21/06/2007

Provas de Aferição de Matemática

Razia a Matemática gera plano urgente no 2º Ciclo -Aferição:Ministério insatisfeito com resultado das provas

Os resultados da prova de aferição de Matemática do 6.º ano foram os mais baixos das quatros provas de aferição de 2007, realizadas este ano pela primeira vez por todos os alunos. Para colmatar as falhas no ensino e aprendizagem, o Ministério da Educação anunciou ontem que vai alargar, “com carácter obrigatório e urgente”, o Plano Nacional da Matemática ao 2.º Ciclo já no próximo ano lectivo.

Quando os cerca de 250 mil alunos do 4.º e 6.º anos olharem hoje para as pautas, que são afixadas com os resultados individuais, poderão ter uma surpresa desagradável, sobretudo quando prestarem atenção aos resultados do exame de Matemática do 6.º ano.Um dia antes da afixação das pautas, Maria de Lurdes Rodrigues confessou o facto de “os resultados não serem tão bons quanto gostaria” e sublinhou, como exemplo, as más notas obtidas pelos alunos do 6.º ano a Matemática.Segundo os dados do Júri Nacional de Exames, quase metade dos alunos teve resultado insatisfatório à disciplina. Somados os alunos que tiveram notas abaixo do Satisfaz – tradicionalmente equivalente ao três na pauta – 41 por cento obteve maus resultados a Matemática. No extremo oposto, só 2,7 por cento dos alunos teve Muito Bom, o que costuma corresponder ao cinco da tabela de classificações.Apesar de não serem excelentes, as notas de Língua Portuguesa do 2.º Ciclo foram um pouco mais razoáveis. Mais de dois terços dos alunos obtiveram um resultado satisfatório e só 14,6 por cento obteve um resultado negativo. Ainda assim, é quase metade o número de alunos a tirar Muito Bom no exame, em relação à outra disciplina avaliada.No 4.º ano a discrepância entre os resultados obtidos e a média dos alunos a Matemática é bastante menor. Só um em cada cinco teve um resultado insatisfatório na prova. A percentagem dos alunos com Satisfaz é de 34,7 e quase um quinto conseguiu uma nota muito boa à disciplina (18,5). A Língua Portuguesa do 4.º ano quase metade obteve uma nota satisfatória, 34,6 por cento chegou ao nível Bom mas só 10 por cento dos alunos alcançou a nota máxima.Para que os professores possam corrigir áreas onde exista maior fragilidade lectiva, o ministério vai enviar às escolas cerca de 30 mil relatórios detalhados, que deverão chegar entre o fim de Setembro e o início de Outubro. O relatório final é apresentado até Dezembro. Sobre a eventual transformação das provas em exame nacional a ministra disse ser “é cedo para falar sobre isso”.
http://www.correiomanha.pt/

Plano para melhorar resultados a Matemática alargado "com urgência" ao 2º ciclo
20.06.2007 - 19h02 Lusa

O plano de acção criado pelo Ministério da Educação para melhorar os resultados a Matemática no 3º ciclo vai ser alargado ao 2º ciclo já no próximo ano lectivo, anunciou hoje a ministra Maria de Lurdes Rodrigues.
Segundo a tutela, os resultados das provas de aferição realizadas nos 4º e 6º anos mostram que a prova de Matemática do 2º ciclo foi a que registou o pior desempenho por parte dos alunos.Por isso, a ministra decidiu estender a este nível de ensino as medidas em curso no 3º ciclo, nomeadamente "ao nível da avaliação contínua dos professores e da avaliação dos programas" da disciplina."Estas provas confirmam as preocupações com o ensino e a qualidade das aprendizagens da disciplina de Matemática e, portanto, a necessidade de alargar ao segundo ciclo, com carácter obrigatório e urgente, o Plano de Acção para a Matemática", anunciou a ministra da Educação, em conferência de imprensa.Com o objectivo de melhorar as notas dos alunos na disciplina, o ministério lançou há um ano um plano de acção que envolveu 293 mil alunos do 3º ciclo, em 1070 escolas e agrupamentos.No âmbito deste plano — que conta com um orçamento global de nove milhões de euros até 2009 — as escolas apresentaram à tutela projectos de melhoria dos resultados à disciplina, com metas definidas e quantificadas a três anos. A contratação de peritos de universidades, o recrutamento de mais docentes de Matemática para reforçar o apoio aos alunos e o aumento do número de horas dedicado à disciplina foram algumas das soluções encontradas pelos estabelecimentos de ensino e viabilizadas pelo ministério, que não autorizou, contudo, a diminuição do número de estudantes por turma — uma das principais solicitações das escolas.Para apresentarem à tutela projectos de melhoria de resultados, as escolas terão de analisar o desempenho dos alunos do 6º ano nas provas de aferição realizadas em Maio, cujas notas são já do conhecimento dos estabelecimentos de ensino desde o início da semana, sendo afixadas amanhã.No início do próximo mês de Outubro, o Ministério da Educação vai entregar 30 mil relatórios por turma e por escola, nos quais serão especificadas as competências em que os alunos sentem mais dificuldades.De acordo com a ministra, a elaboração desses documentos vai permitir "avaliar elementos estruturais do sistema de ensino, tais como programas, manuais escolares e formação de professores". Ministério fala em "ano zero de nova série de provas de aferição"Cerca de 250 mil alunos dos 4º e 6º anos realizaram as provas de aferição a Língua Portuguesa e Matemática, testes que não contam para nota mas que, pela primeira vez, foram aplicados universalmente nos dois anos de escolaridade.Na conferência de imprensa, o ministério salientou "o ambiente de serenidade e profissionalismo" que rodeou os testes, corrigidos por 8200 professores, considerando que este foi "o ano zero de uma nova série de provas de aferição"."O sistema de ensino demonstrou estar preparado e encarar com naturalidade os procedimentos de avaliação externa das aprendizagens", congratulou-se a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, considerando, no entanto, ser "muito cedo" para equacionar a transformação destas provas em exames nacionais.
http://ultimahora.publico.clix.pt/

Fiquei quase sem palavras quando li estas notícias!
É verdade que os resultados de Matemática, mais uma vez, não foram os que todos gostariam, e entre estes todos há que referir especialmente os professores que grande parte das vezes, quase fazem o "pino" para que os seus alunos aprendam.
Mas que estória é essa de alargar o Plano Acção da Matemática (PAM) ao 2º Ciclo? Mais uma vez, só podem estar a gozar connosco!
Para já sou de opinião que o PAM devería começar logo no 1º Ciclo, pois "de pequenino se torce o pepino", e com frequência passamos grande parte das aulas a ensinar aos alunos de 5º ano, conteúdos que deveríam ter apreendido no 1º Ciclo, pra depois poder continuar o nosso trabalho.
Além disso posso falar porque estou dentro do assunto, dou aulas numa escola de 2º e 3º ciclos, sou professora de 2º ciclo e faço parte do grupo de aplicação do PAM na minha escola.
Mas também posso dizer que não se fazem "omoletes sem ovos".
Concorremos e o nosso projecto foi aprovado. Este implicava a implementação de um laboratório de Matemática onde todos os alunos de 5º e 7º anos deveríam ter pelo menos uma aula semanal. Ora, para existir um laboratório de Matemática é necessário haver um espaço/sala, que só nos foi dada no 3º período, depois de muita pressão e de um relatório de avaliação das nossas actividades até à data, onde nos queixámos da falta de condições de trabalho e de sentirmos que nos estavam constantemente a "cortar as pernas". Além disso, um laboratório necessita de materiais... O ME foi-nos mandando uns dinheiritos, em parcelas e nós lá fomos fazendo contas, contando os tostõezitos e comprando uns jogos matemáticos, uns materiais, sem nos podermos alargar, claro.
Os computadores que temos na sala são velhos, alguns não trabalham, não têm programas próprios para a disciplina e não estão ligados à Internet, pelo que estarem lá ou não, é igual.
Desde o início, ainda em Julho do ano anterior, quando fizemos o projecto para concorrer, fartámo-nos de pedir pelo menos uma hora semanal para podermos reunir, trocar ideias, preparar materiais, etc. Nada nos foi dado e trabalhámos um pra cada lado, por pura carolice, trocando ideias durante os intervalos, enquanto almoçávamos...
Estudo Acompanhado ser leccionado por um professor de Língua Portuguesa e outro de Matemática no 5º ano, aconteceu em várias turmas, mas não em todas, e com a falta de tempo que tivemos pra coordenar o trabalho, certamente que não deu o resultado que nós gostaríamos. Com o último dinheirito que recebemos, resolvemos comprar um quadro electrónico (foi uma festa e os alunos adoraram quando foi feita uma demonstração na escola). Depois de muito pedinchar, lá nos fizeram uns descontos especiais de modo a que o dinheiro chegasse, mas... só existe um projector para a escola toda e os portáteis (ai meu Deus, dos portáteis é melhor nem falar!).
Então! Ainda nos querem comparar com a Finlândia?!
Talvez um dia destes vos conte outras estórias interessantes, mas por hoje vou parar, pois o meu médico quando me viu exigiu que ficasse em casa senão quero "pifar" de vez e
"drunfou-me"(uns pra acordar e outros pra dormir, hihihi!), e já tou a bater com a cabeça no teclado.
É assim e às vezes ainda muito pior, a vida de um professor que insiste em trabalhar, neste País!

Abraços
Laumalai


7 comentários:

Anónimo disse...

isto e uma estupidez

Anónimo disse...

ixu das provas de aferição e uma estupidez
inda hj fix uma e foi bue faxil...
mas inda n percebi pk e k kerem k faxamus...

Sítio do sol nascente disse...

É verdade, a prova de hoje de Língua Portuguesa era bastante fácil e o tema era interessante. Mas quer apostar que mesmo assim vai haver "desgraça"...

Anónimo disse...

Vai haver desgraça??? até saíram "sufixos" k no colégio da minha filha, ao 6º ano nunca tinham dado...desgraça são prof. k não se interessam pelos garotos e dão aulas só por dar...Enfim...

Ana Catarina Duarte Martins disse...

Deviam por provas globais de matemática

Sítio do sol nascente disse...

Porque razão só a Matemática e a Língua Portuguesa têm que ser examinados exteriormente?
Porque razão apenas os professores destas disciplinas vão ser avaliados tendo em conta os resultados das avaliações internas e externas?
...

Sítio do sol nascente disse...

Cara(o) anónimo,
se no 6º ano a sua filha nunca deu sufixos, quando eles devem começar a ser abordados logo no 1º ciclo, então talvez deva avaliar se o colégio que escolheu será o melhor.
Nao é correcto descarregar, generalizando, sobre todos os professores que trabalham neste país e que na sua maioria, realizam um excelente trabalho.