15/10/2007

“Confio no Banco de Portugal para resolver esta situação no BCP”

Accionistas exigem saber em que condições foi dado crédito ao filho de Jardim Gonçalves, que resultou num prejuízo de 12 milhões.

Pedro Marques Pereira e Sílvia de Oliveira
Alguns dos principais accionistas do BCP não compreendem como foi possível aprovar um crédito acumulado de 12 milhões de euros a Filipe Jardim Gonçalves, filho do fundador do banco, e considerá-lo incobrável, aceitando assim a liquidação das empresas, em vez de se exigir a sua falência, um processo que prevê outro tipo de garantias aos credores e pode exigir a execução de bens pessoais dos gestores. Acham estranho que tenham sido concedidos montantes desta dimensão a negócios que, à partida, não exigiriam investimentos tão avultados, e ainda mais sem a prestação de garantias. Alguns, ontem contactados pelo Diário Económico, consideram ainda “ofensiva” a declaração de Jardim Gonçalves ao “Expresso” (que divulgou o caso), em que afirma não saber de nada: “As questões relacionadas com clientes não passaram nem passam por mim”. Em resumo, não acreditam que Filipe Pinhal, o actual CEO do banco, e Alípio Dias, outro administrador por quem o processo passou, não tivessem comunicado ao então presidente executivo do banco que se preparavam para dar como incobrável uma dívida de 12 milhões de euros ao seu próprio filho.
São estas questões que se preparam para colocar à gestão do banco nos próximos dias, antes de decidirem se avançam com processos judiciais. Esperam igualmente pelas reacções dos reguladores, o Banco de Portugal, que supervisiona o sector bancário, e a CMVM, que defende os accionistas.
“Estou incomodado com a situação e acredito que os orgãos competentes do BCP, bem como as autoridades de supervisão, em quem confio, como é o caso do Banco de Portugal, irão tomar as medidas necessárias para resolver a situação,” afirma João Pereira Coutinho. Também Joe Berardo reafirmou, em declarações ao Diário Económico, que considera esta situação “um escândalo”, admitindo seguir a via judicial.
Fontes de ambos os reguladores foram pouco claras sobre o que estes pensam fazer, referindo que apenas na segunda-feira irão abordar a questão com os seus gabinetes jurídicos. A actuação do Banco de Portugal, em princípio, deverá centrar-se na análise das condições em que os créditos foram concedidos e considerados extintos, por forma a verificar se houve ou não um tratamento de favor. Por sua vez, a CMVM diz não ter qualquer competência neste dossiê. A operação já foi reflectida nas contas do banco, tornadas públicas e os montantes em causa tão pouco configuram uma situação de dever de divulgação de informação privilegiada. São, por isso, os accionistas que podem exigir o apuramento de responsabilidades e, no limite, a devolução ao banco dos 12 milhões de euros.
A lei que proíbe a concessão de crédito a familiares directos dos administradores dos orgãos sociais diz no capítulo III, relativo a incompatibilidades, que “as instituições de crédito não podem conceder crédito, sob qualquer forma ou modalidade (...) aos membros dos seus órgãos de administração ou fiscalização, nem a sociedades ou outros entes colectivos por eles directa ou indirectamente dominados”. E explica: “Presume-se o carácter indirecto da concessão de crédito quando o beneficiário seja cônjuge, parente ou afim em 1.º grau de algum membro dos órgãos de administração ou fiscalização ou uma sociedade directa ou indirectamente dominada por alguma ou algumas daquelas pessoas”. Embora a lei tenha entrado em vigor apenas em 2002, a renovação de créditos, bem como a sua extinção, ocorreram posteriormente a essa data.
Este episódio vem a público numa semana em que a comissão do governo societário, o órgão encarregue por Jardim Gonçalves de liderar o processo de renovação dos estatutos do banco se prepara para iniciar uma ronda de conversas individuais com os principais accionistas do banco.

Um jovem empresário com pouco sucesso
Casado e com dois filhos, Filipe Vasconcelos Jardim Gonçalves, 37 anos, estreou-se no mundo dos negócios ainda estudante de gestão, um curso que acabou por não terminar. As sociedades que formou actuavam sobretudo nas áreas da restauração (dois restaurantes), turismo (uma agência de viagens) e distribuição de correio urgente (estafetas). Começou os seus negócios como muitos outros jovens empresários, mas os investimentos acabaram por correr mal. É um de cinco irmãos. Rodrigo é advogado no escritório que representou Filipe nas negociações com o banco. Jorge é administrador do banco Itaú em Portugal. Tem ainda duas irmãs, uma das quais casada com um irmão de Pedro Maria Teixeira Duarte, um dos principais accionistas do banco.

In: http://diarioeconomico.sapo.pt/

Eis mais um exemplo da máfia portuguesa!
E andam os portugueses a fazer sacrifícios! Só Deus sabe de quantas coisas essenciais têm que abdicar tantas vezes para conseguirem pagar as rendas das casas que "adquiriram" com empréstimos bancários.
Quando um português "vulgar" (tipo do zé povinho pobretão) tem um azar, como por exemplo, ficar no desemprego, fica com a cabeça a prémio sujeitando-se a perder tudo aquilo porque lutou (o que cada vez acontece mais) uma vida inteira e ainda fica com o nome "sujo" no Banco de Portugal.
Mas claro, esses senhores pertencem ao feudo e como tal não podem ser tratados como o zé povinho, por mais M**** que façam.
Afinal são eles que mandam em Portugal e no governo.
Afinal comem todos do mesmo tacho.
Afinal frequentam as mesmas festas, casas e clubes.
Afinal...
Como tal, há que proteger os amigos, especialmente aqueles que os ajudam a encher os bolsos.
O problema são os outros, igualmente mafiosos, mas que não são assim tão amigos, especialmente quando são os seus próprios bolsos a ser roubados(?).

E Viva Portugal!

Laumalai

Relatório da UE conclui que Timor não fraudou eleições

Dili, 10 out (Lusa)

- O processo eleitoral no Timor Leste "foi absolutamente confiável" e "nunca houve um plano B" para manipular os resultados, afirmou nesta quarta-feira o chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Européia (MOE-UE) à Agência Lusa.
Javier Pomés salientou a credibilidade das eleições presidenciais e legislativas de 2007 em Timor Leste, na ocasião em que regressou a Dili para apresentar o relatório final da MOE-UE.
"Se querem uma comparação, em Moçambique, em 2004, o resultado final foi a aceitação do processo com muitíssimos reparos" por parte da missão de observação européia, que Javier Pomés também chefiou.
"Eu, naquele momento, vi que havia um plano B tal que, se o partido que ganhou não tivesse ganhado, teria ganhado por sistemas diferentes", declarou Javier Pomés em entrevista à Lusa.
"Aqui em Timor Leste, atingiu-se um nível muito mais elevado", acrescentou o chefe da MOE-UE, que salientou ter notado apenas os últimos administradores distritais se deixavam levar por sentimentos políticos.
"São defeitos casuais e não havia um sistema generalizado de informática que permitisse um golpe legal", frisou o deputado ao Parlamento Europeu.
As acusações de manipulação e fraude se repetiram ao longo do processo eleitoral timorense, sobretudo nos dois turnos das eleições presidenciais, disputadas em 9 de abril e 9 de maio de 2007.
O relatório final da MOE-UE descarta essas acusações, mas recomenda que o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) seja independente do ministério da Administração Estatal, ficando preferencialmente sob o controle da Comissão Nacional de Eleições (CNE).
"À mulher de César não basta ser séria, tem de parecê-lo", comentou Javier Pomés sobre as acusações feitas pela oposição de controle político do STAE e de falta de apoio à CNE por parte do governo.
"Há que dar credibilidade ao processo e cuidar das formas", reiterou o observador da UE à Lusa. "CNE e STAE têm que ser independentes no seu financiamento e na capacidade de sancionar os partidos políticos que não cumpram o código de conduta", acrescentou.
"Recolhemos e analisamos queixas. Não julgamos cada uma das queixas", explicou Javier Pomés. "A conclusão que tiramos é que houve disfunções entre CNE e STAE que provocaram uma série de efeitos durante todo o processo e até a diminuição de certa credibilidade do sistema".
Segundo o observador, este problema pode ser evitado com a reforma da lei eleitoral, "que já está em curso com a criação de um grupo de trabalho pelo novo governo", conclui.

In: http://www.agencialusa.com.br

Filme australiano vai abordar massacre em Timor Leste

Lisboa, 01 Out (Lusa)
- O massacre de Balibó, ocorrido em 1975 no Timor Leste, vai ser retratado no cinema pelo cineasta australiano Robert Connoly. As filmagens devem começar no início de 2008.
Segundo a edição desta segunda-feira do diário Sidney Morning Herald, o papel principal será desempenhado pelo ator Anthony La Paglia, que interpretará Roger East, um jornalista assassinado em 1975, em Díli, quando investigava a morte dos cinco colegas de profissão, ocorrida cerca de um mês e meio antes.
Descrito como um intenso thriller político, "Balibó", como se intitula o filme, vai recriar os acontecimentos que cercaram a morte dos jornalistas Brian Peters, Greg Shackleton, Gary Cunningham, Malcolm Rennie e Tony Stewart.
Os cinco jornalistas morreram em 16 de outubro de 1975, durante uma reportagem próxima da fronteira com a Indonésia, no início da invasão das tropas e milícias de Jacarta ao território timorense.
Passados mais de 30, existem ainda muitas dúvidas sobre as circunstâncias que rodearam as suas mortes, com versões contraditórias.
Um relatório independente da ONU, elaborado em 2006, concluiu que "provavelmente" os cinco jornalistas - dois australianos, dois britânicos e um neozelandês - foram mortos pelos soldados indonésios.Apesar disso, Jacarta nega as acusações e tem insistido na idéia de que os jornalistas foram mortos num fogo cruzado entre as tropas indonésias e milícias timorenses.

Histórico

A morte de Roger East é a menos conhecida entre os jornalistas e aconteceu em 8 de dezembro de 1975, quando o repórter da Australian Associated Press (AAP), então com 51 anos, se encontrava em Díli investigando a morte dos seus colegas. O repórter acabou capturado pelas tropas indonésias, que o executaram em público.
Dias após a notícia da morte dos cinco colegas, East chegou a Díli, onde foi acompanhado pelos jornalistas Michael Richardson, do australiano The Age, e de Jill Jolliffe, free-lance australiana que trabalhava para a Reuters.
Segundo relatos da imprensa então publicados, quando se tornou claro que a invasão indonésia era iminente, Richardson e Jolliffe decidiram abandonar Díli e regressaram em conjunto com os representantes da Cruz Vermelha para Darwin (Austrália), mas Roger East optou por ficar na capital timorense.
Ainda segundo os mesmos relatos, East planejava seguir para as montanhas para acompanhar a retirada da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), mas acabou capturado pelo exército indonésio.
De acordo com testemunhas, o jornalista foi levado para junto de outros prisioneiros e executado por um pelotão de fuzilamento em frente ao porto da capital timorense.
Alguns relatos dizem ainda que Roger East tentou enviar uma última notícia a partir do Centro da Marconi no aeroporto de Díli, quando começaram a aterrissar os pára-quedistas indonésios.
A Indonésia invadiu a antiga colônia portuguesa em 1975, administrando-a até 1999. Neste ano, um plebiscito resultou numa votação esmagadora a favor da independência do território, que se concretizaria em 2002.

Produção

Segundo o jornal Sidney Morning Herald, será a primeira participação do ator Anthony La Paglia num filme australiano desde 2001, quando apareceu em "Lantana", interpretação que lhe valeu o prêmio de melhor ator no "AFI Awards", da Austrália.
La Paglia vai interromper o programa "Without a Trace", na TV norte-americana, para desempenhar o papel de Roger East.
O argumento de "Balibó", baseado no livro "Cover UP - The Inside story of the Balibó Five", de Jill Jolliffe, foi redigido conjuntamente por David Williamson e Robert Connely, que vai dirigir também o filme produzido pela Film Finance Corporation.

In: http://www.agencialusa.com.br

Presidente do Timor reafirma português como língua oficial

Díli, 21 Set (Lusa)

- O português e o tétum continuarão sendo as línguas oficiais do Timor Leste, reafirmou nesta sexta-feira à Agência Lusa o presidente timorense, José Ramos Horta, defendendo, porém, o "reequacionamento dos métodos de ensino", que suscitou críticas da oposição.

"Não há alteração na política fundamental estabelecida na Constituição da República de termos duas línguas oficiais, português e tétum", declarou Ramos Horta, em entrevista à Lusa.

"O português avançou muito nestes anos, com crianças aprendendo em português", observou o chefe de Estado, que sugere, "talvez no próximo ano", a realização de um "seminário de especialistas para equacionar melhores métodos de ensino".

Para o presidente do Timor Leste, "o português é extremamente importante para a identidade do país, mas a Constituição sempre falou em duas línguas de trabalho, o bahasa [indonésio] e o inglês".

Na semana passada, à margem da apresentação do programa do governo no Parlamento timorense, o presidente da Fretilin, Francisco Guterres "Lu Olo", criticou a intenção de reequacionar as línguas oficiais e colocou em causa a utilidade dos 60 milhões de euros disponibilizados por Portugal para projetos de cooperação, que incluem o ensino da língua portuguesa.

"Sem retirar ao tétum e ao português o estatuto privilegiado de línguas oficiais, vamos ver como podemos manter o bahasa indonésio, porque temos um vizinho de 250 milhões de habitantes e há muitos milhares de timorenses que falam bahasa e vão continuar a estudar na Indonésia", afirmou José Ramos Horta, Nobel da Paz em 1996.

É também intenção da liderança timorense investir no inglês, "que representa o acesso à ciência e à tecnologia", acrescentou o presidente.

O programa de governo, aprovado sábado passado no Parlamento, contém uma alínea que propõe "o reequacionamento da problemática da língua oficial de ensino e do ensino de outras línguas, incluindo as línguas nacionais, o inglês e/ou o indonésio, como línguas de trabalho".

Tanto o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, como o ministro da Educação, João Câncio, declararam que este enunciado não pretende abrir as portas à revisão do artigo 2º da Constituição, mas insistem em mudanças nos métodos e condições em que a Língua Portuguesa é ensinada nas escolas timorenses.

Em declarações à Lusa na semana passada, em reação às críticas da Fretilin, o vic-chanceler português, João Gomes Cravinho, responsável pela área de cooperação do Ministério da Relações Exteriores, afirmou não ter "qualquer indicação" de que a língua portuguesa estivesse sendo repensada no Timor Leste.

Cravinho disse que nas conversas que manteve no início deste mês com o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, durante a visita ao Timor Leste, "houve concordância quanto à necessidade de reforçar o apoio à língua portuguesa".

In:http://www.agencialusa.com.br

Timor Leste quer despartidarizar e profissionalizar petróleo

Díli, 22 Set (Lusa)

- O governo do Timor Leste pretende profissionalizar e "retirar o setor petrolífero da alçada dos partidos" como parte de uma "reforma imediata" apresentada pelo vice-ministro timorense de Recursos Naturais, Alfredo Pires.

"Os funcionários devem escolher entre o petróleo e os partidos", disse Pires, durante um debate promovido na quinta-feira pela organização não-governamental timorense La'o Hamutuk.

"As pessoas do setor petrolífero não podem estar envolvidas na política partidária", afirmou o secretário de Estado de Recursos Naturais, ressaltando que é objetivo do governo que, "se um novo partido chegar ao poder em 2012, não remova ninguém".

De acordo com Alfredo Pires, "os objetivos são produzir receitas para o Estado e melhorar os recursos humanos". "A agência reguladora e a Companhia Petrolífera Nacional têm que ser profissionais".

Entre as propostas do vice-ministro estão o esforço para trazer o gasoduto do campo Sunrise no Mar de Timor para a costa sul. A outra opção estudada é que o gasoduto passe no litoral norte da Austrália, junto a Darwin.

O governo também tem como intenção procurar "clientes para o gás natural" e descobrir "outros campos de gás, como o Abadi, na Indonésia", operado pela companhia japonesa Inpex.

Em relação ao Tratado sobre Arranjos Marítimos no Mar de Timor (CMATS), ratificado no início do ano, o Executivo timorense pretende que o Plano de Desenvolvimento do campo Sunrise esteja pronto em seis anos e a produção comece no máximo em dez anos, "ou o CMATS pode ser cancelado por qualquer das partes".

Capacitação

Constatando o déficit em recursos humanos do setor, o governo afirma necessitar de uma centena de profissionais licenciados, "que serão escolhidos mediante um concurso competitivo".

Atualmente existem 20 licenciados no país, 80 em formação na Indonésia e outros dez na Austrália e outros países, afirma o vice-ministro, anunciando que "30% das bolsas irão para mulheres".

Segundo Alfredo Pires, as exportações anuais do setor não-petrolífero não totalizam mais do que US$ 8 milhões (R$ 14,9 milhões), enquanto as importações chegam a US$ 200 milhões (R$ 374 milhões).

Ao promoverem o debate sobre o setor petrolífero, o secretário de Estado e a La'o Hamutuk recordaram que "as experiências de outros países nos ensinam que o setor oferece muitas promessas e muitos riscos".


In: http://www.agencialusa.com.br

Aboriginal dreamtime

Colours of Uluru - at sunset and sunrise

14/10/2007

Aborigenes australianos - Didgeridoo

haka by New Zealand All Black

Haka - grito de guerra no rugby.

gingerbread haka

Não resisti às bolachas! LOL

Maori Haka - New Zealand

Kecak - Balinese Monkey Chant

Usualmente dançada por grupos de cento e cinquenta homens que cantam em coro como macacos - esta é a dança dos macacos - tem origem num poema épico, na Índia do século XIII.
Conta a história que enquanto Sitar, a mulher do rei macaco Roman dançava no meio do templo, foi raptada pelo demónio gigante Ravana.
Hanoman, princípe dos macacos foi em seu socorro e salvou-a.
Quando o rei Roman tomou conhecimento do que se passou foi enfrentar o demónio...

Timor - Nico V

IIla Timor Nia Orasaun (The Prayer of Timor island)

Timor Lalatak

13/10/2007

Manifesto Animal


Por favor, visite o site abaixo e faça alguma coisa para ajudar a proteger os animais de companhia e a proibir as touradas, os circos com animais, a produção e o comércio de pêlo e outras actividades de violentação de animais em Portugal.


Uma vitória legislativa pioneira para os animais em Portugal está ao nosso alcance, mas precisamos do seu apoio para a conseguir :: Por favor, apoie e assine o “Manifesto ANIMAL”, Pelo Fim dos Crimes Sem Castigo.


Computadores na escola por Francisco José Viegas, Escritor

JN - 17/09/2007

Uma das grandes apostas deste Governo em matéria de Educação é a entrega de computadores nas escolas. Uma série comovente de reportagens televisivas e fotográficas mostra o primeiro-ministro e a ministra da Educação entregando portáteis a escolas igualmente comovidas e agradecidas. A generalidade das pessoas acredita, piamente e cheia de boa-fé, que este é um passo decisivo para a melhoria do aproveitamento escolar e para que o país mostre níveis superiores de rendimento científico.

Longe de mim criticar a iniciativa. O conhecimento da rede (net), o seu manuseamento, o trabalho de pesquisa, o incentivo à partilha de informação constituem valores modernos e essenciais - e, certamente, um passo para a democratização do acesso à informação. Simplesmente, ao mesmo tempo que os computadores são entregues nas escolas, ao mesmo tempo que a sua vulgarização é apadrinhada pelo próprio Ministério da Educação, é necessário criar alguns mecanismos de defesa. E uma série de aversativas não é prejudicial; convém estarmos avisados.

Suponho que qualquer um tem o direito de duvidar sobre o argumentário novitecnológico que está a ser usado. Por exemplo, aquele que dizia "às vezes os professores desenhavam um losango e não se percebia muito bem, porque não tinha jeito para o desenho; agora, com computador, está tudo resolvido".

Deixamos de usar a mão, de apreender "o processo", de esperar pelo desenho - tudo aparece no computador; é uma gravíssima perda antropológica.

Como já deixámos de convencer os meninos a estudar a tabuada e a exercitar a memória. É hoje frequente ver alunos do 9.º ano de escolaridade incapazes de efectuar operações matemáticas simples sem o apoio de calculadoras - somar, multiplicar, dividir, subtrair.

Há uma excessiva preocupação com "o aspecto que as coisas têm" e a facilidade com que se estuda. Pode haver erros de percurso sérios se não mostramos que "o aspecto que as coisas têm" é resultado de um longo processo de maturação e de experiência, de tentativas e de erros; da mesma forma, estudar não é fácil - implica participar nesse processo de tentativas, erros, sacrifícios (não ir ao cinema para ficar a praticar equações), coisas absurdas (decorar fórmulas essenciais, como a tabuada, os elementos químicos, as declinações - ou seja, as ferramentas). Ou seja, pode haver recompensas. Recompensas imediatas, por que não? Mas a recompensa pode ultrapassar a dimensão de prazer puro - pode significar que se ultrapassou um ritual de iniciação (ao conhecimento dos números, da métrica ou das dinastias).

Grande parte destas guerras estão perdidas (por exemplo, a utilização de calculadoras no Básico, onde fazer cópias, ditados e decorar a tabuada é crime). Por isso, a fase seguinte, a utilização de computadores portáteis para os trabalhos escolares deve, simplesmente, ser acautelada.

1) A net fornece o melhor e o pior, o erro e o verdadeiro, o complexo e o lugar-comum; ver multidões de alunos a plagiar a Wikipédia e dados incorrectos dos blogues não me parece um avanço.

2) A pesquisa na net substitui, para todos eles, a frequência dos livros e das bibliotecas, bem como a leitura dos textos originais;

3) A proximidade entre a "pesquisa" na net e o mundo lúdico e desviante da Internet pode constituir um perigo fatal é como procurar dados sobre "estudo do meio" e, ao mesmo tempo, entrar no msn.

4) A promiscuidade entre aquilo que é trabalho e aquilo que é jogo e divertimento acaba por prejudicar, naturalmente, o que é trabalho.

5) É fácil plagiar na Internet; a maior parte dos trabalhos escolares que eu vi não passa de um conjunto de cópias descaradas de patetices, e os professores vão perder muito do seu tempo a detectar esses plágios (eu sei que basta o Google...).


Seria interessante ouvir os professores. Eles sabem mais do que os "técnicos de educação".

11/10/2007

ANEDOTA - Orgulho de Pai

Quatro amigos encontraram-se numa festa, após trinta anos sem se verem.
Uns copos daqui, conversa de lá e de cá até que um deles resolve ir à casa de banho. Os que ficaram, começam a falar sobre os filhos.
O primeiro diz:- O meu filho é o meu orgulho. Ele começou a trabalhar como paquete numa empresa, estudou, formou-se em Administração, foi promovido a gerente da empresa, e hoje ele é o Presidente. Ele ficou tão rico, tão rico, que no aniversário de um amigo ele deu-lhe um Mercedes novinho.
O outro disse:- Que maravilha! Mas o meu filho também é motivo de orgulho. Ele começou a trabalhar a entregar passagens. Estudou e tornou-se piloto.Foi trabalhar numa grande companhia aérea. Resolveu entrar de sociedade da empresa, e hoje ele é o dono! Ele ficou tão rico que no aniversário de um amigo ele deu-lhe um 737 de presente!
O terceiro falou:- Estão ambos de parabéns! Mas o meu filho também ficou muito rico. Ele estudou, formou-se em engenharia, abriu uma construtora e deu-se tão bem que ficou milionário. Ele também deu um presente para um amigo que fez anos há pouco tempo. Ele construiu-lhe uma casa de 500 m2!
O quarto amigo que entretanto chega da casa de banho, perguntou:-Qual é o assunto?-Estamos a falar do orgulho que temos dos nossos filhos. E o seu? Oque é que ele faz?
- Meu filho é 'gay', ganha a vida fazendo programas.
E os amigos disseram:- Fogo, que decepção!
E ele respondeu:- Qual quê, ele é o meu orgulho, é um grande sortudo. Sabem que no último aniversário, ele recebeu uma casa com 500 m2, um avião 737 e um Mercedes, tudo presentes de 3 'bichonas' que ele anda a 'comer'.

ANEDOTA

Apesar de não se ler muito bem, não consegui resistir. LOL
Laumalai

10/10/2007

Professores incapacitados em mobilidade especial
2007/10/09 21:47

Se lhes for negada a colocação onde querem ou a aposentação

Mais informações em: http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=863939&div_id=291
e http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=833168&div_id=291

Setúbal: ME espera ter verbas para recuperar rede escolar

Director Regional de Educação de Lisboa, José Joaquim Leitão, revelou hoje que o Orçamento de Estado para 2008 deverá prever um conjunto de investimentos para recuperar «situações de défice e degradação de equipamentos escolares da Península de Setúbal».
«Estamos a desenvolver um programa de recuperação da situação de défice e degradação de alguns equipamentos escolares que deverá contemplar a construção de uma nova Escola Básica Integrada (EBI) na Quinta do Conde (Sesimbra), a substituição da Escola Secundária da Bela Vista (Setúbal) e de uma EBI no Seixal, para responder às necessidades da rede naquele concelho, onde se tem verificado um aumento constante da população», disse à Lusa José Joaquim Leitão.
«São obras relativamente às quais têm estado a ser feitos todos os trabalhos prévios e para as quais esperamos ter dotações orçamentais suficientes no PIDDAC (Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) para 2008», acrescentou o Director Regional de Educação de Lisboa.


In: http://diariodigital.sapo.pt/

Atenção professores de Setúbal: poderão vir a ter obras no próximo ano, mas só se se portarem bem, pois as palavras "espera" e "deverão" ainda não dão certezas de nada.
De qualquer modo apenas algumas escolas mais degradadas vão ser contempladas, o que quer dizer que nas restantes se vai continuar a passar frio no Inverno, calor no Verão, que várias irão continuar a não ter ginásios, salas com boas condições de trabalho, laboratórios condignos para ensinar as disciplinas das áreas de ciências, ... mas que importa isso se temos computadores novos e sistemas de cartões electrónicos para entrada na escola (e têm o descaramento de pedir aos professores que os comprem para poderem usufruir dos serviços da escola - tipo pagar para ir trabalhar?!) ...né?!

Laumalai

Mais um ataque aos professores deste país chamado Portugal

Mobilidade especial no Ensino

Professores incapacitados podem vir a integrar regime

O secretário de Estado da Educação diz que não é negociável, a proposta do governo, para colocar no regime de mobilidade especial da Função Pública, os professores incapacitados para dar aulas. O Governo estima que a medida venha a abranger entre dois mil e dois mil e 500 docentes, mas salvaguarda que esse será sempre um último recurso. Os sindicatos de professores contestam a proposta, considerando-a um erro e uma ilegalidade. A FENPROF diz mesmo que a ministra da Educação mentiu, no ano passado, no Parlamento.

Professores com incapacidade para o exercício de funções docentes, mas aptos para outras actividades passam para o regime de mobilidade da Função Pública. Ou seja, podem vir a ser colocados em qualquer ponto do país.

É o que consta do diploma do Ministério da Educação. Uma solução de fim de linha, diz a tutela, quando nenhum serviço da escola aceita esses professores e a Caixa Geral de Aposentações não os aposenta.

Licença sem vencimento pode ser uma solução

"Só no caso de nenhuma destas soluções ser possível e se o professor não optar por uma licença sem vencimento, é que haverá colocação no regime de mobilidade especial", lê-se no documento do ministério.

Regime que, garante o diploma, não se aplicará aos casos de doenças que obrigam a tratamentos na área de residência.

"As pessoas que tiverem doenças mais graves, designadamente do foro oncológico estão protegidas e não estão abrangidas por este regime", garante o secretário de Estado.

"Solução injusta"

Garantias que nem por isso levam os sindicatos a mudarem de ideias em relação a esta proposta. A FNE diz mesmo que é uma solução injusta para quem passou anos a servir o sistema educativo.

"Este é um desperdício de recursos humanos na educação”, sustentam os representantes dos professores.

"Desrespeito pelos professores"

A FENPROF entende a proposta como um desrespeito pelos professores.

"Isto é de facto a faceta mais desumana do governo a vir ao de cima", defende a federação.

De acordo com o ministério, serão à volta de dois mil e 500 os professores que poderão integrar o regime de mobilidade especial.


In: http://sic.sapo.pt/online/noticias

Muito havería para dizer (do tipo desabafar) sobre esta matéria. Mas perante tamanha agressividade, falta de respeito pelo ser humano e por uma profissão das mais desgastantes que existem mas que na maioria das vezes é abraçada por amor, pelos excelentes profissionais que temos no nosso país, fico realmente sem palavras!!!
Apenas quero acrescentar o seguinte: claro que há prevaricadores no ensino do mesmo modo que os há em todas as profissões, mas há muitos meios de saberem quem eles são. É de todo injusto quererem que pague "o justo pelo pecador". Se não têm capacidade para apanhar os infractores, saiam do poleiro e vão apanhar batatas!

Laumalai

Emma Shapplin - Discovering Yourself

Emma Shapplin - Cuor Senza Sangue

Emma Shapplin - La Notte Etterna

07/10/2007

Imagine - John Lennon

Uma das mais espectaculares músicas de sempre, composta por um dos maiores musicos do mundo/activista pela paz.
Esta é uma música que ultrapassa os tempos sendo ao mesmo tempo um hino de paz.

Seal - Don't Cry

Seal - Kiss from a Rose (Batman Forever Version)

Ben Harper - Blessed To Be A Witness

Ben Harper "Morning Yearning"

Anedota - Serviço secreto eficiente (excelente)‏

George Bush vai a um colégio de ensino fundamental para falar sobre a guerra.
Após o seu discurso, ele diz às crianças que lhe podem perguntar qualquer coisa.


Um menino levanta a mão.
Bush pergunta-lhe o nome:

- Meu nome é Bob.

- E qual é a sua pergunta, Bob?
- Tenho 3 perguntas.
Primeira: Por que os EUA invadiram o Iraque sem o apoio da ONU?
Segunda: Por que o senhor é presidente se Al Gore teve mais votos que o senhor?
Terceira: O que aconteceu com Bin Laden?

Quando Bush se preparava para responder a pergunta, o sinal do recreio tocou.
Bush disse às crianças que continuariam depois do recreio.

Quando acaba o recreio, Bush pergunta:- Onde estávamos? Ah, sim! Estávamos nas perguntas. Alguém quer perguntar-me alguma coisa?
Outro menino levanta a mão.

George pergunta-lhe como se chama:
- Steve

- E qual é a sua pergunta, Steve?
-Tenho 5 perguntas:
Primeira: Por que os EUA invadiram o Iraque sem o apoio da ONU?
Segunda: Por que o senhor é presidente se Al Gore teve mais votos que o senhor?
Terceira: O que aconteceu com Bin Laden?
Quarta: porque o sinal do recreio tocou 20 minutos antes?
E quinta: Onde está o BOB?
Para quem gosta de viajar e não tem possibilidades para isso ou para quem quer viajar e conhecer melhor os países para onde vai... aqui vai este link onde poderão fazer viagens virtuais a vários países do Mundo.
Muito interessante.

http://www.alovelyworld.com/index2.html


Um abraço
Laumalai

06/10/2007

A FORMIGA, O MARIMBONDO e OUTROS BICHOS

Onde é que eu já vi isto?!


Todos os dias, a formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. Era produtiva e feliz.
O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga. Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefónicas.
O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida. Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!
O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava.
O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial.A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima. Mas, o marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía: "há muita gente nesta empresa".
E adivinhem quem o marimbondo mandou demitir?
A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida.

05/10/2007

Bocage - Elmano Sadino


Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão de altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno; (...)

Assim se via Manuel Maria Barbosa du Bocage, considerado por muitos o maior poeta português do século XVIII.

Filho de um advogado e de uma francesa, Bocage nasceu em Setúbal, no número 12 da Rua Edmond Bartissol, a 15 de Setembro de 1765.

Desde muito cedo que levou uma vida atribulada, assentando praça aos 14 anos de idade e ingressando na Academia Real da Marinha aos 15. Os anos seguintes dividiu-os pelo estudo e pela vida boémia das cidades.

Na sua época, Portugal enfrentava tempos difíceis. A economia era frágil, o ouro do Brasil começava a escassear e o que vinha para o país era todo conduzido para a luxúria da Corte, o erário público era gasto com as despesas da marinha e do exército, as reformas do Marquês de Pombal não eram respeitadas e o povo passava fome.

Simultaneamente, em França, os tempos eram de mudança e revolta. Luís XIV e Maria Antonieta haviam sido decapitados por altura da revolução de 1789 e espalhavam-se pela Europa os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Em Portugal, os cafés, principalmente os de Lisboa, eram pontos privilegiados de debates políticos e encontros de subversão contra o Governo.

D. Maria I enlouquecera e foi o Intendente Diogo Inácio de Pina Manique quem assumira o poder, instaurando um regime totalitário e repressivo, agravando, ainda mais, a conjuntura.

Depois do regresso a Portugal, em 1790, vindo de uma passagem agitada pelo Oriente, Bocage levou, durante uma década, uma vida de boémio em Lisboa, onde, por exemplo no Botequim das Parras ou no Café Nicola, marcou presença quase todas as noites, juntando admiradores e criando grandes amizades, devido ao carisma e às críticas que ia rubricando contra o despotismo de Pina Manique, sobre os vários problemas do país e ausência dos direitos humanos, hoje em dia, considerados elementares.

Personalidades do regime, classes sociais e clero também não escaparam à visão crítica e audaz do escritor, que, por essa altura, já se apelidava de Elmano Sadino, anagrama adquirido quando aderiu à Nova Arcádia, onde foi protegido, durante algum tempo, por Filinto Elísio e pela marquesa de Alorna.

Naturalmente que o espírito livre, rebelde e contestatário de Bocage entrou de forma irremediável em conflito com a autoridade, sendo, em 1797, preso por “desbragamento de costumes e livre pensamento”.

A Inquisição condenou-o a receber doutrina pelos oratorianos, no mosteiro de S. Bento. Quando terminou a pena, era um homem diferente, passando a trabalhar, vivendo em dificuldades e a sustentar uma irmã.

Apesar de ter pertencido formalmente a uma escola poética neoclássica, Elmano Sadino era já um pré-romântico por temperamento, lamentando-se do destino e da infelicidade e lutando contra as violentas contradições existenciais típicas dos autores românticos.

Do erotismo ao brejeirismo, da crítica construtiva ao escárnio, Bocage escreveu, até à morte, em 21 de Dezembro de 1805, em Lisboa, de tudo e sobre tudo, sendo, por isso, alvo de censura durante toda a vida, tendo visto muitos versos cortados, largamente alterados ou simplesmente omitidos e publicados apenas a título póstumo.

"A Água", de Manuel Maria Barbosa du Bocage

"A Água"

Meus senhores eu sou a água
que lava a cara, que lava os olhos
que lava a rata e os entrefolhos
que lava a nabiça e os agriões
que lava a piça e os colhões
que lava as damas e o que está vago
pois lava as mamas e por onde cago.


Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete
que lava o chibo mesmo da raspa
tira o cheiro a bacalhau rasca
que bebe o homem, que bebe o cão
que lava a cona e o berbigão.


Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas
que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho
e que lava as guelras ao caralho


Meus senhores aqui está a água
que rega rosas e manjericos
que lava o bidé, que lava penicos
tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber ás fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche e
lava a boca depois de um broche.

The Smiling Fish (Taiwan) - melhor curta metragem no festival de Berlim

Fantástico!

Por vezes, a simplicidade de uma pessoa, encobre os dotes que possui!

Observem a humildade deste homem, perante tamanha descredibilidade...

Afinal às vezes os princípes aparecem vestidos de sapos!

É de ver, rever e voltar a ver!