Filmes - A História de uma Nação - TIMOR
29/02/2008
“Fake” - Santana Carrilho
Ouvi o homem três vezes, num curto espaço de tempo: no Parlamento, a 13; na SIC, a 18; no Parque das Nações, celebrando três anos de (des)governo. O país de que ele fala, não é o país em que eu vivo. Causa isso espanto? Só aos desatentos!O homem pertence à geração duma só ocupação: a politica. Começou no PSD e continuou apadrinhado pelo Guterres. Quando o Barroso se exilou e o Santana se afundou, ele aproveitou. O país discutiu tanto o curso dele!... Mas não se deram conta de que o curso dele, no sentido de percurso, foi feito nas manobras partidárias , no Euro 2004 , na RTP e no acaso? Por que lhe importaria o (des)prestígio da Universidade Independente? O que ele queria da vida académica era tão-só um canudo. Por isso aproveitou as oportunidades da conjuntura. Não disse, ele próprio, que nunca pensou em ser engenheiro? Por que cursaria, então, engenharia? Não andou, ele próprio, anos a fio, em Direito, na Lusíada, sem ter feito uma só cadeira? Diplomas com datas diferentes, trapalhadas de títulos na Assembleia da República, provas por fax? O que quer tudo isso dizer?E as corridinhas? Todos o viram na Praça Vermelha e na Marginal de Luanda. Mas já o encontraram na 2ª circular?E a cena das criancinhas contratadas por “casting”, em trabalho infantil, pago com o dinheiro dos impostos, para propagandear as novas tecnologias das escolas portuguesas? E o contrato de leão com o MIT (65 milhões de euros), muito mais que a dotação de muitas universidades portuguesas, em ano de 14 por cento de cortes? E a inscrição como dador de medula, com as televisões atrás?
Y su amigo Zapatero? E a campanha para incentivar a qualificação dos portugueses, insultando os de parcas habilitações?E os fatitos Hugo Boss, mais a residência no Eron, lado a lado com a habitação que o homem projectou em cima dum tugúrio de vacas?Tudo passado, que não deve ser trazido à colação? Como assim, se ele se defende hoje, sem humildade, mostrando, nos argumentos que usa, a verdadeira espessura da sua cultura?Olha, como se diz em português? “ Fake”! “Fake” é a palavra! Como se diz em português? Estas linhas são um resumo livre do que a Megan me disse, nos Pastéis de Belém, enquanto a canela durou. O mote foi o discurso de Sócrates, comemorativo dos 3 anos da maioria PS. Conheci a Megan na rua, nos tempos loucos do 25 de Abril. A Megan estudava Ciência Política nos Estados Unidos. Casou com um amigo meu e por cá ficou. Adora tintos encorpados, sopa de feijão encarnado e pastéis de nata. O “fake” é recorrente nela. Tanto lhe serviu para catalogar o Mateus Rosé como para me explicar por que razão Hitler rejeitou o seu nome de família, que era, imaginem, Schicklgruber. Vejo a Megan de anos a anos, sempre por acaso. Continua igual. “Yes, we can!” Foi assim que me disse adeus, gozando com a impressão que o slogan causou a Sócrates (Pinto de Sousa dixit).“Fake, querrrrrido! Just fake!”
Santana Carrilho, 22-Fev-2008
In: http://www.escolainfo.net/
Violência nas escola por Alice Vieira
vidas.
E está contente porque, segundo afirmou, a violência nas escolas
portuguesas, afinal, não existe.
Ao que parece, andamos todos numa de paz e amor, lá fora é que as coisas
tomam proporções assustadoras, os nossos brandos costumes continuam a vingar
nos corredores de todas as EB, 2/3, ou como é que as escolas se chamam
agora. Tenho muita pena de que os nossos governantes só entrem nas escolas
quando previamente se fazem anunciar, com todas as televisões atrás, para
que o momento fique na História. É claro que, assim, obrigada, também eu,
anda ali tudo alinhado que dá gosto ver, porque o respeitinho pelo Poder é
coisa que cai sempre bem no coração de quem nos governa, e que as pessoas
gostam de ver em qualquer telejornal.
Mas bastaria a senhora ministra entrar incógnita em qualquer escola deste
país para ver como a realidade é bem diferente daquela que lhe pintaram ou
que os estudos (adorava saber como se fazem alguns dos estudos com que
diariamente se enchem as páginas dos jornais) proclamam. É claro que não
falo daquela violência bruta e directa, estilo filme americano, com tiros,
naifadas e o mais que houver.
Falo de uma violência muito mais perigosa porque mais subtil, mais pela
calada, mais insidiosa.
Uma violência mais "normal".
E não há nada pior do que a normalização, do que a banalização da
violência.
Violência é não saberem viver em comunidade, é o safanão, o pontapé e a
bofetada como resposta habitual, o palavrão (dos pesados...) como linguagem
única, a ameaça constante, o nenhum interesse pelo que se passa dentro da
sala, a provocação gratuita ("bata-me, vá lá, não me diga que não é capaz de
me bater? Ai que medinho que eu tenho de si...", isto ouvi eu de um aluno
quando a pobre da professora apenas lhe perguntou por que tinha chegado
tarde...)
Violência é a demissão dos pais do seu papel de educadores - e depois
queixam-se nas reuniões de que "os professores não ensinam nada".
Porque, evidentemente, a culpa de tudo é sempre dos professores - que não
ensinam, que não trabalham, que não sabem nada, que fazem greves, qualquer
dia - querem lá ver? - até fumam...
Os seus filhos são todos uns anjos de asas brancas e uns génios
incompreendidos.
Cada vez os pais têm menos tempo para os filhos e, por isso, cada vez mais
os filhos são educados pelos colegas e pela televisão (pelos jogos, pelos
filmes, etc.). Não têm regras, não conhecem limites, simples palavras como
"obrigada", "desculpe", "se faz favor" são-lhes mais estranhas do que um
discurso em Chinês - e há quem chame a isto liberdade.
Mas a isto chama-se violência. Aquela que não conta para os estudos
"científicos", mas aquela da qual um dia, de repente, rompe a violência a
sério.
E então em estilo filme americano.
Com tiros, naifadas e o mais que houver.
Alice Vieira, Escritora
Programa “Pano para mangas” (Relativo ao “Prós e Contras” da noite anterior) de 26/02/08, na Antena 1, autoria do Jornalista João Gobern
Para quem alimentasse esta imagem de uma cruzada ministerial, pela conversão mesmo à bruta dos infiéis, entregues a uma comunicação social populista e que mal sabe fazer contas de somar, oferecidos a um grupo de “articulistas”, que há muitos anos se benze por protecção, de cada vez que tem de passar mais perto de escola ou de um professor; espera-se que as 3 longas horas do “Prós e Contras”, da noite de ontem tenham provado de uma vez por todas, que o Sr. Primeiro Ministro mostrou afinal, ser falível ao ensaiar uma micro-mudança de titulares e ao deixar intocada a Srª Ministra da Educação.
Do alto do seu gabinete, só mesmo a Ministra, uma equipa servil de ditos académicos e uns quantos agentes infiltrados no terreno; há sempre, mas sempre, aqueles que com mira em promoções, louvores ou pequenos estipêndios, se dispõem a ser mais “papistas do que o papa”, só esses, vêem com bons olhos, a continuidade na avaliação dos professores, tal como está a ser feita e na aplicação do novo modelo de gestão escolar, como uma melhoria.
Mais: só essa poderosa minoria, dá como arrumadas a contento as questões das aulas de substituição e o concurso dos professores titulares.
A Srª Ministra parece ter ensurdecido há muito. Ontem, passou sinais para o exterior, de que já está a ser atormentada pela cegueira. Fechou os olhos a todos os argumentos que dão a avaliação, como um processo injusto, apressado e inexequível, apesar de ter diante de si, muito mais do que as “excomungadas” reticências sindicais.
Nunca conseguiu demonstrar (apesar da pose explicativa), qualquer vantagem no modelo de gestão que quer por força, aplicar às escolas. Refugiou-se nos feitos, “abespinhou-se” quando puseram em causa o seu perfil, muito mais de gestora do que de pedagoga, tentou sempre demonstrar que a sua luta é contra uma minoria que se agita.
Foi-se apagando, lenta, mas inexoravelmente, diante de episódios, de vivências, de casos, que se não eram novidade para quem os acompanha no dia a dia, pareceram surpreendê-la e até chocá-la. O que vem confirmar, que até neste campo de tantas consequências, se continua a legislar com fúria, mas a viver de costas para a realidade do país.
Deixou por abordar, aquela que para mim como lei, é a questão decisiva: o facto de com tantas reuniões, papeis, burocracias, justificações, definições de objectivos, avaliações e substituições; continuarem os professores a ser desviados da sua função primordial e “abençoada”: dar aulas e formar pessoas. Quem não entende isto na prática, não percebeu nada, o que é grave, ao fim de 3 anos, pelo que estou à vontade na sentença:
Não haverá reforma da educação, sem se começar pela reforma antecipada, mas tardia, da Srª Ministra da Educação.”
João Gobern, jornalista
Dar voz à Revolta - "Este País Cansa" (Ana Benavente)
Não sou certamente a única socialista descontente com os tempos que vivemos e com o actual governo. Não pertenço a qualquer estrutura nacional e, na secção em que estou inscrita, não reconheço competência à sua presidência para aí debater, discutir, reflectir, apresentar propostas. Seria um mero ritual.
Em política não há divórcios. Há afastamentos. Não me revejo neste partido calado e reverente que não tem, segundo os jornais, uma única pergunta a fazer ao secretário-geral na última comissão política. Uma parte dos seus actuais dirigentes são tão socialistas como qualquer neoliberal; outra parte outrora ocupada com o debate político e com a acção, ficou esmagada por mais de um milhão de votos nas últimas presidenciais e, sem saber que fazer com tal abundância, continuou na sua individualidade privilegiada. Outra parte, enfim, recebendo mais ou menos migalhas do poder, sente que ganhou uma maioria absoluta e considera, portanto, que só tem que ouvir os cidadãos (perdão, os eleitores ou os consumidores, como queiram) no final do mandato.
Umas raríssimas vozes (raras, mesmo) vão ocasionando críticas ocasionais.
2.
Para resolver o défice das contas públicas teria sido necessário adoptar as políticas económicas e sociais e a atitude governativa fechada e arrogante que temos vivido? Teria sido necessário pôr os professores de joelhos num pelourinho? Impor um estatuto baseado apenas nos últimos sete anos de carreira? Foi o que aconteceu com os "titulares" e "não titulares", uma nova casta que ainda não tinha sido inventada até hoje. E premiar "o melhor" professor ou professora? Não é verdade que "ninguém é professor sozinho" e que são necessárias equipas de docentes coesas e competentes, com metas claras, com estratégias bem definidas para alcançar o sucesso (a saber, a aprendizagem efectiva dos alunos)?
Teria sido necessário aumentar as diferenças entre ricos e pobres? Criar mais desemprego? Enviar a GNR contra grevistas no seu direito constitucional? Penalizar as pequenas reformas com impostos? Criar tanto desacerto na justiça? Confirmar aqueles velhos mitos de que "quem paga é sempre o mais pequeno"? Continuar a ser preciso "apanhar" uma consulta e, não, "marcar" uma consulta? Ouvir o senhor ministro das Finanças (os exemplos são tantos que é difícil escolher um, de um homem reservado, aliás) afirmar que "nós não entramos nesses jogos", sendo os tais "jogos" as negociações salariais e de condições de trabalho entre Governo e sindicatos. Um "jogo"? Pensava eu que era um mecanismo de regulação que fazia parte dos regimes democráticos.
3.
Na sua presidência europeia (são seis meses, não se esqueça), o senhor primeiro-ministro mostra-se eufórico e diz que somos um país feliz. Será? Será que vivemos a Europa como um assunto para especialistas europeus ou como uma questão que nos diz respeito a todos? Que sabemos nós desta presidência? Que se fazem muitas reuniões, conferências e declarações, cujos vagos conteúdos escapam ao comum dos mortais. O que é afinal o Tratado de Lisboa? Como se estrutura o poder na Europa? Quais os centros de decisão? Que novas cidadanias? Porque nos continuamos a afastar dos recém-chegados e dos antigos membros da Europa? Porque ocupamos sempre (nas estatísticas de salários, de poder de compra, na qualidade das prestações dos serviços públicos, no pessimismo quanto ao futuro, etc., etc.) os piores lugares?
Porque temos tantos milhares de portugueses a viver no limiar da pobreza? Que bom seria se o senhor primeiro-ministro pudesse explicar, com palavras simples, a importância do Tratado de Lisboa para o bem-estar individual e colectivo dos cidadãos portugueses, económica, social e civicamente.
4.
Quando os debates da Assembleia da República são traduzidos em termos futebolísticos, fico muito preocupada. A propósito do Orçamento do Estado para 2008, ouviu-se: "Quem ganha? Quem perde? que espectáculo!". "No primeiro debate perdi", dizia o actual líder do grupo parlamentar do PSD "mas no segundo ganhei" (mais ou menos assim). "Devolvam os bilhetes...", acrescentava outro líder, este de esquerda. E o país, onde fica? Que informação asseguram os deputados aos seus eleitores? De todos os partidos, aliás. Obrigada à TV Parlamento; só é pena ser tão maçadora. Órgão cujo presidente é eleito na Assembleia, o Conselho Nacional de Educação festeja 20 anos de existência. Criado como um órgão de participação crítica quanto às políticas educativas, os seus pareceres têm-se tornado cada vez mais raros. Para mim, que trabalho em educação, parece-me cada vez mais o palácio da bela adormecida (a bela é a participação democrática, claro). E que dizer do orçamento para a cultura, que se torna ainda menos relevante? É assim que se investe "nas pessoas" ou o PS já não considera que "as pessoas estão primeiro"?
5.
Sinto-me num país tristonho e cabisbaixo, com o PS a substituir as políticas eventuais do PSD (que não sabe, por isso, para que lado se virar). Quanto mais circo, menos pão. Diante dos espectáculos oficiais bem orquestrados que a TV mostra, dos anúncios de um bem-estar sem fim que um dia virá (quanto sebastianismo!), apetece-me muitas vezes dizer: "Aqui há palhaços". E os palhaços somos nós. As únicas críticas sistemáticas às agressões quotidianas à liberdade de expressão são as do Gato Fedorento. Já agora, ficava tão bem a um governo do PS acabar com os abusos da EDP, empresa pública, que manda o "homem do alicate" cortar a luz se o cidadão se atrasa uns dias no seu pagamento, consumidor regular e cumpridor... Quando há avarias, nós cortamos-lhes o quê? Somos cidadãos castigados!
O país cansa! Os partidos são necessários à democracia mas temos que ser mais exigentes.
Movimentos cívicos...procuram-se (já há alguns, são precisos mais). As anedotas e brincadeiras com o "olhe que agora é perigoso criticar o primeiro-ministro" não me fazem rir. Pela liberdade muitos deram a vida. Pela liberdade muitos demos o nosso trabalho, a nossa vontade, o nosso entusiasmo. Com certeza somos muitos os que não gostamos de brincar com coisas tão sérias, sobretudo com um governo do Partido Socialista!
Ana Benavente
Ex-secretária de estado da educação, militante do PS, Professora universitária
animação docente2
Bom trabalho!
Parabéns ao Antero por saber bincar com coisas sérias.
Laumalai
28/02/2008
Ana Drago
Avaliação não pode servir para combater o défice
"Governo quer educação especial, mas baratinha!"
Correndo o risco de ser conotada de comunista, não resisti em publicar aqui, estes vídeos do Bloco de Esquerda, pois Ana Drago não podería ser mais explícita nas suas afirmações, que demonstram as preocupações de milhares de professores e de outros intervenientes no processo de ensino neste país, que o governo teima em querer destruir.
Chega de maus tratos e de humilhações!
Portugal necessita e merece muito melhor.
Laumalai
11/02/2008
Crise em Timor
O comandante das forças de Defesa de Timor-Leste, brigadeiro-general Taur Matan Ruak, alertou, há semana, os responsáveis de segurança no país, incluindo as forças internacionais, de que o presidente e primeiro-ministro poderiam ser alvos de um ataque.
"Disse há uma semana, na reunião do grupo de alto nível de segurança, que havia dois alvos fundamentais: os líderes, o presidente e primeiro-ministro, e zonas vitais do país", afirmou Taur Matan Ruak em declarações à Lusa.
Nas primeiras declarações públicas desde o ataque de domingo (madrugada de segunda-feira em Díli), Taur Matan Ruak afirmou que tinha informações que chegaram às forças de Defesa de Timor-Leste, incluindo fornecidas por populares, que apontam para uma eventual acção do grupo de Reinado.
José Ramos-Horta fora de perigo
- O Presidente timorense José Ramos-Horta está "fora de perigo" e já foi transferido para a unidade de cuidados intensivos do hospital de Darwin, confirmou à Lusa a irmão do líder timorense.
"Está fora de perigo. Foi operado e a operação correu bem. Estamos ainda à espera que os médicos nos venham informar mas tudo correu bem", explicou Rosa Carrascalão, contactada no Royal Darwin Hospital para onde José Ramos-Horta foi hoje transferido.
Rosa Carrascalão, o seu irmão Arsénio Horta e a mãe do Presidente timorense estão no hospital de Darwin onde se encontra ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, Zacarias da Costa, e a chefe de gabinete de José Ramos-Horta.
Zacarias da Costa disse à Lusa que uma enfermeira informou já o grupo que Ramos-Horta está estável e que foi transferido para a unidade de cuidados intensivos.
"Felizmente os sinais são positivos. Foi submetido a nova intervenção cirúrgica, que teve sucesso e foi transferido para os cuidados intensivos", disse.
Uma enfermeira disse-nos que a situação é estacionária, que conseguiram compensar o muito sangue que perdeu e que lhe vão dar sedativos para poder descansar toda a noite", afirmou.
Comunidade internacional compromete-se a continuar a apoiar desenvolvimento e estabilidade
A comunidade internacional condenou os atentados registados hoje em Díli contra os chefes de Estado e de governo timorenses, e comprometeu-se a continuar a apoiar o desenvolvimento e a estabilidade de Timor-Leste.
PR José Ramos-Horta deverá reocupar cargo dentro de um mês - presidente Parlamento Nacional
O chefe de Estado timorense, José Ramos-Horta, deverá reocupar o cargo dentro de um mês, disse hoje em Lisboa o presidente do Parlamento Nacional, Fernando de Araújo "Lasama".
O dirigente timorense, que falava no final da audiência de 55 minutos no Palácio de Belém com o presidente Aníbal Cavaco Silva, manifestou-se satisfeito com a evolução do estado de saúde de José Ramos-Horta, alvo de um atentado em Díli.
"Espero que o Presidente (Ramos-Horta) recupere (...) que não leve muito tempo, espero que dentro de um mês o presidente regressará para assumir as suas responsabilidades", destacou.
Lusa
In: http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/238971
Sobreviver e morrer por falta de lógica
Um dado implacável e perturbante: o major fugitivo Alfredo Reinado morreu quase uma hora antes de o próprio Presidente da República ter sido alvejado. Ramos-Horta e Xanana Gusmão continuam vivos.
A análise dos factos e da cronologia dos ataques de ontem de manhã, em Díli, revela um dado implacável e perturbante: José Ramos-Horta e Xanana Gusmão estão vivos e Alfredo Reinado está morto porque quase nenhum dos envolvidos actuou dentro do que seria lógico.
O primeiro dado bizarro é a sequência do ataque à residência de José Ramos-Horta: o major fugitivo Alfredo Reinado morreu quase uma hora antes de o próprio Presidente da República ter sido alvejado na mão, no abdómen e nas costas.
O filme dos acontecimentos, cruzando testemunhos de fontes oficiais com o relatório de operações a que a Agência Lusa teve acesso, mostra que houve dois tiroteios diferentes, separados por cerca de 45 minutos.
Entre um e outro tiroteio, nenhum sinal de alarme foi dado de dentro da residência do chefe de Estado, contrariando o que seria normal acontecer.
Alfredo Reinado morreu logo no início do primeiro tiroteio, ironicamente baleado por um elemento da Polícia Militar das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste, a unidade que ele comandou até desertar de Díli com alguns dos seus homens, em Abril de 2006.
O primeiro ataque de ontem contra a residência de José Ramos-Horta foi feito, também, a uma hora - 06h15 - a que, como é do conhecimento geral em Díli, o Presidente faz o seu "jogging" matinal na marginal que conduz à Praia da Areia Branca.
A aparente ignorância deste facto básico por parte de Alfredo Reinado, num eventual plano concertado, deu azo a que nos "mentideros" de Díli surgisse ontem a versão de que o major fugitivo teria planeado um sequestro e não um atentado.
A surpresa do grupo de Reinado pela ausência de José Ramos-Horta ficou patente na busca que os atacantes fizeram pela residência do Presidente, composta por várias construções de arquitectura tradicional, de tipo "bungalow", num terreno isolado na saída leste de Díli.
Os atacantes "arrombaram várias portas a pontapé, à procura do Presidente", segundo uma fonte oficial.
Não o encontraram, mas também não está explicado onde e como durante mais de meia hora se esconderam os homens de Reinado quando já estava morto, até o Presidente da República se aproximar da residência, cerca das 07h00.
José Ramos-Horta soube por um telefonema da irmã, às 06h50, que havia tiroteio na sua residência. Em vez de se afastar do local, caminhou para lá, como explicou, horas mais tarde, o primeiro-ministro Xanana Gusmão.
O Presidente foi alvejado junto ao muro que marca o início da sua propriedade no Boulevard John Kennedy, em Meti-hau.
Foi ainda o próprio Presidente quem fez a primeira chamada de socorro devido a estar ferido - uma vez que a primeira chamada para o Centro Nacional de Operações, às 06h59, foi ainda para assistir ao tiroteio em Meti-hau e não ao chefe de Estado.
Não houve nenhum anúncio oficial sobre medidas especiais de segurança decretadas após o ataque em Meti-hau. Hora e meia depois dos primeiros tiros de Reinado no Boulevard John Kennedy, a caravana do primeiro ministro, sem reforço aparente de escolta, foi atacada pelo lugar-tenente do major rebelde, Gastão Salsinha.
O ataque foi desferido à saída da residência de Xanana Gusmão, na estrada que serpenteia entre a aldeia de Balíbar, um local fresco com cheiro a frangipani, a quase mil metros de altitude, e a capital timorense.
O primeiro-ministro descreveu mais tarde, no Palácio de Governo, ter sobrevido a "fogo cerrado" contra a sua viatura, que chegou a Díli "de pneus rebentados". A viatura da escolta, que ia à frente, despistou-se pela montanha, sem causar vítimas.
Minutos depois, Gastão Salsinha protagonizava outro dos momentos estranhos do dia: voltou atrás e abordou o chefe da segurança da residência de Xanana Gusmão, pedindo-lhe a espingarda Stayer.
O segurança recusou, segundo contou à Lusa, e o grupo de Salsinha desapareceu na estrada da montanha. Mas outra tragédia poderia ter acontecido: a esposa de Xanana Gusmão, Kirsty Sword-Gusmão, e os filhos ainda se encontravam em casa - com apenas 3 guardas.
A família de Xanana Gusmão foi, minutos depois, evacuada por um blindado da GNR.
As leituras do duplo ataque são unânimes entre oposição e Governo: "tentativa de golpe de Estado".
Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin e ex-primeiro-ministrou, condenou os ataques mas lançou a sua dúvida metódica: "Que alguém explique por que razão queriam matar José Ramos-Horta, que foi quem mais 'protegeu', entre aspas, Alfredo Reinado".
Lusa
In: http://clix.expresso.pt
Portugal entre os 20 países do Mundo mais amigos do ambiente
Portugal posiciona-se acima da média europeia em cinco de seis categorias analisadas no Environmental Performance Index 2008 (EPI 2008), um estudo realizado por especialistas da Universidade de Yale e da Universidade da Columbia, e que tem como objectivo analisar o comportamento das populações relativamente à protecção ambiental.
O estudo que envolveu 149 países e baseou-se em 25 indicadores, revela que Portugal está acima da média de outros países da União Europeia (UE) em indicadores referentes à qualidade ambiental, poluição do ar, água, recursos naturais e produtivos e alterações climáticas.
De acordo com o resultado da análise, Portugal alcança 85,8 pontos, numa escala de 100, e coloca-se à frente de países como Espanha, Itália, Irlanda, Bélgica, Dinamarca, Holanda ou Grécia em matéria de preocupações ambientais.
No que se refere ao indicador sobre a ‘Biodiversidade e Habitat’, embora tenha registado um resultado ligeiramente abaixo da média, Portugal, ainda assim, ocupa a 13ª posição entre os 27 Estados-membros da UE.
O ‘EPI2008’ conclui que os países que obtiveram uma melhor classificação no ‘Índice de Performance Ambiental’ foram os que mais investiram no controlo da contaminação da água e do ar, em infraestructuras de protecção ambiental e que adoptaram medidas de política pública para mitigar os danos provocados pela actividade económica.
Por outro lado, o relatório revela que os países que obtiveram a pior classificação são aqueles que não realizão investimentos necessários na saúde pública ambiental e são possuidores de pobres regimes de política pública.
O primeiro lugar, do ranking total dos países com melhores práticas ambientais, é ocupado pela Suíça (com 95 pontos), seguida da Suécia, Noruega, Finlândia e Costa Rica. No fundo da tabela estão Mauritânia, Serra Leoa, Angola e, finalmente, o Nigér que com apenas 39,1 pontos ocupa a última posição da tabela no 149º lugar.
De acordo com o relatório as melhores classificações ao nível de desempenho ambiental parecem estar directamente relacionadas com os níveis de riqueza de cada país.
Apesar da relação estabelecida pelos especialistas, existem países que conseguem obter resultados muito superiores a nações que aparentemente usufruem das mesmas condições económicas, o que revela que a escolha de determinadas políticas tem influência sobre o desempenho ambiental. Um exemplo específico, que sobressai no relatório, é o da Costa Rica e a vizinha Nicarágua, que ocupam o 5º e 77º lugares, respectivamente.
Se por um lado, são reconhecidos à Costa Rica esforços em matéria ambiental, por outro lado, a história de Nicarágua é marcada por uma pobre governação e por situações de corrupção política e conflictos violentos, o que contribuí, segundo os investigadores, para a desigualdade dos resultados em termos ambientais.
Outra situação vista com apreensão pelos investigadores é o caso dos países industrializados, em que os Estados Unidos da América ocupa o 39º lugar, significativamente abaixo do Reino Unido na 14ª posição e do Japão em 21º lugar.
Gus Speth, reitor da School of Forestry and Environmental Studies de Yale University afirma, citado em comunicado do Earth Institute at Columbia University que «o desempenho dos Estados Unidos indica que o próximo Governo não deve ignorar os impactos ambientais nos ecossistemas, assim como, na política agrícola, energética e de gestão da água».
O responsável sublinha ainda que «o EPI coloca os Estados Unidos em matéria de alterações climáticas a par de países como India e a China, nos lugares mais baixos referentes ao desempenho no mundo, o que é uma vergonha nacional».
Natália Dias
In: http://www.tvciencia.pt/tvcnot
05/02/2008
Fretilin acusa vice-PM de «nepotismo»
O deputado Francisco Branco, em nome da Fretilin, acusou José Luís Guterres de ter beneficiado a sua mulher quando ocupava o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, em 2006.
Em causa está o aumento de salário de Ana Maria, mulher de José Luís Guterres, «para pelo menos o dobro do que devia receber como funcionária local» da representação em Nova Iorque, explicou o ex-primeiro-ministro Estanislau da Silva à Agência Lusa.
«José Luís Guterres concedeu à esposa um salário de diplomata, tomando uma decisão unilateral, num acto de abuso de poder que violou os princípios éticos», acusou Estanislau da Silva, também deputado da Fretilin na actual legislatura.
José Luís Guterres, contactado pela Lusa, afirmou que as acusações da Fretilin «são politicamente motivadas para desacreditar o actual governo», liderado por Xanana Gusmão.
«Rejeito totalmente as acusações e estou disponível para responder perante uma comissão de inquérito», acrescentou o vice-primeiro-ministro, que foi ministro dos Negócios Estrangeiros no primeiro governo de transição formado na sequência da crise política e militar de 2006.
Nessa altura, José Ramos-Horta, que chefiava a diplomacia timorense quando foi convidado a formar o II Governo Constitucional, escolheu José Luís Guterres para lhe suceder na pasta dos Negócios Estrangeiros.
José Luís Guterres ocupava, até aí, o posto de embaixador de Timor-Leste nas Nações Unidas.
«Quando fui convidado para o governo, tinha duas opções: ou aceitava servir o país de acordo com o que me era proposto ou continuava a viver com a família em Nova Iorque», explicou à Lusa.
«A minha família teria ficado na rua e os meus filhos perderiam o ano escolar se não encontrássemos uma solução».
«Falei com José Ramos-Horta e com os directores do MNE, incluindo o então secretário-geral João Câmara, e eles compreenderam a situação», acrescentou José Luís Guterres nas declarações à Lusa.
A mulher de José Luís Guterres passou a ocupar «um cargo de nomeação política que, por isso, está sempre à consideração de quem ocupa o cargo de MNE», explicou o actual vice-primeiro-ministro.
«Era um lugar temporário», sublinhou José Luís Guterres.
Ana Maria recebia, segundo o marido, 2.800 dólares norte-americanos de ajudas-de-custo mensais, «o que não é muito para quem conheça o custo de vida em Nova Iorque», nota José Luís Guterres.
«Quanto à acusação de uma transferência ilegal, referia-se ao montante da renda de um apartamento de dois quartos, fora da cidade, no valor de 1.700 dólares», afirmou ainda José Luís Guterres à Lusa.
Ana Maria, natural de Moçambique, é licenciada em Sociologia e tem um mestrado em Globalização e Movimentos Sociais, «o que a habilitava ao lugar para que foi nomeada», frisou ainda José Luís Guterres.
A mulher do vice-primeiro-ministro continua a desempenhar funções na missão de Nova Iorque, e o seu caso «está em apreciação pelo ministro dos Negócios Estrangeiros», Zacarias da Costa, adiantou José Luís Guterres.
Estanislau da Silva adiantou à Lusa que «a Fretilin tem outros casos de corrupção e nepotismo para levantar na próxima semana no Parlamento».
As acusações contra José Luís Guterres no plenário provocaram o repúdio de vários deputados dos partidos que integram o Governo da Aliança para Maioria Parlamentar.
Diário Digital / Lusa
05-02-2008 11:35:00
In:http://diariodigital.sapo.pt
04/02/2008
Comissão mista tem "amizade a mais e verdade a menos", diz relatório
- O resultado final do trabalho da comissão mista sobre a violência em Timor-Leste em 1999 tem "amizade a mais e verdade a menos" e corre o risco de ser apenas "uma charada diplomática", alertou uma organização independente.
A Comissão da Verdade e Amizade (KPP) corre o risco de ser "apenas uma charada diplomática" a menos que a redacção final sobre 3 anos de investigações produza recomendações sérias, alertou o Centro Internacional para Justiça Transitória (ICTJ), num relatório divulgado ontem.
O ICTJ critica os termos de referência, os métodos de trabalho, a falta de consulta e contribuições externas e os objectivos da KPP.
"A criação da KPP parece ter resultado mais da preocupação em fomentar relações diplomáticas bilaterais do que em contribuir substancialmente para contar a verdade ou para (conseguir) a reconciliação nacional entre os povos de Timor-Leste e da Indonésia", acusa o ICTJ.
O relatório crítico da KPP intitula-se "Amizade a Mais, Verdade a Menos".
A KPP foi estabelecida pelos chefes de Estado timorense e indonésio em 2005, para estabelecer uma "verdade conclusiva" sobre os acontecimentos que precederam e acompanharam a realização do referendo pela independência do território, em 1999.
"Embora os danos tenham sido feitos nas audiências públicas da KPP, o trabalho ainda não está completo", salienta o ICTJ.
"Infelizmente, será muito difícil para a KPP apagar os efeitos das audiências".
A Comissão tem, no entanto, segundo o relatório do ICTJ, "uma última oportunidade" para contribuir com recomendações positivas "e não repetir a versão alarmante dos acontecimentos" consolidada durante os testemunhos prestados em Jacarta, Bali e Díli.
Ao analisar o falhanço da KPP desde a sua constituição, o ICTJ sublinha que a Comissão falhou, em grande parte, pelas motivações que possibilitaram a sua criação.
"Os líderes da nova nação independente deram prioridade às boas relações com os vizinhos da Indonésia, sobrepondo-as à prossecução da justiça, um objectivo que eles viam como prejudicial às relações diplomáticas".
"O resultado foi uma relação bilateral mandatada para "procurar a verdade conclusiva mas impedida de avançar com outras condenações, e com o poder explícito de recomendar amnistias sem dar prioridade aos interesses das vítimas", acusa o ICTJ.
O trabalho da KPP provocou, desde cedo, a oposição de muitas organizações da sociedade civil em ambos os países, que acusaram a Comissão de fornecer "um palco para os criminosos de 1999".
A KPP provocou também o repúdio de mais de 30 organizações não-governamentais e de direitos humanos de todo o mundo.
As Nações Unidas recusaram legitimar os resultados das investigações da KPP.
PRM.
Lusa/fim
Julgamento de Alfredo Reinado adiado para Março
- O julgamento do major fugitivo Alfredo Reinado foi hoje adiado para dia 04 de Março, por falta de comparência do principal arguido.
Foi a segunda vez que o colectivo de juízes adiou o julgamento, iniciado a 03 de Dezembro de 2007.
A segunda sessão do julgamento consistiu no visionamento de um vídeo recente em que Alfredo Reinado acusa o actual primeiro-ministro, Xanana Gusmão, de ser o principal responsável da crise de 2006.
Alfredo Reinado, ex-comandante da Polícia Militar, está acusado dos crimes de homicídio, rebelião contra o Estado e posse ilegal de material de guerra.
PRM
Lusa/Fim
Peticionários acantonam em Díli esta semana - oficial
- Os peticionários vão acantonar em Díli a partir de 07 de Fevereiro, afirmou hoje à Agência Lusa uma fonte oficial do Governo de Timor-Leste.
"A concentração dos peticionários começa dia 07 e receberemos todos quantos quiserem vir", declarou hoje à Lusa o assessor do primeiro-ministro para a Sociedade Civil, Joaquim Fonseca.
O major Alfredo Reinado "não estará com esse grupo uma vez que não faz parte dos peticionários", afirmou Joaquim Fonseca à margem das comemorações do sétimo aniversário das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), na Base Naval de Hera, a leste de Díli.
"O pedido de acantonamento foi dirigido apenas aos signatários e aderentes" da petição que, no início de 2006, foi apresentada às chefias militares e ao Presidente da República alegando discriminação no seio das F-FDTL.
Os peticionários ficarão acantonados no bairro de Aitarak Laran, "num antigo armazém da época indonésia que, até à crise de 2006, estava a ser usado como escola e que ficou vazio desde essa altura", acrescentou Joaquim Fonseca.
"É apenas um sítio temporário de concentração".
Os peticionários acantonados estarão desarmados.
"Em sentido estrito, eles são civis e não é suposto estarem armados", sublinhou Joaquim Fonseca.
"Ainda não está decidida a data limite para o fecho do acantonamento, mas deverá ser duas semanas depois de começar", acrescentou Joaquim Fonseca.
Apenas cerca de 20 peticionários, dos quase 600 que foram exonerados das Forças Armadas em 2006, responderam em Novembro a uma proposta do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, para se encontrar com ele em Aileu, a sul de Díli.
"É um número muito pequeno mas significativo para começar o processo de diálogo, construir confiança e estabelecer pontos de comunicação", explicou na altura Joaquim Fonseca à Lusa.
Poucos dias depois, o major Alfredo Reinado e centenas de peticionários realizaram uma parada militar com homens armados em Ermera, a sudoeste da capital.
Joaquim Fonseca, fontes militares e fontes das Nações Unidas confirmaram à Lusa que o último contacto do Governo timorense com o major Alfredo Reinado aconteceu por intermédio do ministro João Gonçalves, ministro da Economia e Desenvolvimento.
"João Gonçalves ajudou Alfredo Reinado e outros timorenses quando eles foram evacuados para a Austrália e o ministro é alguém que o major respeita desde essa altura", explicou à Lusa uma fonte ligada às negociações com o militar fugitivo.
A 17 de Fevereiro de 2006, os peticionários abandonaram os quartéis e a 16 de Março foi anunciada a exoneração de 594 militares, com data efectiva de 01 de Março.
Uma manifestação dos peticionários, em Abril, desencadeou a crise política e militar que terminou com a queda do I Governo Constitucional.
PRM
Lusa/fim
Timor-Leste: Prisão de 4 militares "será cumprida" - general Matan Ruak
- A sentença de prisão efectiva de quatro elementos das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) "vai ser cumprida", afirmou hoje o brigadeiro-general Taur Matan Ruak à Agência Lusa.
O chefe do Estado-Maior das F-FDTL declarou à Lusa que as chefias militares timorenses analisaram há poucos dias o caso dos militares condenados em tribunal pelo chamado massacre de Caicoli de Maio de 2006.
Taur Matan Ruak falava à Lusa na Base Naval de Hera, a leste de Díli, durante as comemorações do sétimo aniversário das F-FDTL e do sexto aniversário da Componente Naval.
Um colectivo de juízes condenou, a 29 de Novembro de 2007, os quatro militares por crimes de homicídio, considerando-os culpados pela morte de 8 elementos da Polícia Nacional (PNTL) que seguiam numa coluna escoltada pelas Nações Unidas.
A decisão transitou recentemente em julgado e o tribunal notificou a semana passada o Estado-Maior das F-FDTL para o cumprimento das penas.
"O nosso princípio é mandá-los cumprir", garantiu hoje o brigadeiro-general Taur Matan Ruak à Lusa.
"Mas a sociedade (timorense) não ignora o que se passa no nosso país: a justiça tem dois pesos e duas medidas", acusou o comandante das F-FDTL.
Taur Matan Ruak referia-se à situação do major Alfredo Reinado, ex-comandante da Polícia Militar, que desertou com alguns dos seus homens em Maio de 2006 e que é acusado de crimes de homicídio, rebelião e posse ilegal de material de guerra.
"É um precedente mau", sublinhou o brigadeiro-general Taur Matan Ruak.
"Espero que todos aqueles que falam de justiça de boca cheia saibam o que isso representa", acrescentou.
O facto de Alfredo Reinado continuar a fugir à justiça, enquanto decorre em Díli o seu julgamento, "põe em causa toda a construção de um Estado de direito democrático", explicou Taur Matan Ruak à Lusa.
O cumprimento da sentença do tribunal está a provocar "desconforto" no seio das F-FDTL, afirmaram à Lusa assessores militares portugueses e australianos do Exército timorense.
O desagrado foi também admitido por altas-patentes das F-FDTL ouvidas pela Lusa, como o coronel Lere Anan Timor e o tenente-coronel Falur Rate Laek, que acompanhou o julgamento dos quatro militares condenados.
Sobre o anúncio do início do acatanomento dos peticionários das F-FDTL em Díli, nos próximos dias, o brigadeiro-general Taur Matan Ruak afirmou que os ex-militares "fazem bem".
"Já deviam ter feito. Mas não é tarde ainda", acrescentou.
"Espero que os peticionários aceitem a sua situação, que não foi criada por ninguém mas apenas por eles próprios".
"A nossa posição é que temos leis e regulamentos", adiantou.
A cerimónia de aniversário marcou a entrega de duas lanchas-patrulha às F-FDTL, oferecidas inicialmente por Portugal e recuperadas em 2007 em Surabaia, Indonésia.
A recuperação das duas lanchas custou 1,5 milhões de dólares norte-americanos, ao abrigo da cooperação militar de Portugal com Timor-Leste.
A entrega das lanchas ao abrigo da cooperação militar portuguesa será acompanhada em breve pelo treino operacional das tripulações, uma vez que metade dos 80 elementos da Componente Naval abandonaram a unidade durante a crise de 2006.
PRM.
Lusa/fim
O IDIOTA E A MOEDA
Conta-se que numa cidade do interior, um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia.
Um pobre coitado, de pouca inteligência, que vivia de pequenos biscates e esmolas.
Diariamente, eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 REIS e outra mais pequena, de 2000 REIS.
Ele escolhia sempre a maior, mas menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
Respondeu o tolo:
- Eu sei, ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar a minha moeda.
Podem-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa:
1) Quem parece idiota, nem sempre é.
2) Quem eram os verdadeiros idiotas da história?
3) Se fores ganancioso, acabas por estragar a tua fonte de rendimento.
Mas a conclusão mais interessante é:
A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim o que realmente somos.
"O maior prazer de um homem inteligente é armar-se em idiota, diante de um idiota que se arma em inteligente."
PROFSEMLUTA - MANIFESTO
PROFSEMLUTA é um movimento de professores independentemente de qualquer filiação organizacional (partidária ou sindical)
que contesta o Estatuto da Carreira Docente, o novo modelo de gestão escolar e o Decreto Regulamentar da avaliação de desempenho.
Já fez uma primeira reunião no sábado dia 12 de Janeiro em Caldas da Rainha.
Encontra-se agendada uma segunda reunião, sábado dia 09 de Fevereiro, nesta mesma cidade.
Se concordas com o MANIFESTO divulga-o o mais possível .
Para mais informações usa o seguinte e-mail profsemluta@hotmail.com
Os professores estão a atravessar o momento mais negro da sua vida profissional desde o 25 de Abril. Com um pacote legislativo concebido em sucessivas fases, começando pelo novo Estatuto da Carreira Docente e culminando com o novo modelo de gestão escolar, passando pelo Decreto Regulamentar da avaliação de desempenho, a actual equipa do Ministério da Educação desferiu um golpe profundo na imagem social dos professores, na sua identidade enquanto grupo profissional e nas condições materiais e simbólicas necessárias para que os mesmos se empenhem na qualidade do ensino. A um sentimento de enorme frustração soma-se hoje a insegurança quanto ao futuro profissional, uma insegurança decorrente de todos os mecanismos de fragilização da carreira e de instabilidade de emprego que o governo actual tem vindo a introduzir.
Torna-se agora cada vez mais evidente que os professores deste país foram as cobaias de um ataque aos direitos laborais, segundo uma receita de efeitos garantidos: uma campanha inicial de difamação orquestrada com a cumplicidade de uma comunicação social subserviente, que visou justificar, no plano retórico e propagandístico, a redução sistemática de direitos no plano jurídico. Hoje é também óbvio que este programa teve como objectivo essencial a quebra do estatuto salarial dos professores, que passaram a trabalhar mais pelo mesmo dinheiro, que viram a progressão na carreira arbitrariamente interrompida, e que foram, desse modo, uma das principais fontes drenadas pelo governo para satisfazer a sua obsessão de combate ao défice.
Hostilizados por uma opinião pública intoxicada e impreparada para reconhecer aos docentes a relevância da sua profissão, desprovidos dos meios legais e materiais que lhes permitiriam dignificar o seu trabalho, é com fatalismo, entremeado por uma revolta surda, que os professores deste país encaram hoje o futuro mais próximo. Muitos consideram o Estatuto da Carreira Docente como um facto consumado, procurando adaptar-se-lhe o melhor possível. No entanto, as piores consequências desse Estatuto só agora começarão a revelar-se, e há sinais de que a ofensiva do governo contra os professores e contra a escola pública não chegou ainda ao fim:
· Este ano vai ter início o processo de avaliação do desempenho, pautado pela burocratização extrema, por critérios arbitrários e insuficientemente justificados que poderão abrir a porta para acentuar o clima de divisão e a quebra de solidariedade entre os professores, para «ajustes de contas» adiados, para a perseguição aos profissionais que se desviem da ideologia pedagógica dominante, para a subordinação dos resultados dos alunos à demagogia ministerial do sucesso escolar compulsivo.
· O governo prepara-se para aprovar, sem discussão pública que mereça esse nome, um novo modelo de gestão escolar que se traduz pela redução ainda maior da democracia nos estabelecimentos de ensino, já antecipada ao nível do Estatuto da Carreira Docente, pela diminuição drástica da influência dos professores, atirados para uma posição subalterna nos órgãos directivos, pela sua subordinação a instâncias externas, muitas vezes movidas por interesses opostos ao rigor e à exigência do processo educativo.
· Finalmente, o governo tem também a intenção de suprimir as nomeações definitivas para a grande maioria dos funcionários públicos, iniciativa que terá particular incidência numa classe docente cuja garantia de emprego já está, em muitos casos, consideravelmente ameaçada.
Tudo isto deveria impor, desde já, a mobilização dos professores e o abandono de uma postura de resignação. Não há processos legislativos irreversíveis. Por outro lado, não podemos esperar por uma simples mudança de ciclo eleitoral ou de legislatura para que o ataque à nossa condição profissional seja invertido. Ninguém, a não sermos nós, poderá lutar pelos nossos direitos.
Por tudo isto, e para contrariar a atitude cabisbaixa que impera entre a classe docente, consideramos importante lançar um conjunto de iniciativas, algumas delas faseadas, outras que poderão ser desenvolvidas em paralelo. Assim, propomos:
- apoiar o movimento, que começa a surgir na blogosfera dedicada à nossa profissão, no sentido de se alargar o prazo de discussão do novo modelo de gestão escolar, e organizar nas escolas espaços de debate desse projecto-lei, tendo o cuidado de o situar no quadro mais geral dos constrangimentos legislativos a que hoje se encontra sujeita a nossa actividade profissional;
- promover, nas diferentes escolas e nos agrupamentos de escolas, a discussão sobre as condições de aplicação do Decreto que regulamenta a avaliação de desempenho dos professores, tendo em conta a necessidade de se fixar critérios mínimos de rigor e de justiça nessa avaliação, e considerando que, se a avaliação dos alunos tem sido objecto de muita elucubração teórica, as escolas se preparam para avaliar os docentes sem ponderarem devidamente as dificuldades científicas e deontológicas que semelhante processo suscita;
- encetar um processo de contestação do Estatuto da Carreira Docente nos tribunais portugueses e nas instâncias judiciais europeias, considerando que esse diploma atinge direitos que não são simplesmente corporativos, mas que constituem a base mínima da dignificação de qualquer actividade profissional.
- pressionar os sindicatos para que estes retomem os canais de comunicação com os professores e efectuem um trabalho de proximidade junto destes, o qual passa pela deslocação regular dos seus representantes às escolas a fim de auscultar directamente os professores e de discutir com eles as iniciativas a desenvolver;
- contactar jornalistas e opinion-makers que, em diferentes órgãos de comunicação, tenham mostrado compreensão pelas razões do descontentamento dos professores e apreensão perante o rumo do sistema de ensino em Portugal, no intuito de os incentivar a prosseguirem com a linha crítica das suas intervenções e de lhes fornecer informação sobre o que se passa nas escolas;
- propor políticas educativas que se possam constituir em defesa de uma escola pública de qualidade, que não seja encarada como simples depósito de crianças e de adolescentes e como fábrica de «sucesso escolar» estatístico, políticas capazes de fornecer alternativas para as orientações globais do Ministério da Educação e para as reformas mais gravosas que o mesmo introduziu na nossa profissão.
A janela
Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões. A sua cama estava junto da única janela do quarto.
O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas.
Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres, famílias, das suas casas, dos seus empregos, dos seus aero-modelos, onde tinham passado as férias.
E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que conseguia ver do lado de fora da janela. O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos deuma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a actividade e cor do mundo do lado de fora da janela.
A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris.
Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem e uma ténue vista da silhueta da cidade podia ser vislumbrada no horizonte.
Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava as pitorescas cenas. Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar: Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, conseguia vê-la eouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas.
Dias e semanas passaram. Uma manhã , a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida, o homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo.
Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca.
Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto.
Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela que dava, afinal, para uma parede de tijolo!
O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela.
A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. Talvez quisesse apenas dar-lhe coragem...
Moral da História:
Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas.
A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada.
Se te queres sentir rico, conta todas as coisas que tens que o dinheiro não pode comprar.
"O dia de hoje é uma dádiva, por isso é que o chamam de presente."
03/02/2008
Xanana Gusmão/Suharto
Díli, 27 Jan (Lusa)
- O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, recorda "um lado bom e um lado mau na passagem pela História" do ex-Presidente Suharto da Indonésia.
"Suharto teve um lado bom e um lado mau" como Presidente da Indonésia, declarou Xanana Gusmão à Agência Lusa.
O ex-comandante da resistência timorense recordou que o ex-ditador indonésio "foi o promotor do desenvolvimento de um grande país, de um país difícil".
"Não foi fácil desenvolver um país assim, que é o quinto país mais populoso do mundo", acrescentou Xanana Gusmão.
Por outro lado, "Suharto teve os seus lados fracos, sobretudo a violação dos direitos humanos, a ditadura e a corrupção", afirmou Xanana Gusmão à Lusa.
"Quando estive na prisão (de Cipinang, em Jacarta), eu costumava encontrar-me com jovens universitários indonésios e dizia-lhes que não podiam olhar apenas para o lado mau mas também para o lado bom para avaliar uma pessoa no fim da sua vida", sublinhou o ex-comandante da guerrilha timorense.
Xanana Gusmão, para quem Suharto "teve algum brilho em várias questões", coloca a ditadura indonésia no contexto da Guerra Fria.
"O relatório da Comissão de Acolhimento, Verdade e Reconciliação (CAVR) não refere apenas a culpa da Indonésia mas também a culpa de toda a comunidade internacional", explicou.
Xanana Gusmão nunca se encontrou com Suharto, que esteve no poder enre 1965 e 1998.
"Em 2001, fui ao Palácio de Sândalo (em Jacarta), mas Suharto estava doente e encontrei-me com uma das filhas", contou Xanana Gusmão.
"Eu transmiti à filha de Suharto que o importante para nós foi vencer a luta de libertação".
"A filha dele pediu a reconciliação com o povo de Timor e para compreendermos o contexto de reforma que se estava a processar na Indonésia", contou Xanana Gusmão à Lusa.
"Quando eu ganhei as eleições presidenciais (em 2001), Suharto mandou saudações", recorda também o actual primeiro-ministro timorense.
"Recordo-o como um agente histórico, um actor da História do Sudeste Asiático", disse ainda Xanana Gusmão à Lusa.
"Os políticos vendem a sua alma por lucro", escreveu Xanana Gusmão em 1995, na prisão de Cipinang, numa "Carta do Comandante" incluída, em 2005, num álbum exaustivo de fotografias e ensaios que assinalou os 50 anos da independência da Indonésia.
"Os líderes praticam o cinismo, uma política de duas caras cujo objectivo é não apenas a opressão do seu próprio povo mas, ainda pior, são cúmplices da opressão de outros", escreveu o prisioneiro Xanana Gusmão sobre a ditadura de Suharto.
"A verdadeira independência é o reconhecimento da liberdade dos outros", acrescentava a "carta", reproduzida no livro "Indonesia in the Soeharto Years".
Xanana Gusmão acrescenta, na mesma declaração, que "quando (o ex-primeiro-ministro australiano) Paul Keating se inclina perante o assassino Suharto, desce mais baixo do que (o ex-Presidente filipino) Fidel Ramos obedecendo às ordens de Ali Alatas", antigo chefe da diplomacia indonésia.
PRM.
Lusa/fim.
Xanana Gusmão assiste a funeral «para esquecer o passado»
Díli, 28 Jan (Lusa)
- O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, assiste hoje ao funeral do ex-ditador indonésio Suharto, que em 1975 ordenou a ocupação da antiga colónia portuguesa, durante a qual foram mortos cerca de 200.000 timorenses, anunciou fonte oficial.
O porta-voz do Governo, Agio Pereira, informou que Xanana Gusmão partiu na manhã de hoje de Díli com destino a Solo, Java Central, onde será enterrado Suharto, falecido no domingo, em Jacarta, aos 86 anos, após 23 dias de internamento hospitalar.
"A presença do nosso primeiro-ministro no funeral de Suharto significa que queremos esquecer o passado e encarar as futuras relações entre os dois países de uma maneira positiva", indica um comunicado oficial.
Agio Pereira sublinhou que Xanana Gusmão "irá ao funeral do ex-presidente como expressão de reconhecimento e gratidão do povo de Timor-Leste a Suharto por aquilo que fez de positivo no país durante os 24 anos de ocupação indonésia".
O porta-voz acrescentou que as tropas indonésias, sob a ditadura de Suharto, assassinaram muitos civis e independentistas nesse período, mas que as forças ocupantes também contribuíram para o desenvolvimento das infra-estruturas e recursos humanos de Timor.
A 17 de Janeiro, quando Suharto completava duas semanas de hospitalização, o Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, pediu aos timorenses que perdoassem o ex-ditador.
OM.
Lusa/fim.
In: http://clix.expresso.pt
Quanto cinismo!
A paz e o bem estar baseados em cinismo nunca serão verdadeiras.
Não acredito que é isso que o povo quer.
Perdoar até pode ser, mas pra isso existe Deus que certamente saberá tratar do assunto.
Ou os senhores Ramos Horta e Xanana Gusmão agora também se acham deuses?
"contribuiram para o desenvolvimento das infra-estruturas e recursos humanos de Timor", claro que sim, para os próprios indonésios usufruirem enquanto lá viveram, ocupando uma terra que não lhes pertencia, mas que destruiram quando sairam porque aquilo não era dos timorenses.
Esquecer a dor, a tortura, a morte de inocentes...nunca!
Esquecer será o mesmo que dizer que a luta do povo timorense foi em vão.
Esquecer será o mesmo que admitir que não se aprendeu a lição que acredito que o povo aprendeu.
Laumalai
Rei D. Carlos, "último" Rei de Portugal
"D. Carlos, sua vida e o regicidio. Como um homem nobre pode sucumbir à mais reles intriga, como um Chefe de Estado pôde ser morto na rua sem que até hoje se fizesse justiça ao seu nome..."disse JoseRey.
Tenho cá para mim que a resposta a esta pergunta está à vista de todos os que querem ver.
As atitudes governamentais de D. Carlos íam contra os interesses de muitos que viam a sua xulice ameaçada ou que queríam subir ao poder e tirar proveito em benefício próprio. Como só matando o Rei teríam a oportunidade de ter o que desejavam, foi o que fizeram.
E foi neste dia que Portugal se tornou mais pobre!
E foi neste dia que a corja entrou definitivamente para o poder,
para lá se manter até aos dias de hoje
e desgraçar o belo país que é Portugal!
Até nada mais restar senão uma terra empobrecida,
de gente entristecida...
Que tem no seu peito a eterna saudade
e a esperança de que um dia,
quem sabe,
um príncipe voltar
em seu cavalo branco,
para a salvar!
Laumalai