14/06/2007

Sociedade Portuguesa de Matemática lamenta caso na comissão de acompanhamento

O presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, Nuno Crato, considerou hoje "lamentável" que o Ministério da Educação tenha convidado a Associação de Professores de Matemática a sair da comissão de acompanhamento do Plano da Matemática após ter criticado a ministra.
Este episódio "é lamentável", comentou hoje Nuno Crato, em declarações à Lusa.


O PÚBLICO avança na edição de hoje que a Associação de Professores de Matemática (APM) foi convidada a sair da comissão após criticar publicamente as declarações da ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, sobre os exames nacionais do 9º ano, no final de uma reunião de balanço do primeiro ano do Plano de Matemática, a 22 de Maio.O "convite" foi feito por Luís Capucha, director-geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, no dia em que as críticas às declarações de Maria de Lurdes Rodrigues foram divulgadas pela comunicação social.

Nessa reunião, a ministra disse que "pela primeira vez o país associa os resultados não apenas à 'performance' dos alunos, mas também ao trabalho das escolas e dos professores, para o melhor e para o pior".
Em reacção, a APM, presidida por Rita Bastos, criticou "a ausência de sentido pedagógico" e "a leitura muito simplista e redutora do que é esse trabalho e a educação".
"Como associação profissional, a APM não pode, de modo nenhum, comprometer a sua independência em relação ao ME. Temos o direito e o dever de manifestar as nossas opiniões. Além disso, as declarações da ministra também foram públicas", sublinha Rita Bastos, garantindo que em "20 anos de história e várias parcerias com vários governos", nunca tinha acontecido à APM confrontar-se com "esta reacção de alguém dizer que não se pode criticar publicamente" um programa. No comunicado em causa, a APM sustentou que "mudanças relevantes e duradouras em educação não acontecem num ano e projectos como os que estão em curso nas escolas têm que ser avaliados por indicadores mais apropriados que não são certamente os exames, instrumentos muito limitados e pouco adequados para a avaliação deste tipo de intervenções."
As críticas da associação estendiam-se ainda ao atraso nos apoios previstos pela tutela. Na sua página na Internet, a APM assegura que "continua disponível, como sempre tem estado, para apoiar os professores e os seus projectos nas escolas e para promover as aprendizagens matemáticas dos alunos."

À parte desta situação, o presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática considerou "uma pena" que a estrutura que dirige nunca tenha feito parte nem nunca tenha sido convidada para a comissão de acompanhamento do Plano de Matemática. "É pena, porque temos sido uma das instituições que mais tem criticado as orientações curriculares, pedagógicas e do ensino em geral, ao longo dos últimos anos", adiantou.


SrªMinistra, será que a sua inteligência não lhe permite ver que o ensino só poderá melhorar quando começar a dar ouvidos aos especialistas?! Acha, por ventura, que são os seus submissos empregados (especialistas de secretária) que têm a capacidade para definir as regras que devem reger o ensino? Ainda não lhe chegou o que fez, ou tentou fazer com as novas metodologias do português?
Há uns dias vi uma prova de aferição de matemática do ano lectivo 2005/2006 e deparei-me, por exemplo, com uma questão que pede para os alunos identificarem um ângulo com determinadas medidas, só que,... esse ângulo não existe entre os ângulos dados. Como podem pedir para identificar algo que não existe?
As provas de aferição não contam para a progressão dos alunos, mas os exames de 9º ano e secundário, contam. Quem os constrói? Os mesmos cérebros que já construiram outros que levantaram polémica? ...
Srª Ministra, por acaso sabe que para montar um laboratório de matemática precisamos de aquirir material e que esses material custa dinheiro? Acha que é com as esmolas que nos tem enviado que conseguimos ter material, por exemplo, informático, para podermos realizar actividades que estimulem mais os nossos alunos?
Sabe quanto custa um quadro electrónico?
Bem, é melhor acabar, porque se continuo esta postagem não vai sair hoje.
Já agora, quando o seu querido Valter Lemos lhe estiver a explicar do que é que os professores estão a falar, lembre-se de o lembrar da sua incompetência e que tem telhados de vidro, que nós professores não esquecemos.
E nunca esqueça que "Quanto mais alto se sobe, maior é o tombo" ou que "O último a rir é o que ri melhor" e que nós cá estaremos para vos ver cair e rir à gargalhada na vossa cara!
Laumalai

1 comentário:

cris disse...

Nina, nem sei que dizer...Affreux, simplesmente .



beijooooooooos