28/12/2007

Benazir Bhutto - Corajosa, inteligente... e uma grande desilusão como governante

28.12.2007,
Francisca Gorjão Henriques

Governou duas vezes (1988-90 e 1993-96) e duas vezes foi demitida. Benazir Bhutto não foi apenas"a filha do pai", foi o rostomais popular do Paquistão.
Poucos dias antes de Zulfikar Ali Bhutto ser enforcado, a sua filha Benazir foi vê-lo à prisão: "Sê corajosa, Pinkie. Encontrar-nos-emos noutro mundo." A morte andou sempre a rondar a família Bhutto, esteve por perto no regresso de Benazir ao Paquistão, em Outubro, e o encontro fatal acabou por acontecer ontem.

A antiga primeira-ministra dizia que era uma sobrevivente. Referia-se à política. Foi eleita duas vezes para chefiar o Governo, foi demitida duas vezes por acusações de corrupção e foi alvo duas vezes de um atentado. Sobreviveu ao primeiro, no próprio dia em que regressou ao país depois de um exílio de oito anos, e que fez 139 mortos. Não resistiu ao segundo.Durante muitos anos, Benazir Bhutto foi "a filha do pai", Presidente e primeiro-ministro entre 1970 e 1977, fundador do Partido Popular do Paquistão (PPP, que "Pinkie" herdou), iniciador do programa nuclear do país, autoritário e dado à violência, deposto pelo general Zia ul-Haq e enforcado em 1979.
Nascida em 1953, Benazir - que significa "a incomparável" - foi a mais velha de quatro irmãos e sempre a preferida de Ali Bhutto. Acompanhava-o desde cedo nas suas viagens e reuniões: aos nove anos num encontro com Zhou Enlai, aos 16 com Henry Kissinger, aos 18 com Indira Gandhi. Estudou em Oxford e Harvard, e não pretendia uma carreira política - "queria ter sido diplomata, ou talvez jornalista". Mas acabou por seguir as pisadas do pai. Foi presa antes de ele morrer e depois exilada em Londres, de onde reorganizou o PPP e a oposição a Zia.
À morte do general num acidente de avião seguiu-se a sua primeira vitória. Benazir era o símbolo da luta anti-Zia, o rosto da democracia num país cansado de fardas militares. Em 1988, com 35 anos, tornou-se na primeira mulher chefe de Governo de um Estado muçulmano. E numa das mulheres mais famosas do mundo.Defendia os "descamisados", ela que nascera em berço de ouro, mas os seus governos ficaram marcados por acusações de má governação e corrupção. Foi demitida dois anos depois; em 1993 regressaria triunfalmente ao país para ser novamente eleita e novamente demitida em 1996. Ao seu marido, Asif Ali Zardari, com quem teve três filhos, chamavam "o sr. Dez Por Cento" devido às comissões que arrecadava de cada contrato feito com o Governo. Terá sido ele - esteve preso por corrupção durante oito anos - o acelerador da queda de Benazir, que procurou exílio em Londres e no Dubai.
Bhutto conseguiu uma amnistia (e o fim do seu exílio) na sequência de um acordo que fez recentemente com o Presidente Pervez Musharraf - um casamento de conveniência que foi maldito por muitos paquistaneses, incluindo os membros do seu partido. Mas a declaração do estado de emergência por Musharraf cavou um fosso entre os dois, acabando com uma aliança (forjada pelos EUA) que ninguém sabia como se iria traduzir em votos. E tornando-a na principal adversária do Presidente nas legislativas, previstas para 8 de Janeiro. Não era preciso gostar de Bhutto para considerar que era uma peça importante no caminho para a democracia paquistanesa.
"É uma mulher corajosa, elegante e inteligente. E ao mesmo tempo, uma grande desilusão como primeira-ministra", dizia ao PÚBLICO a sua biógrafa Christina Lamb, jornalista do Sunday Times, um dia antes de Benazir terminar o exílio. "O Paquistão está dividido entre os que a amam e os que a odeiam." Os analistas não têm dificuldades em apontar os seus inimigos: os fiéis de Zia ul-Haq e os extremistas islâmicos, que Benazir prometera erradicar do país e a quem ela acusou da primeira tentativa de assassínio.
Lamb estava no autocarro de Benazir durante o atentado de 18 de Outubro, e ouviu um dos seus primos dizer: "A nossa família está amaldiçoada. Todos os Bhutto que se envolvem [na política] acabam mortos", escreveu no Times.

In: http://jornal.publico.clix.pt

Assassínio de Benazir coloca Paquistão à beira do abismo

28.12.2007,
Graham Usher, Rawalpindi

A morte da líder da oposição augura um futuro para o Paquistão tão negro como o seu passado.
O assassínio que muitos temiam aconteceu ontem, quando um bombista suicida matou a ex-primeira-ministra e líder da oposição paquistanesa Benazir Bhutto, depois de um comício do seu Partido Popular do Paquistão (PPP) em Rawalpindi, perto de Islamabad. O choque rapidamente se transformou em revolta e a juventude do PPP invadiu as ruas de Carachi, Lahore e Quetta, queimando pneus e apedrejando todos os sinais do regime militar do Presidente Pervez Musharraf.

A dez dias das eleições, o Paquistão é um país à beira do abismo.
Bhutto tinha acabado o seu discurso num comício em Rawalpindi. Depois de deixar o palco e ao entrar no carro, um homem com uma motorizada apareceu, abriu fogo e fez-se explodir. Bhutto foi levada para o Hospital de Rawalpindi mas era tarde de mais. Morreu dos ferimentos de bala no peito, pescoço e cabeça, segundo afirmaram os médicos.
Outras 22 pessoas também sucumbiram na explosão, incluindo membros do PPP e agentes da polícia. Bhutto foi a terceira da sua dinastia a ter um final violento. E quase morreu num outro atentado suicida que matou 139 pessoas quando voltou a Carachi depois de oito anos de exílio, a 18 de Outubro. Era um alvo difícil de proteger.
Mas o sentimento das centenas de pessoas que foram para o hospital de Rawalpindi não era apenas de dor, mas de incredulidade por um assassino ter conseguido chegar tão perto dela apesar das centenas de polícias, dezenas de guarda-costas e uns cinco mil funcionários do partido.
Há outras perguntas sem resposta: Quem a matou? Quais serão as consequências? Podem ser mantidas as eleições, num país que está agora com níveis de violência quase semelhantes aos do Iraque?
A própria Bhutto afirmara que havia vários grupos que a queriam ver morta: a Al-Qaeda e movimentos taliban do Paquistão e Afeganistão. Mas as pessoas de quem mais desconfiava eram "elementos rebeldes" do actual regime militar que ganharam importância com o general Zia ul-Haq e que estiveram envolvidos no assassínio do seu pai e irmãos.
Depois da carnificina em Carachi, ela pediu uma investigação internacional. Musharraf ignorou-a. O apelo terá agora mais ressonância.
É claro a quem o partido aponta responsabilidades. Ao ocupar as ruas, os seus apoiantes queimaram todos os emblemas da Liga Muçulmana do Paquistão (PML) de Musharraf, o maior rival político de Bhutto. A acusação é de que o PML a queria ver morta antes das eleições. E o facto de o assassínio ter claramente um alvo, de Rawalpindi ser um bastião do PML e também uma guarnição militar vem aumentar as teorias conspirativas. Musharraf condenou o assassínio, pediu calma e decretou três dias de luto nacional. Convocou uma reunião de emergência com os chefes militares, dos serviços secretos e comandantes da polícia. Terá havido pedidos para que a lei marcial fosse reposta e talvez para um adiamento das eleições. Mas Musharraf enfrentará uma enorme pressão contra a declaração do estado de emergência, pelo menos dos EUA.
Condenando as mortes como "um acto cobarde de elementos assassinos", George W. Bush afirmou que a melhor maneira de o Paquistão honrar a memória de Bhutto era "continuar com o processo democrático pelo qual ela deu a sua vida". Mas é difícil ver como poderá haver um processo democrático num país que viu 800 pessoas serem mortas em menos de seis meses, incluindo 200 soldados e um antigo primeiro-ministro.
Um dos primeiros a ir ao Hospital de Rawalpindi foi o ex-chefe de governo e líder da oposição Nawaz Sharif. Chegou a ser o grande adversário de Bhutto, conspirou com o Exército durante os seus dois governos na década de 1990. Ontem, chamou ao seu assassínio "o dia mais negro da história do país". Também disse que a sua própria Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N) irá boicotar as eleições de 8 de Janeiro, retirando ao processo democrático a pouca credibilidade que lhe restava.
Os líderes do PPP dizem que tencionam ir a votos, mesmo sem a sua mais carismática vencedora de eleições.
Parece uma receita para a polarização - entre o regime e a oposição, e entre a oposição e o PPP. Quando Zulfiqar Ali Bhutto foi enforcado desencadeou um conflito, nove anos de regime militar e uma cultura islamista brutal de que o Paquistão está ainda a recuperar. Terá a morte da sua filha um impacto semelhante?
"Talvez tenha", responde Farhatullah Babar, seu amigo e porta-voz. "Para a democracia no Paquistão, a sua morte é mais um momento de divisões."

In: http://jornal.publico.clix.pt

Armadilhas da Língua Portuguesa!

Você sabe o que é tautologia?
É o termo usado para um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de uma idéia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.

O exemplo clássico é o famoso "subir para cima" ou o "descer para baixo". Mas há outros, como você pode ver na lista a seguir:

- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exacta
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- há anos atrás
- vereador da cidade
- outra alternativa

- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- anexo junto à carta
- de sua livre escolha
- todos foram unânimes
- conviver junto
- fato real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia
- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planear antecipadamente
- abertura inaugural
- continua a permanecer
- a última versão definitiva
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito ...
Note que todas essas repetições são dispensáveis.
Por exemplo, "surpresa inesperada". Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não...

AMIGOS


A FABULOSA FALA DOS "F's" ...

Um homem chega ao restaurante, senta-se e, acenando com o braço, diz:
- Faz favor: frango frito, favas, farinheira...
- Acompanhado com quê?
- Feijão.
- Deseja beber alguma coisa?
- Fanta fresca.
- Um pãozinho antes da refeição?
- Fatias fininhas.
O empregado anota o pedido, já meio intrigado: "o tipo fala tudo com F's!"
Depois do homem terminar a refeição, o empregado pergunta-lhe:
- Vai querer sobremesa?
- Fruta.
- Tem alguma preferência?
- Figos.
Depois da sobremesa, o empregado:
- Deseja um café?
- Forte. Fervendo.
Quando o cliente termina o café:
- Então, como estava o cafézinho?
- Frio, fraco. Faltou filtrar formiguinha flutuando.
Aí o empregado pensa: "Vamos ver até aonde é que ele vai".
- Como é que o senhor se chama?
- Fernando Fagundes Faria Filho.
- De onde vem?
- Faro.
- Trabalha?
- Fui ferreiro.
- Deixou o emprego?
- Fui forçado.
- Por quê?
- Faltou ferro.
- E o que é que fazia?
- Ferrolhos, ferraduras, facas... ferragens.
- Tem um clube favorito?
- Fui Famalicense.
- E deixou de ser porquê?
- Futebol feio farta.
- Qual e o seu clube, agora?
- Farense.
- O senhor é casado?
- Fui.
- E sua esposa?
- Faleceu.- De quê?
- Foram furúnculos, frieiras... ficou fraquinha... finou-se.
O empregado de mesa perde a calma:
- Olhe! Se você disser mais 10 palavras começadas com a letra F... não paga a conta. Pronto!
- Formidável, fantástico. Foi fácil ficar freguês falando frases fixes.
O homem levanta-se e dirige-se para a saída, enquanto o empregado ainda lança:
- Espere aí! Ainda falta uma!
O homem responde, sem se virar:
- Faltava.

Pensamento do milénio

"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes
até as ouvirmos"

21/12/2007

Feliz Natal - Merry Christmas

Um Natal Muito Feliz junto daqueles que mais amam, é o que desejo a todos os visitantes do SÍTIO DO SOL NASCENTE.
Um grande abraço para todos
Laumalai


Natal dos gatos fedorentos

Boss AC - carta para o pai natal

Whigfield - Last Christmas

Whigfield - Think Of You

Whigfield - Saturday night music 90's

Anedota - A Inveja é fogo!!!

O sujeito foi cortar o cabelo no barbeiro que frequentava há mais de vinte anos.
- Rapaz, tô excitadão, vou pra Itália amanhã.
- Itália? - perguntou o barbeiro

- com tanto lugar bom pra ir, tu vai pra Itália?
- É, eu vou pela Alitalia.
- Puta que pariu, a pior companhia de aviação do mundo.
Vai pra que cidade?
- Roma.
- Que merda! Cidadezinha feia!
Vai se hospedar aonde?
- No Hilton.
Que .... hein! Aquilo é o maior pardieiro!
Vai ver o papa?
- Claro!
- Programinha de Índio, hein! Milhões de pessoas se acotovelando só pra ver o papa.
O sujeito saiu do barbeiro injuriado.
No dia seguinte viajou, curtiu a viagem, que foi ótima.
Logo que voltou fez questão de voltar à barbearia.
- E aí como foi a viagem? - perguntou o barbeiro.
- Rapaz, você não sabe o que me aconteceu.
Eu tava lá no Vaticano tentando ver o papa. Logo que o papa chegou na sacada ele olhou pra multidão e desceu. Saiu de lá e começou a andar na minha direção.
Foi se aproximando de mim cada vez mais. Quando o papa chegou bem pertinho de mim, ele falou um troço no meu ouvido. Só pra mim!
E o que o papa falou pra você?
- 'Cabelinho mal cortado, hein, rapaz? Que MERDA de Barbeiro é o teu...'

Anedota

Maria Madalena estava para ser apedrejada, quando Jesus resolveu interceder em seu favor diante da multidão que ali estava.
Jesus disse: - Quem nunca errou, que atire a primeira pedra.
O português, presente em todos os lugares e épocas, empolgou-se, pegou num enorme calhau e acertou em cheio na testa da Maria Madalena, que caiu redonda.
Jesus, muito entristecido, foi direito ao português, olhou-o bem nos olhos e perguntou:
- Meu filho, diz-me a verdade, nunca erraste na tua vida?
O português: - Desta distância não....!!!

Anedota - Traição por justa causa

O marido chega em casa e pega a esposa, na cama, com um garotão, 25 anos, forte, bronzeado, cheio de amor pra dar...
Arma o maior barraco, mas a mulher o interrompe:
Antes você deveria ouvir como tudo isso aconteceu...
Na rua, vi esse jovem maltrapilho, cansado e faminto.
Então, com pena do estado dele, eu o trouxe para casa.
Dei a ele aquela refeição que eu havia preparado para você ontem.
Como você chegou tarde e satisfeito com o tira-gosto do boteco... não comeu e eu guardei o jantar na geladeira, lembra-se?
Ele estava descalço, então dei a ele aquele seu par de sapatos que, como foi minha mãe que te deu, você nunca usou.
Ele estava com sede e eu servi aquele vinho que estava guardado... para aquele sábado que você prometeu mas que nunca chega... pois, num dia é futebol, noutro poker, noutro pescaria.
As calças estavam rasgadas, dei-lhe aquele seu jeans semi-novo... ainda estava em perfeito estado, mas não cabia mais em você.
Como ele estava sujo, aconselhei-o a tomar um banho.... fazer a barba, então dei a ele aquela loção francesa novinha que você nunca usou, porque acha fedorenta.
Daí, quando ele já ia embora, perguntou:
-Dona, tem mais alguma coisa que seu marido não usa mais?
Nem respondi!!!!!!!.............
Dei logo!!!

(Moral da história: Mulher só trai por justa causa!!!)

Anedota

NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA:
Afinal o antigo reitor da Universidade Independente admitiu que o Sr. Sócrates não terá completado o curso.
Refere no entanto que lhe faltam apenas três cadeiras:
- Uma cadeira de rodas;
- Uma cadeira eléctrica;
- Uma cadeira pelos cornos abaixo!!!

Anedota

Em Lisboa, um menino regressa da escola cansado e faminto e pergunta à mãe:
-"Mamã, que há para comer?"
-"Nada, meu filho."
O menino olha para o papagaio, que têm na gaiola, e pergunta:
-"Mamã, porque não faz papagaio com arroz?"
-"Porque não há arroz."

-"E papagaio no forno?"
-"Não há gás."
-"E papagaio no grelhador eléctrico?"
-"Não há electricidade."
-"E papagaio frito?"
-"Não há azeite."
E o papagaio feliz gritou:
-"VIVÓ SÓCRATES !!!\nVIVÓ SÓCRATES !!!"

11/12/2007

JAMAIS A VERDADE FOI TÃO BEM ESCRITA

Faço projectos, planos, planificações;
Sou membro de assembleias, conselhos, reuniões;
Escrevo actas, relatórios e relações;
Faço inventários, requerimentos e requisições;
Escrevo actas, faço contactos e comunicações;
Consulto ordens de serviço, circulares, normativos e legislações;
Preencho impressos, grelhas, fichas e observações;
Faço regimentos, regulamentos, projectos, planos, planificações;
Faço cópias de tudo, dossiers, arquivos e encadernações;
Participo em actividades, eventos, festividades e acções;
Faço balanços, balancetes e tiro conclusões;
Apresento, relato, critico e envolvo-me em auto-avaliações;
Defino estratégias, critérios, objectivos e consecuções;
Leio, corrijo, aprovo, releio múltiplas redacções;
Informo-me, investigo, estudo, frequento formações;
Redijo ordens, participações e autorizações;
Lavro actas, escrevo, participo em reuniões;
E mais actas, planos, projectos e avaliações;
E reuniões e reuniões e mais reuniões!...

E depois ouço,
alunos, pais, coordenadores, directores, inspectores,
observadores, secretários de estado, a ministra
e, como se não bastasse, outros professores,
e a ministra!...

Elaboro, verifico, analiso, avalio, aprovo;
Assino, rubrico, sumario, sintetizo, informo;
Averiguo, estudo, consulto, concluo;
Coisas curriculares, disciplinares, departamentais;
Educativas, pedagógicas, comportamentais;
De comunidade, de grupo, de turma, individuais;
Particulares, sigilosas, públicas, gerais;
Internas, externas, locais, nacionais;
Anuais, mensais, semanais, diárias e ainda querem mais?
- Querem que eu dê aulas!?...

Hoje é mesmo o dia da poesia anónima!
Será que há motivos para tal?
Este é mais um que hoje recebi por email e que mais uma vez não resisti em partilhar.
Um abraço
Laumalai

17/12/2007
Segundo Informação da Moriae o autor é o Pata Negra (percebi bem Moriae?).
De qualquer modo, seja quem foi que o escreveu, está de PARABÉNS.
Um Abraço
Laumalai

APELO A SANTO ANTÓNIO - Poesia

Ó meu rico Santo António
Meu santinho Milagreiro
Vê se levas o Zé Sócrates
P'ra junto do Sá Carneiro

Se puderes faz um esforço
Porque o caminho é penoso
Aproveita a viagem
E leva o Durão Barroso

Para que tudo corra bem
E porque a viagem entristece
Faz uma limpeza geral
E leva também o PS

Para que não fiquem a rir-se
Os senhores do PSD
Mete-os no mesmo carro
Juntamente com os do PCP

Porque a viagem é cara
E é preciso cultivar as hortas
Para rentabilizar o percurso
Não deixes cá o Paulo Portas

Para ficar tudo limpo
E purificar bem a coisa
Arranja um cantinho
E leva o Jerónimo de Sousa

Como estamos em democracia
Embora não pareça às vezes
Aproveita o transporte
E leva também o Menezes

Se puderes faz esse jeito
Em Maio, mês da maçã
A temperatura está boa
Não te esqueças do Louça

Todos eles são matreiros
E vivem à base de golpes
Faz lá mais um favorzinho
E leva o Santana Lopes


Santo António e São João
Trajando seus belos mantos
Para que não nos falte o pão
levem Teixeira dos Santos

Isto chegou a tal ponto
E vão as coisas tão mal
Que só varrendo esta gente
Se salvará Portugal


Recebi este poema por email e não resisti em partilhá-lo convosco.
A cor verde é em sinal de esperança.

Um abraço
Laumalai

08/12/2007

One - U2 & Mary J. Blige (Save Darfur) - Já é tempo de acordar para a realidade!



In: http://videos.sapo.pt

Lágrimas

Se as minhas lágrimas fossem pão,
ninguém no mundo passaría fome.
Se fossem sol,
ninguém passaría frio.
Se fossem amor,
certamente não havería dor.
Se as minhas lágrimas acabassem com a guerra,
a felicidade reinaría na Terra,
e eu não precisaría voltar a chorar,
nunca mais!

Laumalai

Darfur:chamamento à consciência



Jornalistas espanhóis arriscaram a vida para produzir este documentário sobre a acção do governo sudanês em Darfur. Esta reportagem é uma provas do genocídio no actual processo em curso no Tribunal Penal Internacional.

In: http://videos.sapo.pt

Artistas por Darfur




"Tributo por Darfur" é o nome de uma iniciativa de solidariedade que reúne vários músicos e outros artistas portugueses, que consistiu na gravação de um disco editado hoje. As receitas do álbum serão canalizadas para auxiliar as vítimas do genocídio no oeste do Sudão. O SAPO acompanhou as sessões de gravação e falou com alguns dos participantes e outros envolvidos na campanha. Mais informações: http://www.pordarfur.org/

In:http://videos.sapo.pt

30/11/2007

Timorenses divididos pelas memórias

O café cheira a terra molhada – ao odor invocado à plantação. É timorense (importado). Repousa nas chávenas, de cor rosa em vidro transparente, que Nency, com 19 anos, e Milca, 18, depositam na mesa da sala. As bolachas achocolatadas são triviais. O pai, Vital Saldanha, 56 anos, emana palavras de rajada como se fugisse ainda da perseguição indonésia, calcorreando as matas fronteiriças do seu Timor.

Chegou a Portugal a 1 de Março de 1996; então por que ainda gagueja as memórias?
Recue-se a Agosto de 1975: “Os indonésios começaram a entrar pelas fronteiras de Batugade e Maliana. Os portugueses em Timor foram logo concentrados para evacuarem” – diz o então furriel miliciano. “Eu vinha a chefiar a última coluna de 23 portugueses, distribuídos por três viaturas Unimog (militares). Íamos de Maliana para Balibo, quando sofremos uma emboscada pela UDT (União Democrática Timor) – um dos três partidos criados após o 25 de Abril de 74; os outros são a Fretilin (Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente) e a Apodeti (Associação Popular Democrática de Timor).
“Fomos apeados.” Vital Saldanha levou destino diferente dos portugueses – levados para uma base da UDT. O líder da emboscada, com quem tinha andado na escola (apesar da hostilidade), desarmou-o e, a caminho de Atabae, um pelotão miliciano matou-o com duas rajadas secas. Vital salvou-se por ter, em tempos, treinado um deles. Foi a primeira morte à minha frente, nesta guerra”, recorda, num português pausado. A seu lado, no sofá, está o filho mais novo. Célio, 15 anos, nasceu em Díli. Com a timidez de uma infância de guerra, segue a conversa do pai. Mas o olhar, tem-no vidrado na televisão.
Lá em casa, todos conhecem este novelo amargo que humedece as vistas de Vital. Combateu por três anos a invasão indonésia – pela Fretilin. Na guerra mataram-lhe o irmão. Só em 1979 se rendeu: “a luta armada já era difícil. Não tínhamos o que comer. Então optámos por deixar só um ou dois no mato e vir para a vila. Fazíamos trabalhos clandestinos.” Entenda-se, dar apoio aos guerrilheiros e à população nativa.
Maria Elsa, com 49 anos, vivia por esta altura na vila de Ermera. Vital conheceu-a lá – no mato; era ela a responsável civil pela população local. “Com os bombardeamentos, evacuávamos a população. Não havia água, comida, nada... Quando a minha mãe se preparava para se render, morreu com um tiro de canhão dos navios...” Maria Elsa namorava com Vital e, uma semana depois de também ela se ter rendido, foi presa. Três meses. “Escaldaram-me os pés, queriam-me violar...” Ainda hoje chora.
O casal reencontrou-se depois em Díli (a capital). Em 1982 casaram. “Tínhamos a liberdade condicionada. Praticamente sem direitos, embora eu trabalhasse na Administração Pública Indonésia. Era um disfarce para conhecer o inimigo.” – prossegue Vital. Por isso, foi preso três vezes: “levei choques eléctricos, bateram-me...”
“Até o meu filho mais velho ficou traumatizado (Natalino, 22 anos, a viver hoje em Inglaterra com a mulher timorense e um filho)”, dispara a mãe. “Uma vez foram buscar o meu marido a casa. E eu, grávida, andei a procurá-lo por Díli. Eu tinha coragem.” Em 1989 não aguentaram mais. Pediram o repatriamento, que era concedido a antigos funcionários públicos. Mas só em 1996 veio a boa viagem. Nos 25 anos de luta pela independência, morreram entre 100 mil e 250 mil timorenses.
Chegaram a Portugal com roupa de Verão e muita sorte: o casal, cinco filhos, mais quatro famílias. “Viemos a pensar na continuidade desta luta, a pensar na formação dos nossos filhos”, justifica Vital. Nency, Milca e Célio frequentam o ensino secundário. Todos dizem querer regressar. A casa é modesta, mas já não é a que lhes foi cedida temporariamente para se ambientarem ao clima, às gentes, à paz. Este apartamento no Forte da Casa, Vila Franca de Xira, compraram com o ordenado dele, funcionário público, e dela, empregada das limpezas: 1500 euros mensais. Têm carro, mas nada de luxos.Vital abandona a sala por segundos – a sua vida em Timor resume-se a duas bandeiras que foi buscar ao quarto. A da Fretilin; a de Timor-Leste. Cheiram à naftalina que conserva as primorosas recordações. “Foi por estas duas que muitos deram a vida.” Dobradas com precisão. Só saem de casa para comemorar: a 20 de Maio, a fundação da Fretilin; a 28 de Novembro, a Proclamação da Independência de Timor-Leste. Aliás, prevê-se que seja por essa altura que o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, visite o povo maubere. Durante a última semana e, inclusivamente a 12 de Novembro –16 anos depois do massacre no cemitério de Santa Cruz, Díli, –o presidente timorense, José Ramos-Horta, visitou o nosso País.

ZITO SOARES
Viu a morte ceifar amigos. Zito Soares, com 36 anos – nascido em Baucau – não esquece o massacre ao qual sobreviveu. Estudava no seminário de Díli, a 500 metros do cemitério. Naquela terça-feira, dia da missa de 14 dias da morte do estudante Sebastião Gomes, havia uma manifestação de estudantes e jovens a caminho do sepulcro. “Naquele momento começaram a chegar militares e polícias em vários camiões. Muitos deles saltaram para o cemitério militar – que fica em frente do civil, – em posição de combate” – recorda. O estudantes estavam em oração e, defende, começaram a ser atingidos indiscriminadamente. “Muitos tombaram naquele instante.”
Entre os colegas, Zito procura chegar à entrada do cemitério. Estava barrada por corpos inertes. Mortos. Quando corria para a pequena porta lateral sente uma “picada” no braço. Na sua fuga, há um amigo que lhe diz ter sangue na camisola... “tentei apalpar o corpo e apercebi-me que tinha levado com estilhaços no braço e na perna”. Escapou.
Já antes a sua vida não tinha sido fácil. “O meu pai foi tragicamente assassinado na nossa aldeia pelas forças da ocupação (indonésia).”
A partir daí, cada acção da família foi calculista. Tudo lhe trouxe a revolta. Até que, no terceiro aniversário do massacre, como elemento da Renetil (Resistência Nacional dos Estudantes de Timor-Leste), participou numa manifestação em Jacarta, a capital indonésia. “Participei na acção de ocupação da Embaixada norte-americana durante a II Cimeira da APEC (Cooperação Económica da Ásia e do Pacífico, sigla portuguesa). Bill Clinton era o presidente dos EUA e estava presente. “Ficámos, durante 12 dias, a dormir na garagem da Embaixada norte-americana, em Jacarta, para alertar o Mundo para a necessidade do regime dialogar com a resistência timorense, e para exigir a libertação incondicional de Xanana Gusmão, incluindo os prisioneiros políticos indonésios.”
Só lhe restou vir para Portugal como refugiado político. Com Zito chegaram mais 28 estudantes. “Vim pela causa e depois decidi voltar a estudar.” Ingressou no curso de Psicologia em Coimbra e, mais tarde, foi para Lisboa, mudando de curso para Ciência Política.

HISTÓRIAS DE AMOR
Também há histórias de amor. Um jogo de futebol entre os estudantes timorenses em Coimbra contra os de Lisboa levou Fidélia Soares, com 25 anos, até à cidade boémia. Conheceu Zito e, se ia para apoiar os rapazes da capital, apaixonou-se pelo sobrevivente do massacre. Um mês depois, em Abril de 2002, começaram a namorar. E com isso a viajar quinzenalmente, alternadamente, entre as duas cidades. “Ele é um homem reservado, inteligente, responsável”, conta a estudante de Língua e Cultura Portuguesa, na Faculdade de Letras, da Universidade de Lisboa.
Fidélia chegou a Portugal ao abrigo de um protocolo assinado entre os governos de Portugal e Timor-Leste, que traria 500 estudantes para cá. Nunca foram muito além dos 400, garante Manuel Caldas, presidente da Associação para Timorenses (Aparati), com sede no bairro lisboeta da Picheleira. Mas a realidade desta natural de Díli – agora a viver em Lisboa numa residência universitária, a 15 mil km de casa – é bem diferente das gerações anteriores. “Posso dizer que não gostava das tropas indonésias, mas estava bem integrada na ocupação.” Cresceu com a língua e a cultura indonésias.
Finalista do curso que poderá fazer dela professora de Português em Timor, Fidélia deseja que os colegas procurem fazer o mesmo: “Espero que todos os timorenses, que estão a estudar fora, tenham também este pensamento de voltar um dia para trabalhar em Timor.” Vê-se pelo brilho no olhar que cumprirá as promessas feitas à família.Zito, o seu namorado, também pretende regressar. Embora hoje esteja em Inglaterra empregado na restauração (como muitos dos seus compatriotas), e o curso tenha a matrícula congelada. Primeiro deverá voltar cá para se licenciar, só depois irá para junto dos irmãos num país que, em 1999, foi quase todo ele “queimado” pelos invasores – e que permanece em reconstrução.

ANTÓNIO RAMOS
‘Dr. timorense’: António Ramos, com 35 anos, licenciou-se em Relações Internacionais, em Coimbra; lá tirou uma pós-graduação em Direitos Humanos e Democracia; e agora está a fazer o mestrado em Ciência Política e Relações Internacionais, na Universidade Nova de Lisboa. Chegou a Portugal juntamente com Zito. Só trazia os ténis, calças e a t-shirt que levava no corpo para a manifestação na Embaixada dos EUA, em Jacarta. Aceitou vir para Portugal apenas com o estatuto de repatriado.Vive num prédio bem localizado, em Queluz de Baixo, concelho de Oeiras. A sala tem apenas uma mesa e bancos brancos, e muitas caixas. António foi buscar uma salenda (cachecol típico timorense feito à mão, também conhecido por ‘tais’) e duas malas nas mesmas linhas. Recordar Timor é para ele mais um exercício político que atenua as saudades. É um “opinion maker” na Imprensa timorense.
“Neste momento, ao nível político, estou sempre em cima dos acontecimentos. Sou militante do partido democrático que está no poder.” O seu trabalho actual, numa Fundação, alimenta a sua esperança de voltar e poder trabalhar na área da cooperação. Casado com uma timorense – finalista do curso de Farmácia, que chegou a Portugal muito antes de si, com a família – só esquece a revolta que sente pela sua privação de liberdade em Timor quando se lhe pergunta: Onde pensa criar os seus filhos, cá ou lá? “Em Timor!” – diz com uma voz grave, acentuada, demarcando fronteiras entre a fuga para Portugal e o regresso a Timor.
A memória de todos ficará eternamente ligada às visões do terror, ao “extermínio político, ideológico e físico”, ressalva António Ramos, num timbre de voz pouco protestante mas marcado pela privação de uma infância e adolescência feliz. “Vivia-se sempre ligado à guerra. Apanhei primeiro a guerra civil e depois a invasão indonésia.”
Serão felizes em Portugal? Vital – com cinco filhos criados longe do perigo – exprime que nenhum coração timorense esquece: “chegar a Portugal, em 1996, foi começar tudo pela segunda vez. A primeira foi quando decidi render-me, já só nos restava a casa, embora tudo tivesse sido roubado. E desta última, foi quando só trouxemos a roupa.” Felicidade só quando o corpo abraça a família; quando os pés pisam a terra molhada; e o café não é importado.

4.000 A VIVER EM PORTUGAL
“Os timorenses em Portugal não são só os que vieram com a ocupação da Indonésia – em 1975/76. Muitos vieram antes e outros nasceram em Timor, filhos de não-timorenses” – diz o presidente da Aparati. “Vivem cá quase quatro mil pessoas nascidas lá.”

NO REINO UNIDO 1700
Ainda segundo as estimativas de Manuel Caldas, presidente da Associação para Timorenses (Aparati), com sede na Picheleira, Lisboa, “perto de 1700 passaram por cá, conseguiram a nacionalidade portuguesa, e imigraram para Inglaterra ou Irlanda”.

10.000 IMIGRARAM EM 76
Os primeiros a passar por Portugal e a imigrar – estima-se que sejam cerca de dez mil timorenses – foram para a Austrália, entre 1976 e 86. Este é um país muito próximo de Timor, permite que visitem a família com frequência.

400 ESTUDANTES
A partir de 2001, ao abrigo de um protocolo entre Portugal e Timor-Leste, terão vindo estudar para cá cerca de 400 timorenses. Segundo Manuel Caldas, neste momento estão cá mais de cem, metade em Coimbra.

15 LICENCIADOS DE VOLTA
“Os estudantes que não tiveram sucesso imigraram para Inglaterra ou Irlanda; menos de 15 regressaram já licenciados e, pouco mais de 80, com cursos de formação profissional. Mas só meia dúzia conseguiram emprego.”DESCENDÊNCIA DO "PARAÍSO PERDIDO"Fidélia Soares, com 25 anos, é um dos exemplos de timorenses que vieram estudar para Portugal, ao abrigo do acordo entre os dois países. Chegaram cá pouco mais de 400, mas muitos não concluíram a sua formação. Segundo o presidente da Associação para Timorenses (Aparati), com sede na Picheleira, Lisboa, a grande maioria também não encontra emprego em Timor. Nos depoimentos recolhidos pela investigadora Célia Antunes, sobre a diáspora destes filhos do “paraíso perdido”, intui-se que paralelamente aos sentimentos de perda e ao receio pelo que irão encontrar no território, muitos adiam o regresso. A autora do artigo “Os timorenses em Portugal: motivações e objectivos”, publicado na revista da Fundação Oriente, diz que mesmo longe da ilha, estes nativos lutaram pela independência do seu povo.

HISTÓRIA SANGRENTA ATÉ NASCER UM PAÍS
O 25 de Abril de 1974 prometia a libertação das colónias portuguesas – Timor estava na História de Portugal desde a rota do Oriente, mas só no séc. XVIII se tornara uma colónia. Em meados de 1975 é abandonada pelos portugueses, seguindo-se uma breve guerra civil, até que, a 28 de Novembro, a Fretilin declara a independência de Timor-Leste. Uma semana depois, aquela região da ilha é invadida pelos indonésios. Nos 25 anos de luta pela independência, onde morreram entre 100 mil e 250 mil timorenses, relatam-se episódios sangrentos. Como o massacre no cemitério de Santa Cruz, a 12 de Novembro de 1999. No terceiro aniversário do massacre, vários estudantes barricaram-se na Embaixada dos EUA, em Jacarta, para sensibilizar a opinião pública para a sua luta. Em 1999, quando 78 por cento dos timorenses manifestaram a sua vontade de obter a independência do país, o exército da Indonésia queimou grande parte do território. Xanana é libertado nesse ano – preso desde 1992. Em Maio de 2002, Timor-Leste conquista a independência e é reconhecido como o mais novo país do Mundo.

Reportagem de Bruno Contreiras Mateus

Junta médica negou-lhe reforma por invalidez

Funcionária acamada falta ao trabalho.
Ana Maria Brandão, funcionária da Junta de Freguesia de Piães (Ponte de Lima), não compareceu esta sexta-feira no local de trabalho, após ter visto recusado pedido de reforma por invalidez, apesar de só se deslocar com o auxílio de terceiros.

A funcionária já tinha sido chamado ao trabalho, mas quando o caso foi divulgado pela comunicação social, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou que a Caixa Geral de Aposentações iria reapreciar o processo e que Ana Maria entraria em nova baixa médica.
Apesar de estar dependente de terceiros para as tarefas mais simples, como alimentação ou vestuário, uma nova Junta Médica não a considerou “absoluta e permanentemente incapaz para as suas funções”, tendo-lhe negado a reforma por invalidez.
Hoje deveria apresentar-se na Junta de Freguesia onde é funcionária, mas Ana Maria comunicou ao presidente que não iria. “Estou desolada. Sinto-me completamente perdida e sem palavras”, lamentou-se ontem Ana Maria ao CM, admitindo que só resta recorrer aos tribunais. Na sequência de uma operação mal sucedida a uma hérnia discal, realizada em 1998, Ana Maria perdeu a mobilidade, usando uma colar cervical dia e noite, uma braçadeira e uma cinta lombar.

In: http://www.correiomanha.pt

SIMPLESMENTE VERGONHOSO!
Laumalai

Dia de paralisação geral na Função Pública

Governo não controla quem faz greve

O secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo, garante que o Governo não está a fazer pressões na Função Pública para saber antecipadamente quem vai aderir à greve.

"Os serviços públicos não controlam quem faz greve, mas têm obrigação de ver quem está ausente e quem está presente e o motivo da ausência” tal como está previsto na lei, explicou.

Os sindicatos marcaram uma greve geral para esta sexta-feira em protesto contra a política negocial do Governo, que estabeleceu os aumentos salariais em 2,1 por cento. “O Governo aguarda com tranquilidade o resultado de adesão à greve”, garantiu João Figueiredo, acrescentando que será possível apresentar dados globais “com mais rigor” sobre a paralisação no final do dia.
O secretário de Estado assegurou ainda que o Governo tem estado de negociações com os sindicatos da função pública com a convicção de que o país e os funcionários públicos estão a fazer um percurso no sentido de equilíbrio e de consolidação das finanças públicas. “O governo está muito convicto de que isso é muito importante para o país e para os cidadãos e é neste pressuposto que tomou as posições que tomou neste processo negocial”, concluiu.
Então sr. João Figueiredo?! "Ver quem está ausente e quem está presente e o motivo da ausência" não é controlar?! E para que quer saber quem falta no dia de greve? Se não é para controlar também não é importante saber, não é?!
E o medo que algumas pessoas têm e que as leva a ir trabalhar quando na verdade queriam aderir à greve? É apenas invenção?
O Governo tem estado em negociações com os Sindicatos?! Engraçado! Foi por isso mesmo que a Função Pública fez greve. Gostam muito de se divertir!
Realmente é inacreditável o que se passa neste País.
O Governo mente a todo o momento, manipula resultados de estatísticas, de greves, de economia, manipula a opinião pública, controla televisões (e não é só a RTP, porque o que se ouve noutras televisões é inacreditável), amedronta as pessoas, destrói a imagem e carreira dos trabalhadores da Função Pública (que têm sido o bode expiatório em todos os sectores)... e o que faz o povo?
Deixa-se manipular?! Acreditam no que se diz na TV, claro ...Aliás até é por isso que convém que o ensino se transforme numa farsa cada vez maior (claro que contra a vontade dos Professores, por isso há que destrui-los e espezinhá-los bem), pois quanto mais ignorantes forem as pessoas menos capacidade têm para observar as realidades deste país e pensar com as suas próprias cabeças e assim será mais fácil deixarem-se manipular e levá-las a fazer comentários como o seguinte:
Hoje, no programa Opinião Pública que deu de manhã na SIC, uma sra ligou a dizer mal dos funcionários públicos e contra ao facto de fazerem greve porque, segundo ela ganham muito bem e não têm de que se queixar. A sra disse ainda que a mãe dela tinha sido funcionária pública e que por isso ela e a família eram os que tinham os dentes mais bonitos lá na terra porque tinham um serviço de saúde em que "os outros pagavam 10 e nós só pagávamos 5", e note-se bem que ainda acrescentou que até tem o 12º ano e que frequentou o 1º ano da Universidade (muito importante).
Certamente que esta sra deve estar bem revoltada por ter deixado de ter essas regalias quando deixou de depender da mãe e quem sabe mais porquê.
Questiono-me porque razão as pessoas pensam assim: se eu não tenho porque é que eles hão-de ter? Ou seja, se eu não tenho eles também não podem ter...
Quando na verdade deveriam pensar: eles têm e nós também temos que ter, ou seja, todos temos que ter. O Governo tem obrigações para com todos nós e nós temos obrigações para com todos. Temos ainda a obrigação de lutar pelos nossos direitos e por uma vida melhor para todos.
O País não é só de alguns, é de todos.
Será que não percebem que estamos todos no "mesmo barco"?
Será que não percebem que na Funcão Pública engloba uma enorme diversidade de profissões, que na maioria não são desempenhadas por pessoas licenciadas e em que os trabalhadores ganham os ordenados mínimos ou pouco mais.
Será que não percebem que mesmo os licenciados na Função Pública ganham muito menos do que ganhariam se trabalhassem no privado mas infelizmente com a falta de empregos que por aí anda têm que se sujeitar?
Acham que se sujeitam por ser um emprego seguro uma vez que é do Estado? Não, sujeitam-se porque necessitam trabalhar e só lhes resta o Estado, o desemprego sem ganhar ou emigrar (o que tem acontecido mais e mais a cada dia que passa). É um engano quem pensa que o Estado é um bom patrão.
Será que não percebem que os funcionários públicos que ganham bem são aqueles que estão "no poleiro" (esses sim ganham balúrdios e acumulam muitas vezes vários ordenados ou ordenados e reformas...e são motivo dos enormes gastos com a Função Pública neste País)?
Infelizmente muitas pessoas em Portugal têm muitas vezes uma certa tendência para a "inveja" e este é um sentimento que demonstra a nossa pequenêz, a cobardia de um povo que deixou de saber lutar pelos seus direitos e que não admite quando alguns o tentam fazer.
Não admira que este País não melhore, afinal até temos o que merecemos.
Laumalai

Mika - Grace Kelly

apologize..timbaland ft one republic

Bob Sinclair - Sound Of Freedom

Relatório anual "Educação para todos" da UNESCO

Portugal: desenvolvido, mas pouco
Portugal é o único país desenvolvido com taxa de repetentes a atingir 10% nos primeiros ciclos.


Portugal é o único país desenvolvido onde a taxa de alunos repetentes no primeiro e segundo ciclos atinge os 10%, de acordo com dados da UNESCO divulgados esta quinta-feira.
Segundo o relatório anual "Educação para todos" da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), um em cada dez alunos portugueses (10,2%) a frequentar a antiga primária e o 2.º ciclo chumbaram e estão a repetir o ano de escolaridade.
Em Espanha e na Alemanha estes valores situam-se nos 2,3 e 1,4%, respectivamente, enquanto em países como Finlândia, Grécia, Irlanda e Itália a taxa não atinge sequer um por cento.
Com repetências inferiores a Portugal estão ainda países menos desenvolvidos como o Botswana (4,8%), o Paquistão (3,1%) ou o Bangladesh (7%), por exemplo.
De acordo com os dados do relatório, referentes a 2005, a percentagem de alunos repetentes nestes níveis de escolaridade atinge valores recorde na República Centro Africana e no Burundi, ambos com 30%, seguidos do Brasil (21,2%), Nepal (20,6%) e Cabo Verde (15,4%).
No documento, a UNESCO ordena 129 países de acordo com indicadores como o acesso universal ao primeiro ciclo, a literacia entre a população adulta, a qualidade da educação e a paridade de género, quatro dos seis objectivos traçados pela organização para cumprir até 2015. Nesta tabela, na qual Noruega, Reino Unido e Eslovénia ocupam o pódio, Portugal figura na 40.ª posição, estando incluído no grupo de 51 países que a UNESCO classifica como tendo um elevado nível de cumprimento daqueles objectivos.


Lusa
In:
http://expresso.clix.pt

Água mais cara

Atenção! O Governo prepara-se para deixar que a Águas de Portugal aumente o preço da água de consumo em oito por cento Não há engano, é mesmo oito por cento, ou seja mais do triplo da inflação que o próprio Executivo definiu como previsível para 2008.

Como monopolista da captação e fornecimento às empresas e serviços municipais, a AdP dá-se ao luxo de querer recuperar repentinamente de gestões anteriores deficientes, repercutindo nos consumidores investimentos e necessidades que anteriormente terão sido descurados.
Por outro lado, quando os cidadãos virem a sua factura de água aumentada, vão naturalmente protestar com a Câmara do seu município, a entidade que directa ou indirectamente é a sua cobradora, e poucos saberão ou lembrarão que a responsabilidade mora, de facto, noutra instância da organização do Estado. Isto enquanto os autarcas, a oposição ou as organizações de consumidores estão estranhamente silenciosos. Se tudo ficar como previsto, resta-nos poupar. Banho mais rápido, cuidado nas torneiras e autoclismos, menos rega para jardins e plantas e muita, muita paciência já que poder de compra e qualidade de vida, esses, cada vez são menores.

Rogério Gomes, Colunista
In: http://www.correiomanha.pt/

Portugal e o Petróleo

Petróleo em Alenquer e Aljubarrota - Plataforma perfuradora chega em Dezembro

Há petróleo e gás natural em Alenquer e Alcobaça prontos a ser explorados. A convicção parte da empresa canadiana DualEx Energy Internacional que no próximo mês tem prevista a chegada a Portugal de uma plataforma perfuradora para escavar dois poços.

Testes na bacia de Santos - Galp descobre petróleo no Brasil

O consórcio formado pela Galp Energia, Petrobras e British Gas descobriu “um significativo volume de petróleo leve”, no âmbito de uma operação de testes no poço BM-S-11, situado em águas ultraprofundas na Bacia de Santos, no Brasil.

Galp - Petróleo dá para 15 anos

O presidente da GalpEnergia, Ferreira de Oliveira, disse ontem no Chile que a descoberta do novo poço de petróleo no Brasil vai permitir uma produção de 600 milhões de barris por dia, o que permitirá abastecer o mercado português durante 15 anos.

Impostos: Estado ficou sem 84,4 milhões por155 milhões de litros de gasolina/gasóleo abastecidos em Espanha

As diferenças de impostos e, por conseguinte, de preços, está a fazer com que Portugal perca anualmente milhões de euros e de vendas de combustíveis a favor da Espanha. Neste ano a estimativa da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO) aponta para uma perda de 155 milhões de litros de gasolina e gasóleo, no valor de 163 milhões de euros. Um prejuízo que tem reflexos na receita fiscal.

In:http://www.correiomanha.pt

Há alguns anos que os portugueses se vêm a deparar com o problema do constante aumento dos combustíveis e consequentemente com o aumento de preços de variadíssimos bens de primeira necessidade, vendo as suas vidas tornarem-se mais difíceis a cada dia que passa.
Todos sabemos que a inflação sobe de dia para dia. Basta ir a um supermercado duas semanas seguidas para sentir o aumento dos preços.
Não adianta por isso, virem os nossos governantes com números para isto ou para aquilo, que na maioria das vezes só servem para ludibriar a opinião pública, pois todos nós sentimos na "pele" o mesmo problema, que aliado a outros fazem deste país que podería ser um paraíso, um dos mais difíceis de se viver na União Europeia. Só não se queixam os que se enchem todos os dias à custa dos que trabalham.
Hoje quando ía a conduzir para o trabalho por volta das 8h ouvi na rádio a notícia acerca das perdas do estado sobre os impostos dos combustíveis devidas "à fuga" dos portugueses que vão abastecer em Espanha.
Perante tal enormidade de valor não consegui deixar de esboçar um sorriso e pensar: E isto acontece só com as pessoas que estão próximo da fronteira, imagina se fossem todos. Filhos da mãe! Para perderem um lucro desses em impostos só com aqueles que vão a Espanha quanto não ganharão com os que abastecem cá. E ainda se queixam. Cambada de ladrões! Se ao menos sentissemos alguns benefícios na saúde, educação e noutros serviços, mas nada disso acontece. Para onde irá esse dinheiro?! Concerteza para as estradas, e para os bolsos de muitos... Farta-se uma pessoa de trabalhar uma vida inteira, fazer sacrifícios, nunca é valorizado por nada, é constantemente roubado e ainda vêm estes gajos todos reclamar que o povo lhes está a tirar dos bolsos por ir abastecer ao país vizinho.
Enfim... muito mais pensei mas é melhor nem dizer.
Entretanto lembrei-me das boas notícias sobre as descobertas de petróleo da GALP, das futuras possibilidades de exploração em Portugal e voltei a pensar para com os meus botões: Bem se temos cá petróleo e se a GALP descobriu uma jazida no Brasil que nos vai abastecer, então os combustíveis com certeza vão baixar de preço e certamente o país vai enriquecer um pouco. Então isso deverá querer dizer que vai haver mais dinheiro para fazer hospitais, centros de saúde, escolas com salas de aula onde não se congele ou derreta, com bons equipamentos de ensino, condições de trabalho para professores e alunos, ginásios... Certamente a vida das pessoas irá melhorar.
Será?! Hummmmmmmm

Talvez se não vierem os mesmos ladrões de sempre meter o dinheiro aos bolsos e enriquecer mais a cada dia, consigamos sair deste buraco, mas isso é quase impossível porque eles estão lá instalados. Infelizmente por mais que tente, não consigo vislumbrar alternativas muito melhores. Que tristeza!
Bem, a esperança é a última a morrer.
Estaremos cá para ver. Espero!

Um abraço
Laumalai

18/11/2007

Palavras para quê?!


As "desventuras" de ser professor


Pois é meus amigos!
Tenho andado desaparecida, a fazer uma greve pessoal mas ainda não foi desta que desapareci de vez.
Hoje tomei conhecimento desta e não resisti.
Está mesmo boa e serve bem pra dar a conhecer Portugal (melhor dizendo, quem o governa) ao Mundo.
Divirtam-se! Ou chorem! (tudo vai depender do sentido de humor e/ou sensibilidade de cada um)
Aproveitem enquanto não é censurado, quer dizer, apagado.
Abraços

Laumalai

06/11/2007

PS aprova sozinho novo Estatuto do Aluno sob duras críticas da oposição

O PS aprovou hoje, com os votos contra de toda a oposição, o novo Estatuto do Aluno, que permite que os estudantes passem de ano sem frequentar as aulas, desde que sejam aprovados nas provas de recuperação.
No último dia de discussão e votação em sede de especialidade, o PS apresentou a terceira proposta de alteração ao documento, no espaço de uma semana, estipulando que se o aluno faltar sem justificação à referida prova fica retido, no caso do básico, ou excluído da frequência da disciplina, no caso do secundário, o que não estava previsto nas propostas anteriores.

A nova redacção introduz ainda outra alteração, encurtando o prazo limite de faltas a partir do qual o aluno é sujeito a medidas correctivas e à realização de uma prova de recuperação, mas apenas no caso de se tratar exclusivamente de ausências injustificadas.
Assim, acolhendo uma medida proposta pelo PSD, a maioria socialista estipulou que, no caso das faltas sem justificação, o prazo limite passa de três para duas semanas, se o aluno estiver no primeiro ciclo, e do triplo para o dobro dos tempos lectivos semanais de uma disciplina, se o estudante frequentar os restantes níveis de ensino.
Os prazos definidos originalmente continuam a aplicar-se, mas agora aos alunos que faltarem justificadamente, uma das medidas mais criticadas pela oposição, que não aceita que um estudante que esteja ausente por doença, por exemplo, seja sujeito ao mesmo regime que um que não compareça "para ficar a jogar bilhar".
Apesar das duas ligeiras alterações introduzidas, a terceira e última proposta dos deputados do PS mantém a possibilidade de um aluno transitar de ano sem comparecer nas aulas, desde que obtenha aprovação na prova de recuperação, não sendo definido qualquer limite para o número de testes a que pode ser sujeito.
Diploma emite “mensagem muito negativa" aos alunos
Para o PSD, que hoje propôs que um aluno fique automaticamente na situação de retenção ou exclusão caso volte a faltar injustificadamente depois de realizar a prova, esta medida defendida pela maioria transmite "uma mensagem muito negativa" aos estudantes. "Há um grande cuidado do PS em facilitar a vida aos alunos faltosos, mas fica completamente esquecida qualquer mensagem aos alunos cumpridores, que agora não têm qualquer estímulo", acusou o deputado social-democrata Emídio Guerreiro.
A crítica foi partilhada pelas restantes bancadas da oposição, que acusam o Governo e a maioria parlamentar de "menosprezar o valor da assiduidade" e "mascarar as estatísticas" do abandono escolar.
"O PS vai conseguir um fenómeno estatístico espectacular em toda a Europa que é o de acabar com o abandono escolar de um ano para o outro, já que se um aluno não puser os pés na escola e só aparecer de três em três meses não é considerado como estando em condições de abandono", criticou o deputado do CDS-PP, José Paulo de Carvalho, classificando como "um erro histórico e colossal" a aprovação deste diploma.
O Estatuto do Aluno até agora em vigor, introduzido em 2002 no Governo PSD-CDS-PP previa a retenção automática de um aluno do ensino básico que excedesse o limite de faltas injustificadas ou a sua imediata exclusão da frequência de uma disciplina, no caso de estar no secundário.
"Agora o aluno vai poder faltar o que quiser e não pôr os pés nas aulas, desde que vá passando nas provas de recuperação a que for sendo sujeito, o que põe em causa o princípio fundamental da avaliação contínua", criticou igualmente João Oliveira, do PCP.
Além das críticas ao diploma hoje aprovado na Comissão Parlamentar de Educação, os deputados de toda a oposição criticaram duramente o processo de discussão do estatuto, com a apresentação de sucessivas propostas de alteração por parte do PS.
"Desnorte", "leviandade", "gestão política desastrosa" e "vontade de instalar a confusão" foram algumas das expressões utilizadas pela oposição para classificar a actuação da maioria neste processo, que deixou desautorizada a ministra da Educação, segundo todos os partidos.
"A ministra veio a público defender uma proposta do PS e o PS alterou-a, depois a ministra veio defender novamente a segunda versão e o PS voltou a alterá-la. Hoje ficou totalmente reforçada a total falta de autoridade política da ministra, que foi desautorizada por três vezes, no espaço de uma semana", salientaram os democratas-cristãos.
Na resposta às críticas, o PS acusou a oposição de "esquizofrenia" por habitualmente classificar a maioria de ser arrogante e não ouvir os restantes partidos e hoje apelidá-la de "hesitante" por alterar a sua proposta e acolher sugestões de outras bancadas.

In:http://ultimahora.publico.clix.pt

15/10/2007

“Confio no Banco de Portugal para resolver esta situação no BCP”

Accionistas exigem saber em que condições foi dado crédito ao filho de Jardim Gonçalves, que resultou num prejuízo de 12 milhões.

Pedro Marques Pereira e Sílvia de Oliveira
Alguns dos principais accionistas do BCP não compreendem como foi possível aprovar um crédito acumulado de 12 milhões de euros a Filipe Jardim Gonçalves, filho do fundador do banco, e considerá-lo incobrável, aceitando assim a liquidação das empresas, em vez de se exigir a sua falência, um processo que prevê outro tipo de garantias aos credores e pode exigir a execução de bens pessoais dos gestores. Acham estranho que tenham sido concedidos montantes desta dimensão a negócios que, à partida, não exigiriam investimentos tão avultados, e ainda mais sem a prestação de garantias. Alguns, ontem contactados pelo Diário Económico, consideram ainda “ofensiva” a declaração de Jardim Gonçalves ao “Expresso” (que divulgou o caso), em que afirma não saber de nada: “As questões relacionadas com clientes não passaram nem passam por mim”. Em resumo, não acreditam que Filipe Pinhal, o actual CEO do banco, e Alípio Dias, outro administrador por quem o processo passou, não tivessem comunicado ao então presidente executivo do banco que se preparavam para dar como incobrável uma dívida de 12 milhões de euros ao seu próprio filho.
São estas questões que se preparam para colocar à gestão do banco nos próximos dias, antes de decidirem se avançam com processos judiciais. Esperam igualmente pelas reacções dos reguladores, o Banco de Portugal, que supervisiona o sector bancário, e a CMVM, que defende os accionistas.
“Estou incomodado com a situação e acredito que os orgãos competentes do BCP, bem como as autoridades de supervisão, em quem confio, como é o caso do Banco de Portugal, irão tomar as medidas necessárias para resolver a situação,” afirma João Pereira Coutinho. Também Joe Berardo reafirmou, em declarações ao Diário Económico, que considera esta situação “um escândalo”, admitindo seguir a via judicial.
Fontes de ambos os reguladores foram pouco claras sobre o que estes pensam fazer, referindo que apenas na segunda-feira irão abordar a questão com os seus gabinetes jurídicos. A actuação do Banco de Portugal, em princípio, deverá centrar-se na análise das condições em que os créditos foram concedidos e considerados extintos, por forma a verificar se houve ou não um tratamento de favor. Por sua vez, a CMVM diz não ter qualquer competência neste dossiê. A operação já foi reflectida nas contas do banco, tornadas públicas e os montantes em causa tão pouco configuram uma situação de dever de divulgação de informação privilegiada. São, por isso, os accionistas que podem exigir o apuramento de responsabilidades e, no limite, a devolução ao banco dos 12 milhões de euros.
A lei que proíbe a concessão de crédito a familiares directos dos administradores dos orgãos sociais diz no capítulo III, relativo a incompatibilidades, que “as instituições de crédito não podem conceder crédito, sob qualquer forma ou modalidade (...) aos membros dos seus órgãos de administração ou fiscalização, nem a sociedades ou outros entes colectivos por eles directa ou indirectamente dominados”. E explica: “Presume-se o carácter indirecto da concessão de crédito quando o beneficiário seja cônjuge, parente ou afim em 1.º grau de algum membro dos órgãos de administração ou fiscalização ou uma sociedade directa ou indirectamente dominada por alguma ou algumas daquelas pessoas”. Embora a lei tenha entrado em vigor apenas em 2002, a renovação de créditos, bem como a sua extinção, ocorreram posteriormente a essa data.
Este episódio vem a público numa semana em que a comissão do governo societário, o órgão encarregue por Jardim Gonçalves de liderar o processo de renovação dos estatutos do banco se prepara para iniciar uma ronda de conversas individuais com os principais accionistas do banco.

Um jovem empresário com pouco sucesso
Casado e com dois filhos, Filipe Vasconcelos Jardim Gonçalves, 37 anos, estreou-se no mundo dos negócios ainda estudante de gestão, um curso que acabou por não terminar. As sociedades que formou actuavam sobretudo nas áreas da restauração (dois restaurantes), turismo (uma agência de viagens) e distribuição de correio urgente (estafetas). Começou os seus negócios como muitos outros jovens empresários, mas os investimentos acabaram por correr mal. É um de cinco irmãos. Rodrigo é advogado no escritório que representou Filipe nas negociações com o banco. Jorge é administrador do banco Itaú em Portugal. Tem ainda duas irmãs, uma das quais casada com um irmão de Pedro Maria Teixeira Duarte, um dos principais accionistas do banco.

In: http://diarioeconomico.sapo.pt/

Eis mais um exemplo da máfia portuguesa!
E andam os portugueses a fazer sacrifícios! Só Deus sabe de quantas coisas essenciais têm que abdicar tantas vezes para conseguirem pagar as rendas das casas que "adquiriram" com empréstimos bancários.
Quando um português "vulgar" (tipo do zé povinho pobretão) tem um azar, como por exemplo, ficar no desemprego, fica com a cabeça a prémio sujeitando-se a perder tudo aquilo porque lutou (o que cada vez acontece mais) uma vida inteira e ainda fica com o nome "sujo" no Banco de Portugal.
Mas claro, esses senhores pertencem ao feudo e como tal não podem ser tratados como o zé povinho, por mais M**** que façam.
Afinal são eles que mandam em Portugal e no governo.
Afinal comem todos do mesmo tacho.
Afinal frequentam as mesmas festas, casas e clubes.
Afinal...
Como tal, há que proteger os amigos, especialmente aqueles que os ajudam a encher os bolsos.
O problema são os outros, igualmente mafiosos, mas que não são assim tão amigos, especialmente quando são os seus próprios bolsos a ser roubados(?).

E Viva Portugal!

Laumalai

Relatório da UE conclui que Timor não fraudou eleições

Dili, 10 out (Lusa)

- O processo eleitoral no Timor Leste "foi absolutamente confiável" e "nunca houve um plano B" para manipular os resultados, afirmou nesta quarta-feira o chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Européia (MOE-UE) à Agência Lusa.
Javier Pomés salientou a credibilidade das eleições presidenciais e legislativas de 2007 em Timor Leste, na ocasião em que regressou a Dili para apresentar o relatório final da MOE-UE.
"Se querem uma comparação, em Moçambique, em 2004, o resultado final foi a aceitação do processo com muitíssimos reparos" por parte da missão de observação européia, que Javier Pomés também chefiou.
"Eu, naquele momento, vi que havia um plano B tal que, se o partido que ganhou não tivesse ganhado, teria ganhado por sistemas diferentes", declarou Javier Pomés em entrevista à Lusa.
"Aqui em Timor Leste, atingiu-se um nível muito mais elevado", acrescentou o chefe da MOE-UE, que salientou ter notado apenas os últimos administradores distritais se deixavam levar por sentimentos políticos.
"São defeitos casuais e não havia um sistema generalizado de informática que permitisse um golpe legal", frisou o deputado ao Parlamento Europeu.
As acusações de manipulação e fraude se repetiram ao longo do processo eleitoral timorense, sobretudo nos dois turnos das eleições presidenciais, disputadas em 9 de abril e 9 de maio de 2007.
O relatório final da MOE-UE descarta essas acusações, mas recomenda que o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) seja independente do ministério da Administração Estatal, ficando preferencialmente sob o controle da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
"À mulher de César não basta ser séria, tem de parecê-lo", comentou Javier Pomés sobre as acusações feitas pela oposição de controle político do STAE e de falta de apoio à CNE por parte do governo.
"Há que dar credibilidade ao processo e cuidar das formas", reiterou o observador da UE à Lusa. "CNE e STAE têm que ser independentes no seu financiamento e na capacidade de sancionar os partidos políticos que não cumpram o código de conduta", acrescentou.
"Recolhemos e analisamos queixas. Não julgamos cada uma das queixas", explicou Javier Pomés. "A conclusão que tiramos é que houve disfunções entre CNE e STAE que provocaram uma série de efeitos durante todo o processo e até a diminuição de certa credibilidade do sistema".
Segundo o observador, este problema pode ser evitado com a reforma da lei eleitoral, "que já está em curso com a criação de um grupo de trabalho pelo novo governo", conclui.

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Filme australiano vai abordar massacre em Timor Leste

Lisboa, 01 Out (Lusa)
- O massacre de Balibó, ocorrido em 1975 no Timor Leste, vai ser retratado no cinema pelo cineasta australiano Robert Connoly. As filmagens devem começar no início de 2008.
Segundo a edição desta segunda-feira do diário Sidney Morning Herald, o papel principal será desempenhado pelo ator Anthony La Paglia, que interpretará Roger East, um jornalista assassinado em 1975, em Díli, quando investigava a morte dos cinco colegas de profissão, ocorrida cerca de um mês e meio antes.
Descrito como um intenso thriller político, "Balibó", como se intitula o filme, vai recriar os acontecimentos que cercaram a morte dos jornalistas Brian Peters, Greg Shackleton, Gary Cunningham, Malcolm Rennie e Tony Stewart.
Os cinco jornalistas morreram em 16 de outubro de 1975, durante uma reportagem próxima da fronteira com a Indonésia, no início da invasão das tropas e milícias de Jacarta ao território timorense.
Passados mais de 30, existem ainda muitas dúvidas sobre as circunstâncias que rodearam as suas mortes, com versões contraditórias.
Um relatório independente da ONU, elaborado em 2006, concluiu que "provavelmente" os cinco jornalistas - dois australianos, dois britânicos e um neozelandês - foram mortos pelos soldados indonésios.Apesar disso, Jacarta nega as acusações e tem insistido na idéia de que os jornalistas foram mortos num fogo cruzado entre as tropas indonésias e milícias timorenses.

Histórico

A morte de Roger East é a menos conhecida entre os jornalistas e aconteceu em 8 de dezembro de 1975, quando o repórter da Australian Associated Press (AAP), então com 51 anos, se encontrava em Díli investigando a morte dos seus colegas. O repórter acabou capturado pelas tropas indonésias, que o executaram em público.
Dias após a notícia da morte dos cinco colegas, East chegou a Díli, onde foi acompanhado pelos jornalistas Michael Richardson, do australiano The Age, e de Jill Jolliffe, free-lance australiana que trabalhava para a Reuters.
Segundo relatos da imprensa então publicados, quando se tornou claro que a invasão indonésia era iminente, Richardson e Jolliffe decidiram abandonar Díli e regressaram em conjunto com os representantes da Cruz Vermelha para Darwin (Austrália), mas Roger East optou por ficar na capital timorense.
Ainda segundo os mesmos relatos, East planejava seguir para as montanhas para acompanhar a retirada da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), mas acabou capturado pelo exército indonésio.
De acordo com testemunhas, o jornalista foi levado para junto de outros prisioneiros e executado por um pelotão de fuzilamento em frente ao porto da capital timorense.
Alguns relatos dizem ainda que Roger East tentou enviar uma última notícia a partir do Centro da Marconi no aeroporto de Díli, quando começaram a aterrissar os pára-quedistas indonésios.
A Indonésia invadiu a antiga colônia portuguesa em 1975, administrando-a até 1999. Neste ano, um plebiscito resultou numa votação esmagadora a favor da independência do território, que se concretizaria em 2002.

Produção

Segundo o jornal Sidney Morning Herald, será a primeira participação do ator Anthony La Paglia num filme australiano desde 2001, quando apareceu em "Lantana", interpretação que lhe valeu o prêmio de melhor ator no "AFI Awards", da Austrália.
La Paglia vai interromper o programa "Without a Trace", na TV norte-americana, para desempenhar o papel de Roger East.
O argumento de "Balibó", baseado no livro "Cover UP - The Inside story of the Balibó Five", de Jill Jolliffe, foi redigido conjuntamente por David Williamson e Robert Connely, que vai dirigir também o filme produzido pela Film Finance Corporation.

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Presidente do Timor reafirma português como língua oficial

Díli, 21 Set (Lusa)

- O português e o tétum continuarão sendo as línguas oficiais do Timor Leste, reafirmou nesta sexta-feira à Agência Lusa o presidente timorense, José Ramos Horta, defendendo, porém, o "reequacionamento dos métodos de ensino", que suscitou críticas da oposição.

"Não há alteração na política fundamental estabelecida na Constituição da República de termos duas línguas oficiais, português e tétum", declarou Ramos Horta, em entrevista à Lusa.

"O português avançou muito nestes anos, com crianças aprendendo em português", observou o chefe de Estado, que sugere, "talvez no próximo ano", a realização de um "seminário de especialistas para equacionar melhores métodos de ensino".

Para o presidente do Timor Leste, "o português é extremamente importante para a identidade do país, mas a Constituição sempre falou em duas línguas de trabalho, o bahasa [indonésio] e o inglês".

Na semana passada, à margem da apresentação do programa do governo no Parlamento timorense, o presidente da Fretilin, Francisco Guterres "Lu Olo", criticou a intenção de reequacionar as línguas oficiais e colocou em causa a utilidade dos 60 milhões de euros disponibilizados por Portugal para projetos de cooperação, que incluem o ensino da língua portuguesa.

"Sem retirar ao tétum e ao português o estatuto privilegiado de línguas oficiais, vamos ver como podemos manter o bahasa indonésio, porque temos um vizinho de 250 milhões de habitantes e há muitos milhares de timorenses que falam bahasa e vão continuar a estudar na Indonésia", afirmou José Ramos Horta, Nobel da Paz em 1996.

É também intenção da liderança timorense investir no inglês, "que representa o acesso à ciência e à tecnologia", acrescentou o presidente.

O programa de governo, aprovado sábado passado no Parlamento, contém uma alínea que propõe "o reequacionamento da problemática da língua oficial de ensino e do ensino de outras línguas, incluindo as línguas nacionais, o inglês e/ou o indonésio, como línguas de trabalho".

Tanto o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, como o ministro da Educação, João Câncio, declararam que este enunciado não pretende abrir as portas à revisão do artigo 2º da Constituição, mas insistem em mudanças nos métodos e condições em que a Língua Portuguesa é ensinada nas escolas timorenses.

Em declarações à Lusa na semana passada, em reação às críticas da Fretilin, o vic-chanceler português, João Gomes Cravinho, responsável pela área de cooperação do Ministério da Relações Exteriores, afirmou não ter "qualquer indicação" de que a língua portuguesa estivesse sendo repensada no Timor Leste.

Cravinho disse que nas conversas que manteve no início deste mês com o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, durante a visita ao Timor Leste, "houve concordância quanto à necessidade de reforçar o apoio à língua portuguesa".

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