Mobilidade especial no Ensino
Professores incapacitados podem vir a integrar regime
O secretário de Estado da Educação diz que não é negociável, a proposta do governo, para colocar no regime de mobilidade especial da Função Pública, os professores incapacitados para dar aulas. O Governo estima que a medida venha a abranger entre dois mil e dois mil e 500 docentes, mas salvaguarda que esse será sempre um último recurso. Os sindicatos de professores contestam a proposta, considerando-a um erro e uma ilegalidade. A FENPROF diz mesmo que a ministra da Educação mentiu, no ano passado, no Parlamento.
Professores com incapacidade para o exercício de funções docentes, mas aptos para outras actividades passam para o regime de mobilidade da Função Pública. Ou seja, podem vir a ser colocados em qualquer ponto do país.
É o que consta do diploma do Ministério da Educação. Uma solução de fim de linha, diz a tutela, quando nenhum serviço da escola aceita esses professores e a Caixa Geral de Aposentações não os aposenta.
Licença sem vencimento pode ser uma solução
"Só no caso de nenhuma destas soluções ser possível e se o professor não optar por uma licença sem vencimento, é que haverá colocação no regime de mobilidade especial", lê-se no documento do ministério.
Regime que, garante o diploma, não se aplicará aos casos de doenças que obrigam a tratamentos na área de residência.
"As pessoas que tiverem doenças mais graves, designadamente do foro oncológico estão protegidas e não estão abrangidas por este regime", garante o secretário de Estado.
"Solução injusta"
Garantias que nem por isso levam os sindicatos a mudarem de ideias em relação a esta proposta. A FNE diz mesmo que é uma solução injusta para quem passou anos a servir o sistema educativo.
"Este é um desperdício de recursos humanos na educação”, sustentam os representantes dos professores.
"Desrespeito pelos professores"
A FENPROF entende a proposta como um desrespeito pelos professores.
"Isto é de facto a faceta mais desumana do governo a vir ao de cima", defende a federação.
De acordo com o ministério, serão à volta de dois mil e 500 os professores que poderão integrar o regime de mobilidade especial.
In: http://sic.sapo.pt/online/noticias
Muito havería para dizer (do tipo desabafar) sobre esta matéria. Mas perante tamanha agressividade, falta de respeito pelo ser humano e por uma profissão das mais desgastantes que existem mas que na maioria das vezes é abraçada por amor, pelos excelentes profissionais que temos no nosso país, fico realmente sem palavras!!!
Apenas quero acrescentar o seguinte: claro que há prevaricadores no ensino do mesmo modo que os há em todas as profissões, mas há muitos meios de saberem quem eles são. É de todo injusto quererem que pague "o justo pelo pecador". Se não têm capacidade para apanhar os infractores, saiam do poleiro e vão apanhar batatas!
Laumalai
Filmes - A História de uma Nação - TIMOR
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