY = (F)ATHER (A)ND (M)OTHER (I) (L)OVE (Y)OU "
Pensa nisso....não vivas só para o trabalho. Medalhas...?.só o carinho da família e dos amigos, os verdadeiros são como família.



Bom fim de semana para todos

21/03/2007

O mito do Gigante ( comentário e interpretação)

Segundo especialistas no assunto, este mito, também conhecido por "O que originou a forma actual da lua", deve classificar-se nos de observação. A Lua, em algumas das suas fases lembra uma banana, havendo ainda uma certa semelhança na cor quando a banana se encontra madura. A altura a que a Lua está da Terra, a sua semelhança e grandeza, conjugada com a existência de um cemitério nativo contendo múltiplas sepulturas, talvez pudesse ter dado origem a este mito.
Por curiosidade, e acompanhados dos chefes nativos, uma equipa de especialistas, foram ao local, onde os informaram ainda existirem as sepulturas do gigante. Foi-lhes indicada numa extensa planície uma pequena elevação com cerca de 50 m de comprimento e 15 m de largo, que apresentava nos extremos dois montículos cónicos.
Foram feitas ligeiras escavações, mas nenhuns vestígios de ossadas foram encontrados; apenas a meio do recinto e a uma certa profundidade, foram achados pedaços de cerâmica grosseira, que foram oferecidos para estudo, à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Claro que tudo isto aconteceu durante o período de colonialismo e bem antes do 25 de Abril português.
Não sei se o tal estudo foi ou não feito de verdade, ou se simplesmente não foi divulgado, ...mas infelizmente, até hoje, não tenho conhecimento do resultado .
ÁGUA SAL DE GALINHA
1 galinha (de preferência do campo)
6 dentes de alho
1 cebola grande
3 a 4 vagens de tamarindo
1 limão
4 bocados de gengibre
1/2 kg de quiabos
6 tomates pequenos e bem maduros
sal q.b.
Corta-se a galinha em pedaços, tempera-se com pouco sal, alho e sumo de limão e deixa-se ficar não por muito tempo.
Põe-se o tamarindo de molho, numa chávena grande com água a ferver.
Num tacho, põe-se cerca de litro e meio de água e quando atingir a fervura junta-se o gengibre, o tomate e a cebola cortados aos bocados, seguindo-se a galinha.
Deixa-se ferver durante largos minutos, pois a galinha tem que ficar muito bem cozida, após o que se junta a água do tamarindo.
Quando ferver de novo, juntam-se os quiabos, que deverão ser previamente limpos e abertos ao meio.
Deixe cozinhar e apurar durante cerca de 10 a 15 minutos e verifique o tempero.
Serve-se quente, acompanhado por arroz branco e piripiri ao gosto de cada um.
BOM APETITE!
RECEITAS TRADICIONAIS DE TIMOR

Não ponha esse ar de admiração se lhe disserem que tem água sal para o almoço ou jantar! Água sal não se resume a um prato feito somente de água e de sal.

Água sal é um prato típico timorense, usado no dia a dia, por ser muito saudável e de simples confecção.
O água sal pode ser feito de carne, aves, peixe e até só de vegetais e é sempre acompanhado de arroz branco, e para quem gosta (entre os timorenses é sempre), por um bom piripiri. O arroz será posto num prato, enquanto o água sal é servido numa tijela. Tradicionalmente, come-se com garfo e colher, visto a carne ou peixe estarem tão bem cozinhados que não necessitam de faca para serem cortados.
Entre os timorenses, uma refeição de água sal obriga a um ritual muito próprio: implica tirar um pouco de água sal com uma colher, derramá-lo sobre um pouco de arroz no respectivo prato, acrescentar um pouco de piripiri ao mesmo tempo e só então, depois dos sabores estarem bem misturados, se come, usando o garfo.
Embora este seja um prato que se come em dias de calor, como os de Timor, experimente comê-lo num dia de Inverno!
O MITO DO GIGANTE
Noutros tempos habitava em Timor um gigante chamado Beilera, duma estatura tão desmedida, que, pondo-se de pé, facilmente com a mão chegava às estrelas.
Uma vez, um filho do gigante, estando ao colo do pai, estendeu o braço e com a mão sujou a lua com banana assada e cinza.
Este gigante teve um fim horrívelmente trágico. Casara.
Ainda a noite não tinha envolvido inteiramente a Terra no seu negro manto, já o gigante, cansado, recolhera ao tálamo nupcial, não tardando a adormecer profundamente. A noiva recolhera mais tarde. Já no leito, reparara esta que entre os dois se interpusera uma jibóia gigante, de grossura e comprimento assombrosos.
Rápidamente agarra na catana de guerra do gigante e a golpes repetidos a ataca. só depois e já sem remédio, veio a reconhecer que o gigante se esvaía em sangue, morrendo juntamente com a jibóia.
Na planície de Quirás, no posto de Fatu-Berlio, região de Manufai, foi enterrado o gigante Beilera, mas para caber nas covas que lhe abriram, tiveram de o dividir em sete partes.
In: Mitos e Contos do Timor Português;
Correia de Campos;
Agência-Geral do Ultramar

18/03/2007

Mais um comentário meu publicado na pagina principal do Timor online?! Tou mesmo a ficar famosa!

Anônimo disse...

Tadinho do José Ramos Horta! Tenho tanta pena dele que até tenho vontade de chorar.Que chatice ter que se candidatar à presidência de Timor só para agradar aos coitadinhos que andam a recolher assinaturas pra ele sem autorização.A notícia num canal árabe foi só para agradar ao Alkatiri?!E se ganhar?! Será que vai ter que abandonar os tachos fora de Timor?!Vamos lá pessoal! Deixem de enganar o povo. Deixem-se de hipocrísias. Pensem mais no vosso país e menos nos vossos bolsos e nos autralianos e afins.Não acham que já é tempo de permitir que a confusão acabe e que Timor se desenvolva sentindo orgulho pelo que realmente é?!
LMalai
Os telefones em Timor


Ramos Horta está preocupado com os preços do telefone e internet em Timor.
E tem toda a razão. O que o motiva a desafiar agora a toda-poderosa Portugal Telecom, não sei ao certo, mas que no essencial tem razão, lá isso tem. Mesmo assim, os “patriotas” do costume vêm logo criticar a tentativa de vender à Austrália aquilo que “Portugal construiu”... confundem comércio com cooperação. Esquecem-se que a presença da PT em Timor é um negócio, e é um mau negócio para os Timorenses. Esquecem-se que nunca foi tão dispendioso telefonar para e de Timor, como desde que a PT por lá se instalou. Esquecem-se que o seu investimento em Timor há muito foi recuperado e multiplicado. Esquecem-se que tem tanto dinheiro que até o Belmiro de Azevedo se sujeitou à humilhação de ver rejeitada a sua oferta de compra. E esquecem-se que a PT é das empresas estrangeiras que mais tem lucrado com esta crise... pelo menos enquanto os Australianos não tinham a sua própria rede de satélite.Agora, desconfio que mesmo os próprios portugueses em Dili fazem trinta por uma linha (literalmente) para conseguir uma simpática ligação wireless ao satélite dos cangurus... de borla, claro.
http://timorcartoon.blogspot.com/

A este propósito, o João do Timor Cartoon Internacional publicou a postagem anterior, que acho fascinante, como todas as que ele faz.
Desculpa João se uso algumas das tuas postagens, mas é a melhor maneira que encontro para homenagear a ti e a todo o teu fascinante trabalho.
Parabéns

The January gold
Timor Cartoon International

17/03/2007

Olá amiga! O primeiro Tais que aqui se apresenta é decorado com ikat em teia e sotis. O segundo é um pormenor de um bordado executado no painel central de um Tais mane, decorado lateralmente com faixas estreitas de motivos feitos em sotis, datado dos finais do século XIX, princípios do século XX.
Beijos
Laumalai
TAIS TRADICIONAL


Povo

Festa tradicional. Fotografia: Alda Pereira

Apesar de ser um país pequeno, com apenas 15.000 km2 de superfície e uma população de 924.000 habitantes, a riqueza étnico-cultural de Timor-Leste é bem patente nas dezenas de grupos sociais, crenças religiosas e idiomas que o compõem.
Existem mais de 20 grupos linguísticos principais no país. O Tétum, apesar de ser falado diariamente por apenas um quarto da população, é actualmente a língua oficial, a par com o Português. O Tétum Terik, usado no passado para assegurar as comunicações nas relações comerciais, evoluiu para o actual Tétum Praça, por intermédio da assimilação de vocábulos portugueses e malaios.


Pescador no Suai. Fotografia: Dan Groshong.


A presença dos portugueses a partir do século XVI foi determinante para o desenvolvimento da fé católica, espalhada pelos missionários que se deslocaram para a ilha. Actualmente, aproximadamente 91,4 por cento da população do país é católica, seguida de protestantes, muçulmanos, budistas e hindus. As práticas e costumes animistas coexistem pacificamente com os diversos credos, contribuindo para a cor e riqueza cultural do povo timorense.
A maioria da população dedica-se à agricultura, essencialmente orientada para o consumo interno, com o café a assumir-se como potencial exportação, a par da exploração dos recursos energéticos do mar de Timor e do emergente sector do turismo.

15/03/2007

Antes de Viajar

( a outra lenda do crocodilo que se tornou ilha)


Um dia, um rapaz encontrou um jovem crocodilo a tentar atravessar a lagoa para entrar no mar. Estava muito fraco. O rapaz teve pena dele e levou-o nos seus braços até ao mar.
O crocodilo ficou-lhe muito grato e prometeu que se lembraria para sempre da sua bondade. Disse ao rapaz que se alguma vez quisesse viajar que deveria chegar-se à beira do mar e chamar por ele, que o ajudaria.
Algum tempo depois, o rapaz lembrou-se da promessa do crocodilo. Foi à beira do mar e chamou o crocodilo três vezes. O crocodilo disse ao rapaz que se sentasse nas suas costas e durante anos viajaram.
Embora o crocodilo e o rapaz fossem amigos, o crocodilo continuava a ser um crocodilo e sentiu uma vontade irresistível de comer o rapaz. Mas isto incomodava-o e decidiu pedir conselhos a outros animais. Perguntou à baleia, ao tigre, ao búfalo e a muitos outros animais, todos lhe disseram “O rapaz foi bom para ti, não o podes comer.” Acabou por ir visitar o macaco sábio. Depois de ouvir a história, o macaco praguejou e desapareceu.
O crocodilo sentiu-se envergonhado e decidiu não comer o rapaz. Em vez disso levou o rapaz nas suas costas, e juntos viajaram até o crocodilo ser velho. O crocodilo sentiu que nunca poderia retribuir a bondade do rapaz e disse-lhe, “Em breve morrerei e formarei uma terra para ti e para todos os teus descendentes”.
O crocodilo transformou-se na ilha de Timor que ainda hoje tem a forma de um crocodilo. O rapaz teve muitos descendentes que herdaram as suas qualidades de bondade, amizade e sentido de justiça. Hoje, o povo de Timor chama “Avô” ao crocodilo, e quando atravessam um rio gritam sempre, “Crocodilo, sou teu neto – não me comas!”
Sorriso
Sorriso sorridente,
mais sorridente que ninguém...
Deixa-me adivinhar quem és...
Só podes ser tu, minha mãe!
Quero achar outro sorriso,
mais sorridente que este...
O sol brilhou mais forte,
no dia em que tu nasceste!
Sorriso sorridente,
mais sorridente que ninguém...
Quem o quiser desafiar,
Que tente sorrir também!
Tu tens um lindo sorriso,
um sorriso verdadeiro,
ele é tão, tão valioso
que não o troco por dinheiro!
És o mais lindo do Mundo!
Sorriso, és o mais profundo!
In: Saboreando as palavras;
Escola EB2 de Montijo;
José, nº18 - 5º B;
Ano lectivo 2003/2004


Geografia


Os 15.000 km2 de Timor-Leste distribuem-se pela metade leste da ilha de Timor, com 14.000 km2, o enclave de Oekusi (Oecussi), na metade oeste da ilha, com 815 km2, a ilha de Ataúru (Ataúro), a norte de Dili (Díli), com 141 km2, e o ilhéu de Jaku (Jaco), na ponta leste do país, com 11 km2.
A ilha caracteriza-se pela existência de uma crista central montanhosa de orientação este-oeste, que divide o país na costa norte, mais quente e irregular, e a costa sul, com planícies de aluvião e um clima mais moderado. O ponto mais alto do país, o monte Ramelau (ou Tatamailau), regista 2960m de altitude, com quatro outros pontos a subirem acima dos 2000m: o monte Cablaque, na fronteira dos distritos de Ermera e Ainaru (Ainaro), os montes Merique e Loelaco, na zona oriental e o Matebian, entre Baukau (Baucau) e Vikeke (Viqueque).
Apesar de ser um país tropical, a morfologia do território contribui para o aumento da amplitude térmica anual, que varia entre os 15º Celsius verificados nas regiões montanhosas e os 30º Celsius verificados em Dili (Díli) e na ponta leste do país.
O país está sujeito ao regime de monções, durante o período de Novembro a Maio, altura do ano que regista forte precipitação e os mais elevados valores de calor e humidade. A época seca, de Junho a Outubro, é a melhor época do ano para visitar a ilha, pelas temperaturas mais amenas e baixos valores de humidade e precipitação.
Esta heterogeneidade contribui para a diversidade de paisagens do país, que variam das regiões montanhosas até às planícies e savana, passando pela selva, florestas de coqueiros e palmeiras e plantações de arroz. A pouca amplitude térmica na costa norte e ponta leste de Timor-Leste, que mantém temperaturas relativamente altas contribui para a possibilidade de se desfrutar das suas magníficas praias durante todo o ano.
Doces mano ten
Os doces mano ten são um género de sonhos, embora mais simples, normalmente servidos ao lanche ou ao pequeno almoço. Estes fritos são a salvação de muitas donas de casa timorenses quando recebem uma visita imprevista para o chá ou café. Podem fazer-se com diversos sabores, como o de banana, cuja receita passo a escrever:
250 gr de farinha
1/2 litro de leite
250 gr de açúcar
4 bananas madurinhas esmagadas
1/2 colher de fermento
4 ovos inteiros
Juntam-se todos os ingredientes de uma só vez e misturam-se vigorosamente. Deixa-se a mistura repousar durante alguns minutos e depois fritam-se os bolinhos em óleo bem quente com a ajuda de uma colher.
Antes de servir pode polvilhar com canela.
Ha ba!
Han narana (harana) tiha ona.
Come!
A comida está posta na mesa.

13/03/2007


Pré História
Pintura rupestre em Ile Kére Kére.
Fotografia de Daniel Groshong
Timor-Leste é uma ilha sedimentar localizada na região de Wallacea, área biogeográfica de transição entre as massas continentais da Ásia e da Austrália. Esta área nunca funcionou como uma zona de terra contínua entre os dois continentes, daqui resultando como principal consequência que qualquer migração humana para além do antigo continente asiático, envolveu obrigatóriamente o atravessamento de mar.
A história da ocupação humana em Timor-Leste, está hoje atestada desde há cerca de 35 000 anos, com datações obtidas após as recentes escavações na gruta de Lene Hara, em Tutuala. Já anteriormente, e no âmbito de trabalhos desenvolvidos nos anos 60, as primeiras datações por radiocarbono confirmavam a ocupação pré-histórica da ilha e grandes transformações na paisagem e de ordem geomorfológica, devido à introdução de práticas sistemáticas de queimadas para fins agrícolas e pastoris. Estas primeiras comunidades agro-pastoris, portadoras de línguas Austronésias, terão chegado a Timor-Leste há cerca de 3500/4000 anos.
Nos anos 50 foi feito o registo e identificação da gruta de Ile Kére Kére, importante sítio com pinturas rupestres, em Tutuala. No âmbito do East Timor Archaeological Project, que investiga sobre a antiga ocupação humana em Timor-Leste, inúmeros sítios arqueológicos foram já identificados, tendo sido feito o levantamento sistemático das grutas e abrigos com pinturas rupestres, sobretudo na área de Lospalos. Estes painéis com pinturas são muito diferentes de outros já conhecidos, e atestam a presença de uma expressão cultural datada noutras regiões do Sudeste Asiático e do Pacífico desde há pelo menos 2000 anos.
As investigações arqueológicas prosseguem, com novos trabalhos de investigação a serem realizados nas regiões de Lospalos, Baguia e Baucau.
Nuno Vasco Oliveira;
Estudante de Doutoramento;
Australia National University.
January Silver
The Choir Boys


Timor Cartoon Internacional no seu melhor!

O João tem cá uma imaginação, hehehe! Conseguiu pôr Xanana, Ramos Horta e Alkatiri a cantar em coro.

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EU SEI MORRER

De coração
Dou-vos esta canção
No sofrimento
Fiz seus versos

Ah Há
É uma canção de amor
De dor e de luta
É uma canção de paz

Eu quero gritar
Até todo o mundo ouvir
Esta minha voz
Eu sei sofrer, sentir a dor
Eu sei morrer

Jesus,
Quando voltarás
A este mundo
Feito imundo
De crianças sem pão

Minha mãe não chores
Um dia voltarás a tua aldeia
Mamani ungarili
Lita fica Siko la ku tsaka

Inan doben keta tanis
Loron ida o sei fila
Ba o nia rain


Autor: Zé Camarada
O mito da formação da água e do sangue

Deus baixara à Terra para convidar Maliloique a governar os homens. Tudo corria na melhor ordem quando, subitamente, uma agitação estranha se notou na humanidade, levando os homens à desordem e à guerra.
Maliloique, estranhando o facto, vem a apurar ter sido o próprio Deus que por maldade o fizera.
Indignado, procura Deus. Mas o Criador do Mundo, adivinhando ao que viría, recusou recebê-lo, e por isso manda seu filho perguntar ao que vinha.
Maliloique respondeu que o assunto a tratar apenas ao pai dizia respeito, e não ao filho, acrescentando, terminantemente, que dali não saíria enquanto por Deus não fosse recebido.
Não houve outro remédio senão mandá-lo entrar.
Maliloique, mal avistou Deus,disse-lhe irónico: _"Sim, senhor: bonita coisa! Pedir-me que governasse os homens, para depois me pregar a partida de ter semeado a desordem no Mundo, o que deu em resultado andarem como doidos lá por baixo a matarem-se uns aos outros!"
Deus atrapalhado, negava ter sido o autor.
Maliloique retorquiu-lhe: _"Se não foste tu, foi alguém por ordem tua!"
Deus, porém, continuava na negativa.
Exasperado, não podendo mais conter-se, Maliloique exclama: _"Mas há uma maneira fácil de saber a verdade: se teu filho se ferir com um golpe que lhe vou dar, é porque eu tenho razão; caso contrário, te-la-ás tu".
Súbitamente, sem que Deus o pudesse evitar, saca da catana, aponta-a ao pescoço do filho divino, e decepa-lhe, acto contínuo, a cabeça.
Maliloique, com ares triunfantes, volta-se para Deus e diz-lhe: " Sempre tinha ou não razão?!"
Deus plácidamente, sem mostrar cólera ou indignação, responde-lhe: "Já que cortaste a cabeça ao meu filho, leva-a para a Terra juntamente com estas pedras, e uma agradável surpresa irás ter, se procederes como te vou indicar: põe no chão, em frente da tua casa, as pedras, e em cima delas, nunca no chão, a cabeça do meu filho".
Maliloique assim procedeu, e logo surgiu ali um enorme lago. Admirado pelo aparecimento da água, pela primeira vez no Mundo, foi contar o milagre a Deus, que em seguida lhe disse: Bebe daquela água, que é sangue de meu filho, em seguida divide-a por todo o Mundo para que os homens a tenham!"
In: Mitos e Contos do Timor português;
Correia de Campos;
Agência -Geral do Ultramar.
Timor Cartoon no seu melhor!
January Bronze
The Animal Farm
E porque aqui se fala de Timor e a política timorense tem muito que se lhe diga, aliás como todas as políticas, aqui vai um meu Comentário sobre a postagem "Herói da Resistência Lu-Olo concorre à Presidência..." que a equipa do timor online editou na página principal (pessoal, tou a ficar importante, hehehe):
É de HOMENS como Lu-Olo que Timor precisa. Gente séria, honesta, genuina, que conhece o povo e as suas necessidades como ninguém e que ainda não está "contaminado" com o bichinho do internacionalismo, onde os interesses secundários/pessoais predominam. Lu-Olo deverá ser presidente, em nome dos verdadeiros lutadores pela liberdade timorense, onde ele mesmo se inclui. Acredito verdadeiramente que Lu-Olo poderá ser a solução para muitos dos problemas de Timor Leste e peço a Deus para que assim seja.
Quanto ao comentário de Ramos Horta sobre o que se passou em 2001, relativamente à falta de apoio da Fretilin a Xanana...Pense melhor e faça menos comentários Sr. RH, pois já não estamos em 2001, o Sr. não é Xanana (embora não seja melhor nem pior que ele) e afinal até está a concorrer um pouco "contrariado", apenas pra fazer a vontade àqueles que assinaram a petição. É impressão minha ou o Sr. afirmou que até ficaría feliz se perdesse.Se é assim, deixe trabalhar quem realmente o deseja. Vá lá prós seus negócios e poleiros e deixe Timor desenvolver-se. Afinal já deu provas ou falta delas, do que é capaz (você e toda a sua turpe).
Ah! E não se esqueça que o prémio Nobel que recebeu, não era verdadeiramente seu, mas sim do lutador povo timorense!Força Lu-Olo! Os verdadeiros timorenses acreditam em si.
Laumalai
O FILHO DE DEUS,
PROTECTOR DO GÉNERO HUMANO
À sombra de frondosa árvore, junto duma nascente, encontrava-se uma jovem princesa, filha do imperador de Timor, a tecer um rico pano. Um mancebo que passava, Manu Aine, que significa espírito encarnado em fiorma humana,dirigiu-se à princesa a pedir-lhe água. Prontamente a princesa pega num copo de bambu e lha dá. O mancebo bebeu, saudou a princesa e retomou em seguida o interrompido caminho.
Mal volta costas, um perfume suavíssimo se espalha na atmosfera. Intrigada, a princesa procura saber a causa, vindo a descobrir a masca deixada pelo misterioso mancebo, na nodosidade do tronco duma velha árvore, antes de beber a água. Inibriadapelo maravilhoso perfume, longamente a virgem o aspira, vindo desta forma a ser fecundada.
Meses passados, o imperador, não acreditando na inocência e pureza da indigna filha, expulsa-a do seu palácio de Licaçan. E foi do outro lado das montanhas da ilha, em Dilor, onde a infeliz procurou refúgio, que nasceu Rai Naine, o Senhor da Terra.
Rai Naine, segundo a lenda, é apenas o advogado ou intercessor dos homens junto do seu divino pai, o qual vive indiferente aos anseios da humanidade.
In: Mitos e contos do Timor português;
Correia de Campos;
Agência-Geral do Ultramar.

11/03/2007

Sonhador

Sempre que um sonhador
em seu sonho é morto
seu Anjo da Guarda
vem buscar sua Alma.

E há velas acesas
nas noites sombrias
e preparam a chegada
de novos dias.

E há um pássaro
no meu ombro
e canta
num sussuro...
Me encanta.
E do alto do monte
a terra amaldiçoa
quem lhe quis a morte.


Autor: Mitó


O Crocodilo que se fez ilha

“Disseram, e eu ouvi, que um crocodilo, cansado de viver num pântano, pediu ajuda a uma linda menina órfã. Ela levou-o até ao mar e juntos viajaram pelo infinito, até que o crocodilo ficou cansado.
Já sem forças e rendido à evidência da morte, quis a grandiosidade. As patas alongaram-se e cravaram bem fundo nos corais.
O corpo distendeu-se e as placas elevaram-se formando montanhas e densas florestas de sândalo.
Uma voz surgiu do ventre do ainda crocodilo
quase terra: - Sou velho e vou morrer. Tu és linda e habitarás este corpo onde foram enterrados os teus pais. Virão príncipes e mercadores em busca da tua beleza.
Quando ouviu o último suspiro do crocodilo, respirou fundo como se quisesse dar à luz e viu o Sol nascer no mar, iluminando a ilha inteira! A menina chamou-lhe Timor Loro Sae ( Sol nascente).”