21/04/2008

Isto é o cúmulo! Quase fiquei mesmo sem palavras.
1º - A mal escrita, descarada e tendenciosa entrevista é apenas uma demonstração de algum mau jornalismo que se pratica por aí.
2º- Esta senhora não conhece mesmo a realidade das nossas escolas e do ensino no nosso país.
Fala da divisão da carreira como tendo sido um enorme feito, quando na realidade, em grande parte dos casos esta foi uma das maiores aberrações.
Fala dos resultados do relatório PISA apenas para o que lhe convém.
Fala da violência nas escolas como se de um mal menor se tratasse, não reconhecendo as inúmeras situações de Bulliyng que se vivem no dia-a-dia escolar.
Sobrevaloriza os resultados dos exames, esquecendo que, pelo menos no ensino básico a avaliação é continua, tendo por isso em conta muitos outros parâmetros além dos conhecimentos e que muitos alunos não teriam hipótese de passar de ano se apenas se tivesse em conta o exame.
Não sabe que muitos alunos transitam ano após ano, sem saber ler ou fazer operações matemáticas simples.
Não sabe que grande parte do tempo de aula é gasto pelo professor a chamar à atenção dos alunos para os seus comportamentos inadequados, que prejudicam o funcionamento das aulas e consequentemente a aprendizagem de todos.
...
Apesar de todas as habilitações que mostra no seu curriculum, demonstra uma enorme teimosia que lhe abafa a inteligencia, cegando-a e não a deixando entender/ver o que está claramente à vista de todos.
Ou será que vê e está a fazer um jogo sujo, que tresanda de tão pobre que já está.
3º- Fala da avaliação dos professores como se ela nunca tivesse existido.
Vale a pena ler na revista "o boletim dos professores" do mês de Abril, que é editada pelo ME, na página 8, a última frase da resposta à pergunta "Como era o anterior sistema de avaliação?", onde está escrito "... Para ter uma nota superior, era necessário que o docente requeresse a apreciação desse relatório por uma comissão de avaliação. De qualquer forma, essa classificação não tinha nenhum efeito, uma vez que todos os professores, mesmo os que não faziam relatórios ou não davam aulas, progrediam na carreira."
A senhora não sabe que todos os relatórios eram apreciados por uma comissão de avaliação de docentes constituida por elementos do Conselho Pedagógico?
A senhora não sabe que, caso os professores não fizessem os relatórios, ou não tivessem os comprovativos do número de créditos necessários (conseguidos apenas com a frequência de acções de formação) ou ainda se nesses relatórios existissem irregularidades...o professor não progredia na carreira?
Que mais não sabe a senhora ministra sobre o funcionamento do seu ministério?!
Claro que muito mais haveria para dizer, mas o texto já vai longo.

Boa semana de trabalho.
Um abraço
Laumalai

1 comentário:

Anónimo disse...

A convergência dos objectivos entre Mari Alkatiri e Alfredo Reinado foi uma estratégia falhada
Por: António Ramos Naikoli*



http://forum-haksesuk.blogspot.com/2008/04/convergncia-dos-objectivos-entre-mari.html