30/06/2007

Paz e Prosperidade para Timor

Hoje, 30 de Junho de 2007 foi dia de eleições legislativas em Timor Leste.
Apesar de terem surgido algumas situações problemáticas, estas foram fácilmente controladas e tudo decorreu, segundo as forças de segurança e os observadores internacionais, dentro do desejável.
Amanhã bem cedo, começam as contagens dos votos.
Já houve alguns incidentes no Ginásio Nacional de Timor, em Dili, relacionados com a retirada de selos de algumas urnas, sem a devida presença dos fiscais. No entanto, até ao momento o presidente da CNE ainda não anunciou o que pretende fazer.
Todos sabemos que existem muitos interesses exteriores de olhos e quase mãos postos no nosso querido País. Esperemos que quem ganhe estas eleições, saiba defender os interesses de Timor e tenha capacidade pra lutar contra as tentativas abusivas de intromissão externas que têm acontecido e certamente irão continuar a acontecer.
Todos sabemos a pobreza em que vivemos. Esperemos que o novo governo tenha capacidade para criar empregos, apoiar as pessoas na criação dos seus próprios trabalhos de modo a matar a fome do povo. Que lhes dê a devida educação e cuidados de saúde. Um País só poderá evoluir com uma população saudável, bem alimentada e devidamente formada...
Esperemos também que tenham a capacidade para controlar os conflitos e (muito importante) que não os provoquem, atiçando grupos contra grupos para depois atirarem areia para os olhos do povo, e se armarem em santinhos "do pau oco".
Precisamos de Paz, Trabalho, Saúde e Educação! Temos direito a tudo isso!

Desejo muita Paz e Prosperidade para o meu querido Timor e envio um grande abraço pra todos os meus manos e para todo o povo timorense.
Que Deus esteja sempre convosco.

Laumalai

Entre o pouco e o nada

Timor-Leste vai a votos
Notícias Lusófonas
- 29-Jun-2007 - 18:42

Fretilin e CNRT apontados como os previsíveis vencedores… juntamente com a Austrália, Indonésia e ChinaTimor-Leste vai amanhã a eleições legislativas. Embora seja difícil falar de democracia quando o povo tem a barriga vazia, é verdade que ao todo concorrem 10 partidos e duas coligações que tudo procuraram fazer para trazer até eles os timorenses indecisos e aqueles que embora com uma certa tendência ainda não estavam totalmente cativados. Se são 12 as organizações políticas concorrentes, a generalidade dos comentadores políticos pensam que o poder será dirimido entre duas. A histórica Fretilin de Mari Alkatiri e "Lu Olo" Guterres e o "novo" CNRT do ex-presidente da República Xanana Gusmão.Por Eugénio Costa AlmeidaDe um lado a Fretilin, a ainda detentora do poder, liderada por Mari Alkatiri e por Francisco “Lu Olo” Guterres, o candidato derrotado na segunda volta das presidenciais, e o “renascido” CNRT – era o Conselho Nacional da Resistência Timorense que abusivamente, ou não, foi transformado em Congresso Nacional da Reconstrução de Timor-Leste – liderado pelo antigo presidente José “Xanana” Gusmão.Poderá ser que o poder se dispute entre estes dois colossos da nova Timor-Leste. Mas não se devem esquecer a coligação Aliança Democrática, de Manuel Tilman, reitor da Universidade privada D. Martinho Lopes, nem da UDT de João Carrascalão, para quem ainda não há “eleições livres e democráticas em Timor-Leste”, ou do Partido Democrático, do surpreendente Fernando “Lasama” de Araújo, ou a ASDT, de Francisco Xavier do Amaral, ou, ainda, o PSD, de Lúcia Lobato, para já não se referir a Avelido Coelho, do PST, que, ainda recentemente, denunciou como farsa a existência do português como idioma oficial de Timor-Leste.Relembremos que na primeira volta das presidenciais os candidatos do PSD, ASDT e PD obtiveram um total de 40% do eleitorado, o que não deixa de ser um facto a ter em conta nestas eleições.Mas também não devemos deixar de referir Avelido Coelho, do PST, que, ainda recentemente, denunciou como farsa a existência do português como idioma oficial de Timor-Leste. Talvez se relembrasse que o recém-empossado José Ramos-Horta falou em sessões oficiais, e não por uma vez, não em português ou tétum, mas em bahasa, o idioma oficial da Indonésia.E, depois, há aqueles que votaram Ramos-Horta, que indirectamente apoia a CNRT, e que já terão afirmado que não irão votar Xanana para prrimeiro-ministro.Mas se, normalmente, a política e as legislativas são – ou deveriam ser – feitas com base nos partidos e associações cívico-partidárias, em Timor-Leste quatro entidades não partidárias estiveram sempre presentes.Desde logo o major Alfredo Reinado, que ainda não se apresentou às autoridades e nem foi detido e para quem se fala a possibilidade de uma amnistia o que, provavelmente, não será do muito agrado dos australianos – a segunda entidade – que parece desejarem, caso não o consigam “liquidar”, que ele perdure por muitos anos afastado de Dili e manter, isso sim, o petróleo sob a sua alçada.Como terceira entidade com interesses nas legislativas, temos os indonésios que, como já referimos, viram deslumbrados o novo presidente falar em actos oficiais em bahasa o que, desde logo, lhes alcandora bons auspícios, se não forem em termos de primazia, pelo menos em termos de cooperação.E, por fim, a mais discreta das presenças. A China.Limitaram-se a dizer que estavam presentes através da oferta de arroz aos mais necessitados. Ora, os africanos sabem que a China não oferece nada sem esperar retorno.Se a Austrália quer, e julga-se poder sê-lo, a potência regional da Oceânia, a China é, claramente, a potência regional e quase a nova superpotência.E esta não vai permitir que a Austrália esbanje um dos produtos que mais necessita e Timor-leste parece ter para dar e vender: o petróleo.Um importante factor que os novos dirigentes do país saídos das legislativas vão ter com que conviver.Senão, a estabilidade que todos desejam para Timor-Leste e para a região será algo efémero e etéreo.

Publicada por Malai Azul
In: http://timor-online.blogspot.com/

Crise acabou sendo 'salutar', diz presidente do Timor

Díli, 30 Jun (Lusa) - A crise política de 2006 no Timor Leste acabou por ser "salutar", uma vez que tornou os líderes políticos "mais realistas, humildes e prudentes", afirmou neste sábado o presidente timorense, José Ramos Horta, depois de votar nas eleições legislativas."A crise foi salutar. Tornou-nos a todos mais realistas, humildes e prudentes. Acredito que vamos entrar num novo capítulo na vida deste país", disse o chefe de Estado timorense durante uma "conversa" com os jornalistas após ter votado, cerca das 10h15 locais (22h15 de sexta-feira em Brasília), em uma escola de Meti Haut, bairro onde reside, no leste de Díli.Ramos Horta disse acreditar que a "crispação" que reinou na campanha eleitoral entre o secretário-geral da Fretilin (partido majoritário no Timor), Mari Alkatiri, e Xanana Gusmão, ex-presidente e líder do Congresso Nacional da Reconstrução de Timor Leste (CNRT, partido recém-criado), serão superadas após a votação, "até porque são amigos"."Segui essas divergências com alguma consternação, porque, ao fim e ao cabo, Alkatiri e Xanana são amigos, e comungam as mesmas preocupações. Mas é natural que, durante a campanha, seja difícil sermos mais comedidos com a linguagem. Tenho falado com os dois, e Alkatiri só teve palavras de amizade para com Xanana Gusmão", disse o presidente.Aceitando que pode "ajudar a aproximar posições", Ramos Horta, que foi o Nobel da Paz de 1996, assegurou que, seja qual for o partido vencedor, terá de conversar com outras forças políticas, uma vez que "será difícil" que qualquer um obtenha maioria absoluta."Mas estarei sempre disponível para aproximar posições entre os diferentes partidos para que o país possa ter um governo estável o mais depressa possível", afirmou, acrescentando: "Não vejo qual é a impossibilidade de os dois partidos cooperarem a nível da governação".Visivelmente bem disposto, Ramos Horta recusou revelar o seu sentido de voto, mas, ironizando, disse ter votado "nos meus amigos jornalistas"."Quem lê o que os jornalistas, portugueses e timorenses, escreveram ao longo de anos, se nós os colocássemos a governar em vez de nós, em vez de as nossas águas e ribeiras estarem sujas, teríamos leite e mel a jorrar, em vez das estradas com buracos, elas estariam cobertas de ouro, e as árvores ao longo das estradas teriam frutos saborosos, como no Paraíso", brincou."Os jornalistas não são maus, são sonhadores e é preciso sonhar. De tanto escreverem assim, fiquei convencido e votei nos meus amigos jornalistas", concluiu.Após votar, o presidente timorense entrou num táxi e, de sapatilhas e jeans, com uma camisa branca e sem óculos escuros, decidiu ir "dar uma volta pela cidade"."Vou passear pela cidade. Assim chama menos a atenção, não gosto de viaturas de escolta", disse.

In:http://www.agencialusa.com.br

Legislativas do Timor têm menos eleitores que presidenciais

Díli, 30 Jun (Lusa) - Os primeiros dados sobre as eleições legislativas que aconteceram neste sábado no Timor Leste "apontam para uma queda de afluência em relação às presidenciais", declarou o diretor do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (Stae), Tomás Cabral.Nenhum incidente de segurança grave ocorreu no país no dia da votação, afirmou o diretor do STAE, apesar de em Ossú, Distrito de Viqueque (leste), a votação ter estado temporariamente interrompida.A interrupção aconteceu às 15h05 (3h15 em Brasília) devido ao apedrejamento de uma zonas eleitorais por indivíduos que se encontravam no exterior, disse Cabral."Não houve tiroteio", afirmou à Agência Lusa o chefe da Unidade Eleitoral da Missão das Nações Unidas (Unmit), Steven Wagenseil, pouco antes da coletiva de imprensa do Stae.O incidente foi rapidamente controlado por militares do Bangladesh da Polícia das Nações Unidas.Outros incidentes menores, com alegadas tentativas de fraude que estão sendo investigadas, ocorreram em Balibó (oeste), Ainaro (centro) e Metinaro (com uma forte concentração de refugiados, a leste da capital).A votação foi considerada um sucesso pelo Stae e pela Unmit.A normalidade das legislativas foi também a conclusão unânime de observadores internacionais contatados pela Lusa depois do encerramento das urnas, pontualmente às 16h locais (4h em Brasília)."Eleições profissionais, bem organizadas e muito calmas", resumiu um dos responsáveis da missão de observação da África do Sul.O mesmo disseram os observadores da União Europeia e do Parlamento Europeu, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e do Japão ouvidos pela Lusa.ApuraçãoA Comissão Nacional de Eleições (CNE) do Timor Leste informou em uma nota de imprensa que a contagem dos votos terá início a partir das 7h locais de domingo (19h de sábado em Brasília), nas Assembléias de Apuramento Distritais.Os resultados estarão disponíveis através da Internet e serão atualizados de quatro em quatro horas, no site da CNE em: http://www.cne.tl/.

Missão da ONU elogia 'calma' durante as votações no Timor

Díli, 30 Jun (Lusa) - A Missão Integrada das Nações Unidas no Timor Leste (Umnit) disse neste sábado estar "satisfeita" com a ausência de incidentes durante a votação das eleições legislativas timorenses, cujas urnas já encerraram.Em uma coletiva de imprensa, Allison Cooper, porta-voz da Unmit, sublinhou ter a informação de que as urnas encerraram no horário previsto (16h locais – 4h em Brasília) e que a votação aconteceu de forma "calma" e em uma "atmosfera pacífica".Wolfgang Weisbrod-Weber, responsável da Unmit, disse que os cerca de 500 observadores internacionais conseguiram cobrir a votação em praticamente todo o país, confirmando não ter recebido qualquer relatório sobre incidentes.Segundo aquele responsável, Atul Khare, o representante especial do secretário-geral da ONU para o Timor Leste e chefe da Unmit, visitou vários centros de votação em diferentes regiões do país.O chefe do Departamento Eleitoral da Unmit, Steven Wagenseil, disse que a contagem dos votos começará apenas na manhã de domingo, já com as urnas de todas as zonas eleitorais transportadas para as 13 sedes de distrito.Até sexta-feira, o mais tardar, serão divulgados os resultados provisórios, embora possam ser antes anunciados alguns resultados provisórios distritais, disse Wagenseil.

29/06/2007

A Olaria no Imaginário Timorense



São inúmeras as lendas timorenses em que uma bilha ou qualquer outro vaso de barro adquire, representa ou surge como um elemento mítico significativo. É essa bilha ou recipiente de barro, contentor por excelência da água sagrada que, ao ser quebrado, provocará a imolação catastrófica da comunidade de que escapará, apenas o elemento consagrado, deificado, e a partir dele, o elemento estruturante da organização social e política da comunidade, como antepassado mítico e cabeça de nova linhagem.
A cerâmica está, assim, intimamente ligada aos mitos da origem das comunidades timorenses, do seu aparecimento e instalação no território, integra-se na própria antroponímia mitológica da origem das linhagens. Isto é, quanto a nós, uma prova segura da sua antiguidade na ilha.
É esta mesma realidade que se extrai de algumas narrativas míticas onde a personagem principal toma o nome de uma peça de cerâmica sagrada – Kussi – tal como num conto de Ainaro. Na narrativa, “Ina-Cússi Rai-Boça Ina-Liurai”, isto é, “Mãe-Bilha Desde-o-Princípio Mãe de Liurais”, dá à luz dois filhos que, depois de inúmeras peripécias e feitos extraordinários, são proclamados liurais. A panela ou bilha é aqui tomada simbolicamente no sentido de contentor geral e universal, tal como a terra-mãe. Neste caso, a bilha-mãe surge como mãe e origem da linhagem.
Outras vezes, a cerâmica aparece expressamente referenciada como elemento sacralizado e de contornos totémicos, nas narrativas dos itinerários sagrados e de origem de certos clãs do leste de Timor, que aí arribaram em épocas míticas, transportando consigo os Kussu – vasos totémicos de cerâmica – contendo as sementes de plantas que depois espalharam por Timor. Estes Kussu encontram-se, aliás, em muitas casas sagradas – Uma Lulik – que existem em Timor Oriental, desde a ponta leste às terras da fronteira.


José D. C. Arez


Olaria - Arte Milenar no Feminino

Segundo alguns estudos efectuados, nomeadamente o teste do Carbono-14, a olaria existe em Timor há cerca de 4.500 anos.
Estranhamente, apesar da antiguidade desta arte e da abundância de matéria prima, a olaria parece ter estado sempre limitada a determinadas áreas do território, sendo a variedade de utensílios em barro relativamente escassa. A explicação para este facto poderá – talvez – residir na generosidade da Natureza em proporcionar outras matérias-primas para os mesmos fins como a madeira, o bambú e a casca de coco, bem como a expansão do comércio que acabou por introduzir na ilha recipientes fabricados nos mais diversos materiais como o ferro, o alumínio e o plástico.
Actualmente, a olaria parece ter sobrevivido apenas nas zonas de Manatuto, Suai e Lospalos, verificando-se um surgimento de novos objectos como cinzeiros e mealheiros ou outros meramente decorativos, para além de se continuarem a elaborar as panelas (Sana Rai), tigelas, vasos, pratos, taças bules e chávenas, cuja origem se perde no tempo.
Em Timor não existe a roda de oleiro e as técnicas utilizadas são das mais antigas do mundo. Todo o processo de fabrico depende única e exclusivamente da mulher. É a mulher timorense quem recolhe, selecciona e prepara os materiais, quem confecciona as peças, quem as coze e, finalmente, quem as vende no mercado. Em muitos casos é também a própria mulher quem se encarrega de conseguir a lenha ou os excrementos de búfalo necessários para a cozedura do barro.
Carmen Melo

A Ministra e os Professores

DEVERES DO BOM PROFESSOR

O Professor deve regular o seu procedimento pelo ditames da humildade e da sofridão, amar a sua Ministra, defendê-la com todas as suas forças até ao sacrifício da sua própria honra, denunciando todos aqueles que se opuserem ao actual sistema educativo. Tem por deveres especiais, entre outros, os seguintes:
1.º
Cumprir cegamente as directivas, ordens e despachos emanados e difundidos pela Ministra da Educação, ou por outrem em sua representação.
2.º
Assumir as responsabilidades pelos desaires das políticas governamentais, nomeadamente na área do ensino, isentando sempre e em qualquer circunstância o Governo pelas falhas que se vierem a revelar.
3.º
Nunca regatear esforços para que as aulas sejam dadas mesmo em condições humilhantes, de incapacidade física, mental ou outra, até ao sacrifício da sua própria existência.
4.º
Informar com verdade a Directora Regional de Educação, transmitindo-lhe de imediato qualquer declaração de colegas, menos abonatória à pessoa ou imagem do Chefe de Governo.
5.º
Não participar em greves ou outras actividades de propaganda oposicionista ao Governo português, que foi livremente eleito sem recurso a qualquer subterfúgio, nomeadamente embustes.
6.º
Não manifestar de viva voz, por escrito ou qualquer outro meio, ideias contrárias ao actual primeiro-ministro.
7.º
Não se servir dos órgãos de comunicação social, contrários ao regime, para fazer apreciações pessoais sobre o seu estatuto ou carreira, condições de trabalho ou a forma como a tutela os orienta.


In: http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com/


Carta à "Srª Ministra da Educação"

"Um dia destes colocaram, no placar da Sala dos Professores, uma lista dos nossos nomes com a nova posição na Carreira Docente.
Fiquei a saber, Sr.ª Ministra, que para além de um novo escalão que inventou, sou, ao final de quinze anos de serviço, PROFESSORA.
Sim, a minha nova categoria, professora!
Que Querida! Obrigada!
E o que é que fui até agora?
Quando, no meu quinto ano de escolaridade, comecei a ter Educação Física, escolhi o meu futuro. Queria ser aquela professora, era aquilo que eu queria fazer o resto da minha vida… Ensinar a brincar, impor regras com jogos, fazer entender que quando vestimos o colete da mesma cor lutamos pelos mesmos objectivos, independentemente de sermos ou não amigos, ciganos, pretos, más companhias, bons ou maus alunos. Compreender que ganhar ou perder é secundário desde que nos tenhamos esforçado por dar o nosso melhor. Aplicar tudo isto na vida quotidiana…
Foi a suar que eu aprendi, tinha a certeza de que era assim que eu queria ensinar! Era nova, tinha sonhos...
O meu irmão, seis anos mais novo, fez o Mestrado e na folha de Agradecimentos da sua Tese escreve o facto de ter sido eu a encaminhá-lo para o ensino da Educação Física. Na altura fiquei orgulhosa! Agora, peço-te desculpa Mano, como me arrependo de te ter metido nisto, estou envergonhada!
Há catorze anos, enquanto, segundo a Senhora D. Lurdes Rodrigues, ainda não era professora, participava em visitas de estudo, promovia acampamentos, fazia questão de ter equipas a treinar aos fins-de-semana, entre muitas outras coisas. Os alunos respeitavam-me, os meus colegas admiravam-me, os pais consultavam-me. E eu era feliz… Saia de casa para trabalhar onde gostava, para fazer o que sempre sonhará, para ensinar como tinha aprendido!
Agora, Sr.ª Ministra, agora que sou PROFESSORA, que sou obrigada a cumprir 35 horas de trabalho, agora que não tenho tempo nem dinheiro para educar os meus filhos. Agora, porque a Senhora resolveu mudar as regras a meio (Coisa que não se faz, nem aos alunos crianças!), estou a adaptar-me, não tenho outro remédio: Entrego os meus filhos a trabalhadores revoltados na esperança que façam com eles o que eu tento fazer com os deles. Agora que me intitula professora eu não ensino a lançar ao cesto ou a rematar com precisão à baliza, não chego, sequer a vestir-lhes os coletes…
Passo aulas inteiras a tentar que formem fila ou uma roda, a ensinar que enquanto um “burro” mais velho fala os outros devem, pelo menos, nessa altura, estar calados. Passo o tempo útil de uma aula prática a mandar deitar as pastilhas elásticas fora (o que não deixa de ser prática) e a explicar-lhes que quando eu queria dizer deitar fora a pastilha não era para a cuspirem no chão do Pavilhão… E aqueles que se recusam a deita-la fora porque ainda não perdeu o sabor? (Coitados, afinal acabaram de gastar o dinheiro no bar que fica em frente à Escola para tirarem o cheiro do cigarro que o mesmo bar lhes vendeu e nunca ninguém lhes explicou o perigo que há ao mascar uma pastilha enquanto praticam exercício físico). E os que não tomam banho? E os que roubam ou agridem os colegas no balneário?
Falta disciplinar?
Desculpe, não marco!
O aluno faz a asneira, e eu é que sou castigada? Tenho que escrever a participação ao Director de Turma, tenho que reunir depois das aulas (E quem fica com os meus filhos?). Já percebeu a burocracia a que nos obriga? Já viu o tempo que demora a dar o castigo ao aluno? No seu tempo não lhe fez bem o estalo na hora certa?
Desculpe mas não me parece!
Pois eu agradeço todos os que levei!
Mas isto é apenas um desabafo, gosto de falar, discutir, argumentar com quem está no terreno e percebe, minimamente do que se fala, o que não é, com toda a certeza, o seu caso.
Bastava-lhe uma hora com o meu 5ºC… Uma hora! E eu não precisava de ter escrito tanto! E a minha Ministra (Não votei mas deram-ma… Como a médica de família, que detesto, mas que, também, me saiu na rifa e à qual devo estar agradecida porque há quem nem médico de família tenha – outro assunto) entendia porque não conseguirei trabalhar até aos 65 anos, porque é injusto o que ganho e o que congelou, porque pode sair a sexta e até a sétima versão do ECD que eu nunca fui nem serei tão boa professora como era antes de mo chamar!
Lamento profundamente a verdade!"


Carta escrita por uma professora de uma escola de Viana do Castelo, a qual prefiro não identificar por razões óbvias, não vá alguém se lembrar de lhe levantar um processo disciplinar e colocar a sua explêndida carreira em risco.

Laumalai

27/06/2007

457 observadores de 12 países fiscalizam legislativas em Timor-Leste

Cerca de 460 observadores de 12 países, entre os quais Portugal, vão fiscalizar as eleições legislativas do próximo sábado em Timor-Leste, a que concorrem 10 partidos e duas coligações, disse hoje à Agência Lusa fonte oficial em Díli.

Segundo a fonte, a composição da missão observação eleitoral internacional - na segunda volta das presidenciais (09 de Maio último) estiveram no país 407 - integra elementos dos parlamentos Europeu (PE) e da Nova Zelândia, bem como de 29 organizações internacionais.

Entre os observadores está também uma delegação da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), chefiada pelo guineense Apolinário Mendes de Carvalho, que integra representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.
Os observadores serão divididos em 45 grupos e vão estar no terreno, em todo o país, a partir de sexta-feira, véspera da votação, acrescentou a fonte.


A missão de observação eleitoral, além de fiscalizar as operações no dia da votação, vai também acompanhar a distribuição das urnas e dos boletins de voto, que começam também sexta-feira, e a respectiva contagem a nível distrital, o que acontecerá domingo e segunda-feira.

Na próxima quarta-feira, após a contagem distrital, vão acompanhar o transporte das urnas, boletins de voto e outro material eleitoral para Díli, onde, no dia seguinte, quinta-feira, se procederá a uma revisão das actas eleitorais.

Sábado, perto de 600 mil eleitores vão às urnas para escolher os 65 deputados ao novo Parlamento timorense, com as assembleias de voto a abrirem entre as 07:00 locais (23:00 de sexta-feira em Lisboa) e as 16:00 (08:00 de sábado em Lisboa).

O novo Parlamento contará apenas com 65 deputados, menos 23 do que o anterior (88), na sequência de uma alteração legislativa aprovada com o intuito de substituir a Assembleia Constituinte, criada em 2001, um anos antes da independência de Timor-Leste.

© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
In:
http://www.rtp.pt/

Timor-Leste: Um morto e 25 feridos no último dia da campanha

Vítima mortal faleceu após ter sido atropelada por uma viatura da polícia da ONU, que acudia a uma situação de emergência.

Um morto e 25 feridos, um deles em estado muito grave, é o balanço dos incidentes registados hoje em Timor-Leste, último dia de campanha das eleições legislativas timorenses do próximo sábado, disse hoje fonte da Polícia das Nações Unidas.
Em declarações à Agência Lusa, a fonte da UNPol indicou que a vítima mortal faleceu após ter sido atropelada em Díli por uma viatura da própria polícia da ONU, que acudia a uma situação de emergência.O jovem viria a falecer já no Hospital de Díli, não resistindo aos ferimentos, acrescentou a fonte, sublinhando que, na capital de Timor-Leste, onde decorreu hoje cerca de uma dezena de comícios, a situação foi "relativamente calma".

Um dos principais incidentes ocorreu em Manatuto (60 quilómetros a leste de Díli), onde apoiantes do Congresso Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT, de Xanana Gusmão), apedrejaram uma caravana da Fretilin, de Francisco "Lu Olo" Guterres, provocando três feridos ligeiros.Apesar da presença das forças de segurança, os apoiantes do CNRT conseguiram atingir várias viaturas, após o que se puseram em fuga, tendo, depois, sido reposta a normalidade.

Mais grave foi outro apedrejamento de uma caravana também da Fretilin registado perto da "Baía dos Porcos", na entrada leste da capital timorense, em que um apoiante do partido de "Lu Olo" foi atingido por uma pedra e caiu da viatura que o transportava.O jovem deu entrada no hospital de Díli com graves lesões na cabeça e encontra-se ainda em estado crítico, acrescentou a fonte.
Os restantes ficaram ligeiramente feridos em incidentes isolados em várias zonas de Díli, em cujo hospital central, segundo fontes hospitalares, deram hoje entrada 25 pessoas.A fonte da UNPOL realçou que, apesar dos inúmeros comícios de encerramento da campanha, sobretudo em Díli, os piores receios não se concretizaram, tendo a vasta operação policial - que controlou os percursos dos apoiantes pelas ruas da capital e as principais concentrações - "tido resultados positivos".

Às 22:00 locais (14:00 em Lisboa), a duas horas do encerramento oficial da campanha, acrescentou a fonte, a situação é calma em todo o país.

In:http://jn.sapo.pt

Timor-Leste/Eleições:Petróleo, «futuras gerações» na campanha

O Fundo Petrolífero e o modelo de gestão dos recursos do Mar timorenses estiveram sob fogo cerrado durante a campanha eleitoral que hoje terminou, para as legislativas de sábado em Timor-Leste.
O alvo principal foi a Fretilin, acusada de ter investido no futuro, esquecendo o presente do país mais pobre do Sudeste Asiático.

«Não é uma crítica justa», afirmou o ministro dos Recursos Naturais, Minerais e Política Energética, José Teixeira, entrevistado pela Agência Lusa sobre a política da Fretilin no sector vital da economia timorense.

«Estamos a falar de recursos que ainda não extraímos», sublinhou José Teixeira.

As injecções de receitas do Mar de Timor no Orçamento Geral do Estado (OGE) resultam de uma fórmula de cálculo que se aplica aos ganhos potenciais do «offshore» timorense durante toda a vida produtiva das reservas.

«Estamos até a usar dinheiro que pertence já às futuras gerações», insistiu o ministro e candidato a deputado pela Fretilin nas legislativas de sábado.

As receitas actuais do petróleo timorense provêm, no essencial, de um único campo, o Bayu-Undan. O grande campo Greater Sunrise, matéria de disputa negocial e diplomática com a Austrália, entrará em produção apenas em 2011/12.

«O Fundo só está estabelecido desde Julho de 2005 e abrimos nessa altura com um saldo de apenas 200 milhões de dólares», afirmou o ministro.

«O OGE de 2005/06 foi o primeiro que conseguimos injectar com o Fundo», recordou José Teixeira.

«Nos primeiros anos da independência estávamos dependentes dos doadores. O orçamento de 2002 era só de 70 milhões de dólares. Depois subiu pouco a pouco e em 2006 começou a subir bastante com a receita do petróleo», declarou à Lusa o director executivo da Autoridade Designada do Mar de Timor (ADMT), José Lobato.

«O grande problema é a capacidade de executar e fiscalizar o Orçamento Geral do Estado. Isso não é um problema do Fundo e qualquer Governo vai encontrá-lo», acrescentou José Lobato.

«Timor será, nas próximas décadas, um dos países no mundo mais dependentes das receitas petrolíferas», alerta a La´o Hamutuk, uma organização de monitorização da reconstrução timorense que analisa regularmente a gestão e a legislação relacionada com o Mar de Timor.

O último OGE é de 316 milhões de dólares e apenas cerca de 60 milhões são receitas não-petrolíferas.

Diário Digital / Lusa

27-06-2007 16:47:00


In: http://diariodigital.sapo.pt

Oh Timor

FILA FALI MAI_PIQUI

Timor Naran Boot

Filosofia de Vida (Charles Chaplin)

Um Dia Você Aprende... (William Shakespeare)

26/06/2007

Carta de Direitos dos Bloggers

"Numa época conturbada como esta, penso que, mais do que nunca, esta acção é crucial para a definição do formato de uma blogosfera que se pretende livre de todo e qualquer constrangimento, onde não seja o medo a ditar aquilo que pode ser, ou não, dito. Sendo impossível fazê-lo a uma escala global, proponho que se comece pelas legislações nacionais, de forma a que se crie um precedente que possa tornar-se universal.

Propus, na caixa de comentários abaixo, criar não um conjunto de regras, mas uma Carta de Direitos de Bloggers, com o objectivo de fazer passar uma petição na Assembleia da República de forma a garantir que qualquer utilizador não possa ser perseguido, criminalmente ou de qualquer outra forma, pela livre expressão das suas opiniões no seu espaço pessoal, por muito polémicas (ou não) que possam ser.

Bem sei que já existe um movimento internacional chamado "Blue Ribbon Campaign", mas não creio que resulte nos efeitos imediatos, a curto prazo, que neste momento são vitais no nosso país, especificamente. E é com base nessa fronteira territorial - a internet não tem fronteiras, mas os sistemas judiciais que perseguem o cidadão, sim - que pretendemos, com esta Carta de Direitos, salvaguardar a sua liberdade de expressão.
A nova carta de direitos deverá revestir-se de carácter legal, de forma a ser aceite pelas instituições Estatais como válida. Com base nas contribuições de todos na última caixa de comentários, proponho o seguinte:"
Carta de Direitos dos Bloggers

Art. 1º

Definição do Objecto

a) Entenda-se por "blogue" uma página na Internet que é um meio de expressão e comunicação. O carácter e a forma dos conteúdos nele veículados estão à inteira responsabilidade do utilizador ou grupo de utilizadores pelos quais foi criado e aos quais pertence, exclusivamente.

b) Para efeitos do presente documento, entenda-se por "blogger" todo e qualquer cidadão ou indivíduo sob a alçada da legislação portuguesa que crie ou publique conteúdos num "blogue".
c) Os blogues são, exclusivamente, espaços de opinião e livre-expressão, independentemente da forma que assumam ou dos conteúdos neles publicados.

Art. 2º

Direitos e Garantias

a) Todo e qualquer cidadão tem o direito de expressar a sua opinião num "blogue", respeitando o art. 19º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, onde se lê: "Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão".

b) Os "blogues" estão sujeitos, exclusivamente, à regulamentação dos servidores de Internet onde são criados, e nenhuma outra regulamentação lhes pode ser aplicável, em caso algum.

c) Como meio de expressão do cidadão, a existência de todo e qualquer "blogue" deve ser encarada como uma forma de respeitar o art. 2º da Constituição da República Portuguesa, onde se lê: "A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa."

d) Todo e qualquer conteúdo publicado num "blogue" deve ser encarado como como a livre expressão da opinião, materializada na "realização de democracia económica, social e cultural".
e) Os presentes direitos aplicam-se aos redactores, colaboradores, leitores e comentadores que de alguma forma contribuam num "blogue".

Art. 3º

Obrigações

a) As alíneas presentes nesta Carta de Direitos possuem um carácter inalienável, e obrigam o Estado Português, assim como todas as entidades, públicas e privadas, ao seu reconhecimento e respeito.
"Este primeiro formato surge na forma de proposta, que deverá ser afinada contando, de novo, com a vossa contribuição. A sua versão final visa a recolha de assinaturas e posterior entrega em Assembleia da República, para que possa ser aprovada, e garanta que mais nenhum "blogger" seja perseguido pela livre-expressão da sua opinião num espaço de direito."
--- Falta um artigo final muito importante:
Artigo 4º
Esta Carta de Direitos dos Bloggers tem valor de lei constitucional, tendo portanto supremacia sobre qualquer lei ordinária.
Le Corbeau 20.06.07 - 12:33 pm #
E como partilho da ideia de que infelizmente estamos a viver momentos gravíssimos, e muito à moda dos "velhos senhores", penso que tudo o que fizermos poderá ser positivo no sentido de fazermos valer os nossos direitos e liberdade de expressão, que deverão existir num país livre e democrático,
Assim peço a quem perceber de leis (advogados, juristas,...) que façam as suas sugestões directamente para http://blogosferafutura.blogspot.com/ .
Esta é uma luta pela continuação da Liberdade e Democracia em Portugal!
Laumalai

MANIFESTO MAUBERE de Fernando Sylvan


A cultura é a memória

de um povo que não morre!

A acção é a história

de um povo que não morre!

Ouviram?

Ouviram bem?

A vida é a liberdade

de um povo que não morre!

A independência é a vontade

de um povo que não morre!

Ouviram?

Ouviram bem?

A justiça é a oferta

de um povo que não morre!

A luta é a descoberta

de um povo que não morre!

Ouviram?

Ouviram bem?

Portugal no seu ...Pior!

Não sei a origem deste texto, mas não há dúvida que fala Grandes Verdades e que quem o escreveu é um génio! Parabéns!!!!!!!!!!

Laumalai

Crianças sem abrigo em Portugal



ANTES DA POSSE

Nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar nossos ideais
Mostraremos que é grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo de nossa acção.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
os recursos económicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.


DEPOIS DA POSSE

*Basta ler o mesmo texto DE BAIXO PARA CIMA **

U2-Beautiful Day- Live 8

u2-With or Without you

22/06/2007

ESTE BELOGUE ENCONTRA-SE ENCERADO!!!! Só no fin de xemana.

Esta massagem é para ser lida por peçouas enteressadas em expiulhare, bufare, prusseçar, e que aqi benhem para brificar o que çe isquerebe e çobre quenhe.

Agardessesse que teinha coidado, para não derrapar e bater ca fussinheira no floor ( istá em enguelês qué para tere a serteza que pressébe).

Moito agardessida oma bês mais.

Até vréve e esteijem à bontade

Faxo mimhas as palabras da mimha miga Cris, in: http://perolas-de-eter.blogspot.com/

Bon fin de xemana!

21/06/2007

Desgraça Bizarra- carta de um pai à filha professora ( em Portugal)


Provas de Aferição de Matemática

Razia a Matemática gera plano urgente no 2º Ciclo -Aferição:Ministério insatisfeito com resultado das provas

Os resultados da prova de aferição de Matemática do 6.º ano foram os mais baixos das quatros provas de aferição de 2007, realizadas este ano pela primeira vez por todos os alunos. Para colmatar as falhas no ensino e aprendizagem, o Ministério da Educação anunciou ontem que vai alargar, “com carácter obrigatório e urgente”, o Plano Nacional da Matemática ao 2.º Ciclo já no próximo ano lectivo.

Quando os cerca de 250 mil alunos do 4.º e 6.º anos olharem hoje para as pautas, que são afixadas com os resultados individuais, poderão ter uma surpresa desagradável, sobretudo quando prestarem atenção aos resultados do exame de Matemática do 6.º ano.Um dia antes da afixação das pautas, Maria de Lurdes Rodrigues confessou o facto de “os resultados não serem tão bons quanto gostaria” e sublinhou, como exemplo, as más notas obtidas pelos alunos do 6.º ano a Matemática.Segundo os dados do Júri Nacional de Exames, quase metade dos alunos teve resultado insatisfatório à disciplina. Somados os alunos que tiveram notas abaixo do Satisfaz – tradicionalmente equivalente ao três na pauta – 41 por cento obteve maus resultados a Matemática. No extremo oposto, só 2,7 por cento dos alunos teve Muito Bom, o que costuma corresponder ao cinco da tabela de classificações.Apesar de não serem excelentes, as notas de Língua Portuguesa do 2.º Ciclo foram um pouco mais razoáveis. Mais de dois terços dos alunos obtiveram um resultado satisfatório e só 14,6 por cento obteve um resultado negativo. Ainda assim, é quase metade o número de alunos a tirar Muito Bom no exame, em relação à outra disciplina avaliada.No 4.º ano a discrepância entre os resultados obtidos e a média dos alunos a Matemática é bastante menor. Só um em cada cinco teve um resultado insatisfatório na prova. A percentagem dos alunos com Satisfaz é de 34,7 e quase um quinto conseguiu uma nota muito boa à disciplina (18,5). A Língua Portuguesa do 4.º ano quase metade obteve uma nota satisfatória, 34,6 por cento chegou ao nível Bom mas só 10 por cento dos alunos alcançou a nota máxima.Para que os professores possam corrigir áreas onde exista maior fragilidade lectiva, o ministério vai enviar às escolas cerca de 30 mil relatórios detalhados, que deverão chegar entre o fim de Setembro e o início de Outubro. O relatório final é apresentado até Dezembro. Sobre a eventual transformação das provas em exame nacional a ministra disse ser “é cedo para falar sobre isso”.
http://www.correiomanha.pt/

Plano para melhorar resultados a Matemática alargado "com urgência" ao 2º ciclo
20.06.2007 - 19h02 Lusa

O plano de acção criado pelo Ministério da Educação para melhorar os resultados a Matemática no 3º ciclo vai ser alargado ao 2º ciclo já no próximo ano lectivo, anunciou hoje a ministra Maria de Lurdes Rodrigues.
Segundo a tutela, os resultados das provas de aferição realizadas nos 4º e 6º anos mostram que a prova de Matemática do 2º ciclo foi a que registou o pior desempenho por parte dos alunos.Por isso, a ministra decidiu estender a este nível de ensino as medidas em curso no 3º ciclo, nomeadamente "ao nível da avaliação contínua dos professores e da avaliação dos programas" da disciplina."Estas provas confirmam as preocupações com o ensino e a qualidade das aprendizagens da disciplina de Matemática e, portanto, a necessidade de alargar ao segundo ciclo, com carácter obrigatório e urgente, o Plano de Acção para a Matemática", anunciou a ministra da Educação, em conferência de imprensa.Com o objectivo de melhorar as notas dos alunos na disciplina, o ministério lançou há um ano um plano de acção que envolveu 293 mil alunos do 3º ciclo, em 1070 escolas e agrupamentos.No âmbito deste plano — que conta com um orçamento global de nove milhões de euros até 2009 — as escolas apresentaram à tutela projectos de melhoria dos resultados à disciplina, com metas definidas e quantificadas a três anos. A contratação de peritos de universidades, o recrutamento de mais docentes de Matemática para reforçar o apoio aos alunos e o aumento do número de horas dedicado à disciplina foram algumas das soluções encontradas pelos estabelecimentos de ensino e viabilizadas pelo ministério, que não autorizou, contudo, a diminuição do número de estudantes por turma — uma das principais solicitações das escolas.Para apresentarem à tutela projectos de melhoria de resultados, as escolas terão de analisar o desempenho dos alunos do 6º ano nas provas de aferição realizadas em Maio, cujas notas são já do conhecimento dos estabelecimentos de ensino desde o início da semana, sendo afixadas amanhã.No início do próximo mês de Outubro, o Ministério da Educação vai entregar 30 mil relatórios por turma e por escola, nos quais serão especificadas as competências em que os alunos sentem mais dificuldades.De acordo com a ministra, a elaboração desses documentos vai permitir "avaliar elementos estruturais do sistema de ensino, tais como programas, manuais escolares e formação de professores". Ministério fala em "ano zero de nova série de provas de aferição"Cerca de 250 mil alunos dos 4º e 6º anos realizaram as provas de aferição a Língua Portuguesa e Matemática, testes que não contam para nota mas que, pela primeira vez, foram aplicados universalmente nos dois anos de escolaridade.Na conferência de imprensa, o ministério salientou "o ambiente de serenidade e profissionalismo" que rodeou os testes, corrigidos por 8200 professores, considerando que este foi "o ano zero de uma nova série de provas de aferição"."O sistema de ensino demonstrou estar preparado e encarar com naturalidade os procedimentos de avaliação externa das aprendizagens", congratulou-se a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, considerando, no entanto, ser "muito cedo" para equacionar a transformação destas provas em exames nacionais.
http://ultimahora.publico.clix.pt/

Fiquei quase sem palavras quando li estas notícias!
É verdade que os resultados de Matemática, mais uma vez, não foram os que todos gostariam, e entre estes todos há que referir especialmente os professores que grande parte das vezes, quase fazem o "pino" para que os seus alunos aprendam.
Mas que estória é essa de alargar o Plano Acção da Matemática (PAM) ao 2º Ciclo? Mais uma vez, só podem estar a gozar connosco!
Para já sou de opinião que o PAM devería começar logo no 1º Ciclo, pois "de pequenino se torce o pepino", e com frequência passamos grande parte das aulas a ensinar aos alunos de 5º ano, conteúdos que deveríam ter apreendido no 1º Ciclo, pra depois poder continuar o nosso trabalho.
Além disso posso falar porque estou dentro do assunto, dou aulas numa escola de 2º e 3º ciclos, sou professora de 2º ciclo e faço parte do grupo de aplicação do PAM na minha escola.
Mas também posso dizer que não se fazem "omoletes sem ovos".
Concorremos e o nosso projecto foi aprovado. Este implicava a implementação de um laboratório de Matemática onde todos os alunos de 5º e 7º anos deveríam ter pelo menos uma aula semanal. Ora, para existir um laboratório de Matemática é necessário haver um espaço/sala, que só nos foi dada no 3º período, depois de muita pressão e de um relatório de avaliação das nossas actividades até à data, onde nos queixámos da falta de condições de trabalho e de sentirmos que nos estavam constantemente a "cortar as pernas". Além disso, um laboratório necessita de materiais... O ME foi-nos mandando uns dinheiritos, em parcelas e nós lá fomos fazendo contas, contando os tostõezitos e comprando uns jogos matemáticos, uns materiais, sem nos podermos alargar, claro.
Os computadores que temos na sala são velhos, alguns não trabalham, não têm programas próprios para a disciplina e não estão ligados à Internet, pelo que estarem lá ou não, é igual.
Desde o início, ainda em Julho do ano anterior, quando fizemos o projecto para concorrer, fartámo-nos de pedir pelo menos uma hora semanal para podermos reunir, trocar ideias, preparar materiais, etc. Nada nos foi dado e trabalhámos um pra cada lado, por pura carolice, trocando ideias durante os intervalos, enquanto almoçávamos...
Estudo Acompanhado ser leccionado por um professor de Língua Portuguesa e outro de Matemática no 5º ano, aconteceu em várias turmas, mas não em todas, e com a falta de tempo que tivemos pra coordenar o trabalho, certamente que não deu o resultado que nós gostaríamos. Com o último dinheirito que recebemos, resolvemos comprar um quadro electrónico (foi uma festa e os alunos adoraram quando foi feita uma demonstração na escola). Depois de muito pedinchar, lá nos fizeram uns descontos especiais de modo a que o dinheiro chegasse, mas... só existe um projector para a escola toda e os portáteis (ai meu Deus, dos portáteis é melhor nem falar!).
Então! Ainda nos querem comparar com a Finlândia?!
Talvez um dia destes vos conte outras estórias interessantes, mas por hoje vou parar, pois o meu médico quando me viu exigiu que ficasse em casa senão quero "pifar" de vez e
"drunfou-me"(uns pra acordar e outros pra dormir, hihihi!), e já tou a bater com a cabeça no teclado.
É assim e às vezes ainda muito pior, a vida de um professor que insiste em trabalhar, neste País!

Abraços
Laumalai


18/06/2007

"Isto está feito e será na Ota" - Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu ontem que a opção do Governo de pedir um estudo ao LNEC para decidir se o aeroporto será na Ota ou em Alcochete servirá apenas para “adormecer o assunto por seis meses”.

“Isto está feito e é óbvio que será Ota”, disse na RTP 1. Marcelo afirmou ainda que a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, “já fez asneiras a mais” e “perdeu toda a credibilidade política”.

Morreu ex-governador de Timor-Leste - Abílio Osório Soares era defensor da Indonésia

O ex-governador de Timor-Leste e defensor da integração do território na Indonésia Abílio Osório Soares morreu ontem em Kupang, na parte ocidental de Timor, vítima de doença prolongada.

Abílio Osório Soares morreu no hospital de Kupang, cidade onde se realiza amanhã o funeral, para o Cemitério dos Heróis, “por decisão do governo indonésio”, afirmou um elemento ligado à sua família.Nascido em Laclubar, Manatuto, a 2 de Junho de 1947, Abílio Osório Soares entrou na política timorense após a Revolução de Abril em Portugal, através do partido pró-indonésio APODETI, de que o seu irmão mais velho, José Fernando, era secretário-geral. Ambos eram defensores da integração de Timor-Leste na Indonésia.

"Reflexos de Timor" de Crisódio T. Araújo

Reflexos da terra há muito deixada
Por tantos e tantos chorada...
Reflexos de um mar sedento de Paz
Corado do sangue de todo o que jaz...
Reflexos de um grito do Monte
Cansado de tanto sofrer...

Reflexos, Reflexos de Timor...


Reflexos de quem clama a Justiça
De um Mundo sem Lei nem Amor!
Reflexos de um Povo que grita
Liberdade, Liberdade, Viva Timor!

"Linha de Rumo" de Ruy Cinatti

Quem não me deu Amor, não me deu nada.
Encontro-me parado...
Olho em meu redor e vejo inacabado
O meu mundo melhor.


Tanto tempo perdido...
Com que saudade o lembro e o bendigo:
Campo de flores
E silvas...


Fonte da vida fui. Medito. Ordeno.
Penso o futuro a haver.
E sigo deslumbrado o pensamento
Que se descobre.


Quem não me deu Amor, não me deu nada.
Desterrado,
Desterrado prossigo.
E sonho-me sem Pátria e sem Amigos,
Adrede.

17/06/2007

TIMOR LESTE - QUEREMOS PAZ NO NOSSO PAÍS

"O futuro de Timor-Leste" por Ângela Carrascalão





As crianças são o futuro de Timor-Leste!
Umas, coloridas, limpas, arrumadinhas, bem vestidinhas, não existem senão em pano e são apenas bonecas! Vieram da ilha de Ataúro.


Vale a pena visitar na Fundação Oriente esta belíssima exposição de bonecas!
Pena é que os governantes deste país não se lembrem de que as crianças do futuro de Timor-Leste têm direito a brincar com carrinhos ou bonecas!
... Brincar será no futuro um direito; um dia mais tarde, talvez possam brincar! Sim, porque hoje, os tempos são outros! Hoje, a grande maioria das crianças timorenses trabalha.
De manhã, vão à escola. À tarde, trabalham, contribuem para a depauperada economia familiar e juntam uns trocos para comprar cadernos e lápis.
Este menino de 10 anos é vendedor por conta de outrem e, se conseguir vender o gorro de lã que lhe foi entregue por alguém de etnia chinesa (segundo as suas palavras), ganhará uns cêntimos, quase 50 e se, a grão e grão, poupar alguma coisinha, sempre poderá um dia comprar uns chinelinhos para substituir os que traz calçados…
Este garoto vendedor de bananas aparenta uns onze anos. Mas tem 15 anos! Anda descalço e embora o alcatrão esteja a ferver mantém o passo ligeiro e apressado! Quanto mais depressa vender a mercadoria, mais depressa poderá descansar.
Timor-Leste assinou a Convenção dos Direitos da Criança logo nos primórdios da independência e os governantes lembram-se de que elas, as crianças, existem e são o futuro de Timor-Leste pelo menos uma vez por ano, invariavelmente no Dia da Criança que hoje, 1 de Junho, se comemora.
Mas não foi certamente para festejar o seu dia que dezenas de crianças calcorrearam hoje as ruas carregados de bananas, tangerinas, legumes, etc, etc… Nada disso! Elas trabalham e precisam de vender para poderem comer e estudar!
Com este tipo de vida, entregues a si próprias, com fome, sede, mal vestidas, sem descanso, sem tempo para brincar, para estudar, para estar com a família, as crianças chegarão algum dia ao futuro?
Elas, as crianças que são o futuro de Timor-Leste, conseguirão preparar-se para agarrar o futuro? Como?


Sexta-feira, Junho 01, 2007
In: http://timor2006.blogspot.com/

East Timor

Verdi - Traviata - Choeur Bohémiens

16/06/2007

Grândola Vila Morena - Zeca Afonso

Homenagem a Zeca Afonso...

Zeca Afonso, foi um dos cantores portugueses mais importantes do século XX e um dos grandes defensores dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade em Portugal.

Zeca Afonso foi professor... A sua grande paixão... "queria pôr os alunos a funcionar como pessoas, incutir-lhes o espírito crítico, fazer com que exercitassem a sua imaginação à margem dos programas oficiais!" dizia ele.

Os seus pensamentos liberais levaram à sua expulsão do ensino e posteriormente, em 1973, à sua prisão por motivos políticos.

É bom que recordemos a sua personagem e o seu exemplo na sua luta por um país livre de repressão...


Quiçá não teremos que lutar de novo por um Portugal livre e justo!



Ary dos Santos - 1977 - Muitos Homens na Prisão

A poesia, de Ary dos Santos, lida por ele mesmo. Um poema de Homenagem aos resistentes anti-fascistas, lido em 1977.

Espectáculo a partir da obra poética de Ary dos Santos.

Todos somos responsáveis...

A floresta amazónica é demasiado importante para a manutencão do equílibrio no ambiente do nosso planeta, por isso não pude deixar de publicar este email que me enviaram.
Vale a pena consultar e assinar, porque todos somos responsáveis...

ESTE SITE É SÉRIO E VALE A SUA ASSINATURA!
http://www.amazoniaparasempre.com.br/

Se concordar, repasse a seus outros amigos, se não concordar, deixe que seus amigos decidam por eles e repasse também.Domingo passou uma reportagem no Fantástico sobre um site que artistas da Globo criaram para mostrarmos o nosso descontentamento com a situação da devastação na Amazônia.
Eles pretendem colher 1 milhão de assinaturas (torço muito pra que isso aconteça).
Fiz minha inscrição hoje e senti tristeza por todos nós brasileiros,pois se compararmos este número com o volume de ligações que o Big Brother recebeu, percebemos que muitos brasileiros estão mais preocupados em interferir na vida de alguém que não faz grande diferença para a nação doque expressar sua opinião sobre algo realmente importante e que afeta diretamente o futuro de todos nós.
Caso queira assinar o manifesto, segue o site: http://www.amazoniaparasempre.com.br/

Tem uma apresentação bem legal também do lado esquerdo qdo clicar em assinar, e passem para o maior numero de pessoas possíveis.

Parece Mentira?!...Mas não é!...

O Sr. António Balbino Caldeira, autor do blog Do Portugal Profundo , que tem causado bastante incómodo ao Primeiro Ministro, com o muito que tem investigado e escrito acerca da sua licenciatura duvidosa, entre outras coisas, acabou de “ser convocado para prestar declarações como arguido no âmbito de inquérito judicial relativo ao assunto do percurso académico (e utilização do título de engenheiro) de José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.”

Visite o blog: http://doportugalprofundo.blogspot.com/



"Há apenas algumas semanas, um velho politico, que até foi ministro de Salazar e depois, muito depois, voltou a ter funções de natureza politica, dizia ,numa conferência mais ou menos reservada, qualquer coisa como isto: o actual Governo está a fomentar o que há de pior em nós, o medo. Nem nos tempos da PIDE o medo estava tão presente no dia a dia, o medo do não se sabe o que pode acontecer amanhã. Não é o medo de algo ou de alguém em concreto, mas um medo sem nome, que vai consumindo as pessoas, amansando-as, retirando-lhe a iniciativa. No final, vamos ter um país onde se vai deixar de falar e agir e aceitar o que nos dão, porque pode acontecer alguma coisa."

In: http://novoforum.autohoje.com/showthread.php?p=1427706&posted=1#post1427706


Covilhã: Presidente da Câmara diz recear inspecções a dossiês de funcionários actualmente "pessoas altamente colocadas"
15 de Junho de 2007, 21:05


Covilhã, Castelo Branco, 15 Jun (LUSA) - O presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, disse hoje temer que sejam inspeccionados dossiês de funcionários da autarquia que são actualmente "pessoas altamente colocadas" e recordou a polémica relacionada com a licenciatura do primeiro-ministro, quadro do Município.
Sem nunca dizer a quem se referia e sem responder às questões dos jornalistas, Carlos Pinto prestava esclarecimentos sobre a alegada violação pela Câmara de leis urbanísticas e instrumentos de ordenamento do território, numa sessão da Assembleia Municipal da Covilhã.
O gabinete do secretário de Estado Adjunto e da Administração Local anunciou, em Maio, o envio para o Ministério Público de partes substanciais do relatório final de uma acção da Inspecção Geral de Administração do Território à Câmara da Covilhã, por suspeita de ilícitos.
Carlos Pinto tem desde então refutado as suspeitas que recaem sobre a autarquia e criticado tanto a IGAT como o secretário de Estado-Adjunto e da Administração do Território, por causa da divulgação da inspecção.
"Tenho algum receio do que se passa na relação da Câmara da Covilhã com algumas inspecções mas não é por isto", referiu o autarca.
"É porque que eu temi - e continuo a temer - que a inspecção entre na análise dos dossiês de funcionários da Câmara, designadamente no que tem a ver com pessoas altamente colocadas", sublinhou.
Carlos Pinto diz que tem fugido à tentação "de pensar ou exprimir publicamente que haja uma relação entre o facto de há pouco tempo terem citado a Câmara da Covilhã por via das questões relacionadas com a licenciatura do primeiro-ministro e a saída, ao mesmo tempo, deste documento (a inspecção da IGAT)".
A Câmara da Covilhã foi referida em Abril na polémica que rodeou a licenciatura do primeiro-ministro, por ter na sua posse um certificado de habilitações que apresenta notas discrepantes com o certificado de habilitações que o próprio primeiro-ministro revelou numa entrevista à RTP e Antena-1.
"Estou muito preocupado", referiu Carlos Pinto, ao revelar que "já foram solicitados elementos no âmbito de questões a decorrer no DCIAP, relativas a processos individuais arquivados na Câmara da Covilhã".
"Gostaria muito que nos pudéssemos conter a este âmbito, porque há relevância que quero defender, apesar de me parecer, às vezes, que alguns daqueles que são mais directamente interessados o esquecem", acrescentou.
Carlos Pinto considera que têm sido levantadas suspeitas injustas para com a Câmara da Covilhã, mas realçou perante a assembleia que não é caso único.
"Tenham cuidado, porque isto está a cair em cima de muita gente, hoje, no País, injustamente. O primeiro-ministro é um deles, que sabe o que está a acontecer. Não há ninguém que possa cuspir para o ar", rematou, sem prestar mais esclarecimentos.
No final da sessão, em declarações aos jornalistas, Vítor Pereira, vereador do PS na Câmara da Covilhã e deputado na Assembleia da República, considerou que as declarações de Carlos Pinto "revestem-se de especial gravidade".
"Interpreto-as como uma ameaça ao primeiro-ministro. Quem é tão corajoso, que diga o que lá tem. Que não se insinue e diga com frontalidade e coragem, de uma vez por todas, o que quer dizer", concluiu.
Sobre a alegada violação pela Câmara de leis urbanísticas e instrumentos de ordenamento do território, Carlos Pinto fez uma exposição de cerca de 40 minutos na reunião da Assembleia Municipal em que justificou as opções da autarquia nalguns dos dossiês averiguados pela IGAT.
O autarca justificou-se com o interesse municipal face a leis urbanísticas e de instrumentos de ordenamento do território que considera uma aberração. Opina, por isso, que a matéria averiguada pela IGAT "são amendoins".
Ainda segundo Carlos Pinto, 63 dos casos dizem respeito a bungalows turísticos instalados na Serra da Estrela, num processo herdado em 1998 da anterior Câmara, dirigida pelo PS, e que o autarca disse ter sido resolvido depois de levantadas contra-ordenações e embargos às obras.
No entanto, as explicações não convenceram o socialista Vítor Pereira, que acusou o Carlos Pinto de fazer "contorcionismo político".
"Há casos muito graves e que o presidente da Câmara reconhece. Vamos esperar pelo que vão dizer os tribunais", concluiu.
LFO.
Lusa/fim

http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/jt%2BTdd9x0gKomP0hOYW8ow.html

Escrevo eu:

Batem leve, levemente
Como quem chama por mim.
Será a Pide?
Será o SIS?
Gente não é certamente,
São as "bestas" que andam aí!

O que se passa com este País?!
Podería esperar esta política de intimidação e repressão de um governo de direita, mas nunca de um governo dito socialista. No entanto, temos que admitir que os governos de direita que nos governaram, podem ter feito políticas com as quais o povo não concordava, mas nunca usaram de armas anti-democráticas para provocar o medo e fazer com que as pessoas se calassem.

Até quando os portugueses se vão calar e permitir que isto continue?!
É tempo de divulgar pelo mundo o que passa em Portugal!

Cá por mim também me podem constituir arguida, mas de uma coisa podem ter a certeza - nunca abdicarei dos meus direitos de cidadã livre a viver num País livre.

"Cantarei até que a voz me doa" e defenderei até à morte os ideais da democracia!


Laumalai

14/06/2007

Sociedade Portuguesa de Matemática lamenta caso na comissão de acompanhamento

O presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, Nuno Crato, considerou hoje "lamentável" que o Ministério da Educação tenha convidado a Associação de Professores de Matemática a sair da comissão de acompanhamento do Plano da Matemática após ter criticado a ministra.
Este episódio "é lamentável", comentou hoje Nuno Crato, em declarações à Lusa.


O PÚBLICO avança na edição de hoje que a Associação de Professores de Matemática (APM) foi convidada a sair da comissão após criticar publicamente as declarações da ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, sobre os exames nacionais do 9º ano, no final de uma reunião de balanço do primeiro ano do Plano de Matemática, a 22 de Maio.O "convite" foi feito por Luís Capucha, director-geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, no dia em que as críticas às declarações de Maria de Lurdes Rodrigues foram divulgadas pela comunicação social.

Nessa reunião, a ministra disse que "pela primeira vez o país associa os resultados não apenas à 'performance' dos alunos, mas também ao trabalho das escolas e dos professores, para o melhor e para o pior".
Em reacção, a APM, presidida por Rita Bastos, criticou "a ausência de sentido pedagógico" e "a leitura muito simplista e redutora do que é esse trabalho e a educação".
"Como associação profissional, a APM não pode, de modo nenhum, comprometer a sua independência em relação ao ME. Temos o direito e o dever de manifestar as nossas opiniões. Além disso, as declarações da ministra também foram públicas", sublinha Rita Bastos, garantindo que em "20 anos de história e várias parcerias com vários governos", nunca tinha acontecido à APM confrontar-se com "esta reacção de alguém dizer que não se pode criticar publicamente" um programa. No comunicado em causa, a APM sustentou que "mudanças relevantes e duradouras em educação não acontecem num ano e projectos como os que estão em curso nas escolas têm que ser avaliados por indicadores mais apropriados que não são certamente os exames, instrumentos muito limitados e pouco adequados para a avaliação deste tipo de intervenções."
As críticas da associação estendiam-se ainda ao atraso nos apoios previstos pela tutela. Na sua página na Internet, a APM assegura que "continua disponível, como sempre tem estado, para apoiar os professores e os seus projectos nas escolas e para promover as aprendizagens matemáticas dos alunos."

À parte desta situação, o presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática considerou "uma pena" que a estrutura que dirige nunca tenha feito parte nem nunca tenha sido convidada para a comissão de acompanhamento do Plano de Matemática. "É pena, porque temos sido uma das instituições que mais tem criticado as orientações curriculares, pedagógicas e do ensino em geral, ao longo dos últimos anos", adiantou.


SrªMinistra, será que a sua inteligência não lhe permite ver que o ensino só poderá melhorar quando começar a dar ouvidos aos especialistas?! Acha, por ventura, que são os seus submissos empregados (especialistas de secretária) que têm a capacidade para definir as regras que devem reger o ensino? Ainda não lhe chegou o que fez, ou tentou fazer com as novas metodologias do português?
Há uns dias vi uma prova de aferição de matemática do ano lectivo 2005/2006 e deparei-me, por exemplo, com uma questão que pede para os alunos identificarem um ângulo com determinadas medidas, só que,... esse ângulo não existe entre os ângulos dados. Como podem pedir para identificar algo que não existe?
As provas de aferição não contam para a progressão dos alunos, mas os exames de 9º ano e secundário, contam. Quem os constrói? Os mesmos cérebros que já construiram outros que levantaram polémica? ...
Srª Ministra, por acaso sabe que para montar um laboratório de matemática precisamos de aquirir material e que esses material custa dinheiro? Acha que é com as esmolas que nos tem enviado que conseguimos ter material, por exemplo, informático, para podermos realizar actividades que estimulem mais os nossos alunos?
Sabe quanto custa um quadro electrónico?
Bem, é melhor acabar, porque se continuo esta postagem não vai sair hoje.
Já agora, quando o seu querido Valter Lemos lhe estiver a explicar do que é que os professores estão a falar, lembre-se de o lembrar da sua incompetência e que tem telhados de vidro, que nós professores não esquecemos.
E nunca esqueça que "Quanto mais alto se sobe, maior é o tombo" ou que "O último a rir é o que ri melhor" e que nós cá estaremos para vos ver cair e rir à gargalhada na vossa cara!
Laumalai
DREN: instrutor do processo propõe suspensão de Fernando Charrua

O instrutor do processo disciplinar movido a Fernando Charrua na Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) por alegados comentários jocosos sobre a licenciatura do primeiro-ministro propõe a suspensão do professor de Inglês.
Parte da acusação foi revelada hoje pelo próprio Fernando Charrua, "momentos depois de a receber", mas o professor escusou-se a fornecer aos jornalistas cópia do texto integral.Fernando Charrua classificou a acusação como "a coisa mais ridícula que pôde acontecer" e revelou que a "iria estudar", juntamente com o seu advogado.O professor rejeitou a frase que lhe é atribuída na nota de culpa - "Estamos num país de bananas governados por um f. da p. [sic] de um primeiro-ministro" -, assinada pelo instrutor José Paulo Pereira, mas escusou-se a precisar qual foi a afirmação exacta. Charrua classificou a suspensão, hoje determinada, como "uma das mais graves sanções na função pública".


Directora regional de Educação do Norte diz-se alvo de "campanha difamatória"

A directora regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, considera que o órgão a que preside está a ser alvo de uma "campanha difamatória" e entende a sua recondução no cargo como um sinal de "mérito e interesse" no seu trabalho.

"Foi um insulto e não tem nada a ver com a licenciatura do primeiro-ministro. É um insulto ao cidadão José Sócrates, que além de cidadão é o primeiro-ministro de Portugal", afirma, escusando-se a revelar o teor do alegado insulto, mas referindo que, na sua opinião "é (...) grave".

Quanto à alegada "campanha difamatória" ― de que não aponta autores ―, diz que se desenrolou em três fases, pouco depois da instauração do processo a Fernando Charrua, explicando-a com o facto de ter mexido "em muitos interesses".

Desmente ainda ter feito um comentário jocoso a propósito da licenciatura de José Sócrates durante um jantar, como garante Fernando Charrua, afirmando que no jantar em causa "nenhum dos presentes insultou o primeiro-ministro".

A ex-dirigente sindical e filiada no PS recusoa a ideia de "perseguição política" a Fernando Charrua, que foi deputado eleito pelo PSD, afirmando que a filiação partidária não é importante para si. "Porque, se tiver que afastar alguém socialista, também o afasto sem hesitações. E o PS sabe isso", sublinha.

A responsável avança ainda que vai processar o presidente da câmara de Vieira do Minho, o padre Albino Carneiro, que a acusou de o ter insultado e humilhado numa reunião de trabalho. Nos outros casos em que é acusada de prepotência, a responsável da DREN diz que fez cessar as requisições em causa porque os professores deixaram de ser necessários aos serviços.

Estudantes de Coimbra protestam - À porta do Primeiro-ministro

Um grupo de estudantes da Universidade de Coimbra protestou esta quinta-feira de manhã à porta da residência oficial do Primeiro-ministro, em Lisboa, contra a aprovação do novo regime jurídico das instituições do Ensino Superior, que deverá ser discutido hoje em Conselho de Ministros.

O protesto simbólico, levado a cabo por cerca de quatro dezenas de estudantes em representação da Associação Académica de Coimbra, critica a privatização do ensino superior público e defende a autonomia das universidades, a diversidade das instituições e a melhoria da acção social. A Associação Académica de Coimbra rejeita também a forma de nomeação dos reitores, que deixam de ser eleitos por alunos, professores e funcionários de cada instituição, acusando o Estado de ingerência na gestão das universidades.

Caso da professora com leucemia - Estado processado por atentado à dignidade humana

O Sindicato de Professores da Zona Centro anunciou esta quinta-feira que vai processar o estado “por atentado à dignidade humana”, no caso em que uma professora com leucemia foi obrigada a regressar ao serviço.

O presidente do Sindicato, José Ricardo, afirma, em comunicado, que as pretensões de Manuela Estanqueiro sempre foram apoiadas por aquela estrutura, ao serem enviados os vários relatórios médicos para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) e que, por isso, “neste momento considera levar o caso até às últimas consequências”.

Manuela Estanqueiro, professora de uma escola em Cacia, Aveiro, faleceu no dia 2 de Junho, vítima de leucemia, depois de ter sido considerada apta para o exercício de funções, o que a obrigou a voltar à escola para não perder o vencimento.

Um despacho da CGA negava-lhe a aposentação por “não se encontrar absoluta e permanentemente incapaz para o serviço das suas funções” e obrigava-a a regressar à escola. Teve de cumprir 31 dias na escola para poder voltar a meter atestado médico.

A professora, com 63 anos de idade e 30 de serviço, acabou por conseguir a aposentação uma semana antes de falecer, no Hospital de Aveiro, para onde foi transferida em fase terminal, após ter dado entrada nos Hospitais da Universidade de Coimbra.


12/06/2007

Ramos-Horta grato a Lisboa?!


O presidente timorense, José Ramos-Horta, e as figuras habituais de Timor estiveram presentes ontem na embaixada de Portugal, numa recepção para assinalar o Dia de Portugal, tendo sido convidados pelo secretário de estado adjunto José Magalhães.
Em discurso, Ramos-Horta como convinha, agradeceu o apoio português durante a crise de 1999 em torno do referendo pela independência e, mais tarde, na resposta à grande crise do ano passado, tendo afirmado ainda que “a vitória de 1999 muito se deve à sábia, paciente, discreta e prudente diplomacia portuguesa”.

Ramos-Horta agradeceu ainda o apoio português durante a crise de 1999 em torno do referendo pela independência e, mais tarde, na resposta à grande crise do ano passado.
Convém no entanto não esquecer que ainda há dias, de visita à Indonésia, Ramos Horta comparou as chacinas praticadas pelos militares indonésios que invadiram e ocuparam Timor com os militares portugueses nas ex-colónias...

O que terá pensado ou dito Magalhães a propósito deste discurso de conveniência?