Filmes - A História de uma Nação - TIMOR
25/05/2010
23/05/2010
Poema para minha mãe II
Mãe querida, mãe amada,
à nossa ilha voltei,
de tanto que me contaste,
é exactamente como pensei.
Os problemas por lá continuam,
a pobreza, alguma dor e tristeza,
mas agora o Sol brilha mais forte
no explendor da sua beleza.
Senti-me a voltar para casa,
e a emoção foi enorme,
como se passados tantos anos,
estivesse finalmente,
a saciar a minha fome.
Tal como tu, minha mãe,
lá nasceu o meu rebento.
É menino, o teu neto!
É um anjo dado por Deus,
para me dar forças e alento.
De lá tive que partir
Voltar para casa, dizem!
Ao meu coração voltou a tristeza,
e novamente a incerteza.
Já não suporto o clima, o trabalho, a política...
E quanto mais coisas já não suporto...
As saudades apertam-me o coração!
Só penso em voltar para a minha Nação.
Não sei quando será possível,
concretizar o meu sonho,
mas sei onde pertenço e quem sou.
Sei onde quero estar,
e sei para onde vou!
Laumalai
20-05-2010
Mãe querida, mãe amada,
à nossa ilha voltei,
de tanto que me contaste,
é exactamente como pensei.
Os problemas por lá continuam,
a pobreza, alguma dor e tristeza,
mas agora o Sol brilha mais forte
no explendor da sua beleza.
Senti-me a voltar para casa,
e a emoção foi enorme,
como se passados tantos anos,
estivesse finalmente,
a saciar a minha fome.
Tal como tu, minha mãe,
lá nasceu o meu rebento.
É menino, o teu neto!
É um anjo dado por Deus,
para me dar forças e alento.
De lá tive que partir
Voltar para casa, dizem!
Ao meu coração voltou a tristeza,
e novamente a incerteza.
Já não suporto o clima, o trabalho, a política...
E quanto mais coisas já não suporto...
As saudades apertam-me o coração!
Só penso em voltar para a minha Nação.
Não sei quando será possível,
concretizar o meu sonho,
mas sei onde pertenço e quem sou.
Sei onde quero estar,
e sei para onde vou!
Laumalai
20-05-2010
Poema para minha mãe
Dedicado a minha mãe que partiu juntamente com o passado triste, deixando a esperança de um futuro de paz, amor e liberdade para a sua ilha amada – Timor.
Eras jovem e bela
Quando verdadeiramente te apaixonaste.
Lutaste por esse amor,
Com ele ficaste,
Com ele viveste, te torturaste
E com ele viajaste.
Lá longe,
Na ilha que tanto amaste,
Do teu amor nasceu um fruto.
Menina, a tua menina,
A quem te dedicaste,
Criaste, educaste…
A vida dá voltas, dizem…
E da terra amada partiste,
Levando a tua menina
De pele branca e alma nativa…
Desde sempre o sentiste…
E por isso lhe transmitiste
O amor, conhecimento e informação
Acerca da tua ilha amada.
Tal amor cresceu.
Menina fez-se mulher.
Pela ilha amada gritou, lutou,
Chorou e amou.
Mas é por ti, mãe querida,
Que ainda lá não voltou.
Notícias chegam de longe,
Menos de alguém por nós querido, desaparecido.
O sofrimento é grande,
A paz, possível e acertada.
Na tua felicidade contagiante
Dizes que amas a tua menina amada,
Pedes para gravar da TV,
Tal festa tão ansiada.
Mas…Quis Deus que após o sofrimento,
Te sentisses livre e em paz.
Que pudesses ver de “camarim”
A cerimónia da liberdade.
Enquanto a festa é preparada,
“Voaste” pra junto de Deus
Em Seus braços te aninhaste,
Rezaste e viste…
A cerimónia da Independência e…
O tais que te cobriu,
A tristeza, dor e lágrimas
Pela tua partida inesperada.
Mãe querida,
Mulher amada, por tantos querida,
Quis Deus que fosses livre
Juntamente com a tua ilha Amada.
19-05-2007
Laumalai
Dedicado a minha mãe que partiu juntamente com o passado triste, deixando a esperança de um futuro de paz, amor e liberdade para a sua ilha amada – Timor.
Eras jovem e bela
Quando verdadeiramente te apaixonaste.
Lutaste por esse amor,
Com ele ficaste,
Com ele viveste, te torturaste
E com ele viajaste.
Lá longe,
Na ilha que tanto amaste,
Do teu amor nasceu um fruto.
Menina, a tua menina,
A quem te dedicaste,
Criaste, educaste…
A vida dá voltas, dizem…
E da terra amada partiste,
Levando a tua menina
De pele branca e alma nativa…
Desde sempre o sentiste…
E por isso lhe transmitiste
O amor, conhecimento e informação
Acerca da tua ilha amada.
Tal amor cresceu.
Menina fez-se mulher.
Pela ilha amada gritou, lutou,
Chorou e amou.
Mas é por ti, mãe querida,
Que ainda lá não voltou.
Notícias chegam de longe,
Menos de alguém por nós querido, desaparecido.
O sofrimento é grande,
A paz, possível e acertada.
Na tua felicidade contagiante
Dizes que amas a tua menina amada,
Pedes para gravar da TV,
Tal festa tão ansiada.
Mas…Quis Deus que após o sofrimento,
Te sentisses livre e em paz.
Que pudesses ver de “camarim”
A cerimónia da liberdade.
Enquanto a festa é preparada,
“Voaste” pra junto de Deus
Em Seus braços te aninhaste,
Rezaste e viste…
A cerimónia da Independência e…
O tais que te cobriu,
A tristeza, dor e lágrimas
Pela tua partida inesperada.
Mãe querida,
Mulher amada, por tantos querida,
Quis Deus que fosses livre
Juntamente com a tua ilha Amada.
19-05-2007
Laumalai
PARABÉNS Timor Leste!
Embora com atraso aqui vão os votos de Parabéns e Prosperidade para o meu querido país, que está sempre no meu coração.
Laumalai
Laumalai
Xanana está a acordar?!!!!!! Pois que fique bem acordado para defender Timor e os seus interesses.
Xanana lembra à Austrália acordo brindado com Alatas durante a ocupação
O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, lembrou hoje que a discussão sobre o gás do campo petrolífero Greater Sunrise só existe porque a Austrália brindou com a Indonésia a partilha das riquezas timorenses.
Xanana Gusmão, que hoje esteve em Vemasse, Baucau, a apresentar o "seu" Plano Estratégico de Desenvolvimento, disse que não aceita por isso a solução da Woodside para o campo de Sunrise, mas também porque não está disposto a continuar a ver os recursos das águas que, pela aplicação das 200 milhas marítimas à sua Zona Económica Exclusiva, seriam timorenses, a beneficiar sobretudo a Austrália.
"Foi para lá que foram as estruturas em terra do outro bloco, agora as que são para o Greater Sunrice têm de vir para Timor-Leste, até porque se encontra mais perto da costa timorense", defendeu.
Perante as diligências australianas, fez uma lembrança: o Greater Sunrise só tem discussão porque o Governo australiano assinou com a Indonésia, que ocupava então Timor-Leste, em 1989, a partilha das riquezas timorenses, brindando com Ali Alatas.
Recebido em Vemasse com “pompa e circunstância” à maneira tradicional, Xanana Gusmão ouviu do chefe de Suco (presidente de Junta) as carências e realizações locais, antes de começar a desfolhar o “seu” Plano.
Apesar de rouco, manteve-se durante várias horas a falar sobre o passado, o presente, e o futuro que tem planeado.
Lembrou a resistência dos timorenses para chegarem à independência de hoje e fez a comparação entre os países frágeis como Timor-Leste e países emergentes como o Japão e Singapura, ou a zona económica especial chinesa de Hong-Kong.
“O segredo para o conseguirem foi a aposta nas infra-estruturas”, disse.
Expôs detalhadamente os planos do governo que passam, principalmente, pelo petróleo e gás natural do Mar de Timor.
A construção de uma refinaria em Betamo, de uma plataforma logística no Suai, de uma fábrica para processar o gás natural em Basso.
Exibiu projecções e maquetes num “power-point” e explicou para que servirá cada uma das instalações previstas.
Anunciou grandes projectos de obras públicas, como a construção de um novo aeroporto e de um porto em Tibar, com três ponte-cais e uma zona industrial associada, sendo o actual porto transformado numa marina de recreio, além da construção de um porto pesqueiro em Laga ou Manatuto.
Não esqueceu a base rural da economia, apontando para a transformação da agricultura de subsistência numa agricultura de produção comercial, para abastecer as necessidades futuras.
Disse ainda contar com o desenvolvimento da indústria extrativa, nomeadamente de cobre, ouro, magnésio e mármores, para mudar a face do país, mas não escondeu que o “seu” Plano Estratégico de Desenvolvimento tem como principal motor a exploração do gás e petróleo do Mar de Timor.
Xanana nega pretensão da Woodside e recusa-se a receber ministros australianos
O primeiro-ministro de Timor-Leste já comunicou à empresa Woodside que não aceita uma plataforma flutuante no campo petrolífero Greater Sunrise e recusa-se a receber dois ministros australianos que pretendem um encontro com ele para discutir o assunto.
Fonte do gabinete de Xanana Gusmão disse à Lusa que foi dada uma resposta na terça-feira à Woodside, mantendo a posição conhecida do Governo timorense, que pretende que seja construído um pipeline para o seu território em vez de uma plataforma flutuante como pretende a empresa australiana.
Segundo a mesma fonte, Xanana Gusmão recusa-se também a receber os ministros australianos dos Negócios Estrangeiros e o da Energia e Recursos, que pretendiam encontrar-se com ele no dia 14, em Aileu, a sul de Díli, para discutir o assunto.
O governo australiano considera que a localização do processamento do gás de Sunrise é "uma decisão comercial" e advertiu o Governo timorense de que espera que cumpra as suas obrigações na exploração conjunta daquele campo.
O ministro da Energia e Recursos da Austrália, Martin Ferguson, em declarações citadas pelo jornal The Australian, havia advertido o governo timorense de que deverá cumprir os acordos petrolíferos existentes, considerando que o local de processamento do gás natural é uma decisão comercial do consórcio para a exploração do campo de Greater Sunrise.
"O governo australiano está comprometido com o Tratado do Mar de Timor, o Acordo Internacional de Utilização Conjunta, e o Tratado sobre Ajustes Marítimos no Mar de Timor. Como sempre dissemos, vamos realizar as nossas obrigações e esperamos que o Governo de Timor-Leste cumpra as suas obrigações", declarou o ministro.
A Woodside anunciou a escolha da construção de uma plataforma flutuante para processar o gás natural extraído do campo Greater Sunrise, no Mar de Timor, em detrimento de o fazer em Timor-Leste, encaminhando-o por um pipeline.
O Governo de Timor-Leste reagiu oficialmente ao anúncio, em comunicado, afirmando que não dá o seu aval a essa solução, "agora e no futuro", e lembrou que o processo terá de ser aprovado pelos governos de Timor e da Austrália, de acordo com o Tratado Petrolífero que rege o campo em causa.
O Greater Sunrise está pronto a ser explorado e possui reservas estimadas em 300 milhões de barris de condensado e 177 milhões de toneladas de gás de petróleo liquefeito, correspondentes a 2,05 mil milhões de barris de petróleo.
in: Notícias Lusófonas - Timor Lorosae
O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, lembrou hoje que a discussão sobre o gás do campo petrolífero Greater Sunrise só existe porque a Austrália brindou com a Indonésia a partilha das riquezas timorenses.
Xanana Gusmão, que hoje esteve em Vemasse, Baucau, a apresentar o "seu" Plano Estratégico de Desenvolvimento, disse que não aceita por isso a solução da Woodside para o campo de Sunrise, mas também porque não está disposto a continuar a ver os recursos das águas que, pela aplicação das 200 milhas marítimas à sua Zona Económica Exclusiva, seriam timorenses, a beneficiar sobretudo a Austrália.
"Foi para lá que foram as estruturas em terra do outro bloco, agora as que são para o Greater Sunrice têm de vir para Timor-Leste, até porque se encontra mais perto da costa timorense", defendeu.
Perante as diligências australianas, fez uma lembrança: o Greater Sunrise só tem discussão porque o Governo australiano assinou com a Indonésia, que ocupava então Timor-Leste, em 1989, a partilha das riquezas timorenses, brindando com Ali Alatas.
Recebido em Vemasse com “pompa e circunstância” à maneira tradicional, Xanana Gusmão ouviu do chefe de Suco (presidente de Junta) as carências e realizações locais, antes de começar a desfolhar o “seu” Plano.
Apesar de rouco, manteve-se durante várias horas a falar sobre o passado, o presente, e o futuro que tem planeado.
Lembrou a resistência dos timorenses para chegarem à independência de hoje e fez a comparação entre os países frágeis como Timor-Leste e países emergentes como o Japão e Singapura, ou a zona económica especial chinesa de Hong-Kong.
“O segredo para o conseguirem foi a aposta nas infra-estruturas”, disse.
Expôs detalhadamente os planos do governo que passam, principalmente, pelo petróleo e gás natural do Mar de Timor.
A construção de uma refinaria em Betamo, de uma plataforma logística no Suai, de uma fábrica para processar o gás natural em Basso.
Exibiu projecções e maquetes num “power-point” e explicou para que servirá cada uma das instalações previstas.
Anunciou grandes projectos de obras públicas, como a construção de um novo aeroporto e de um porto em Tibar, com três ponte-cais e uma zona industrial associada, sendo o actual porto transformado numa marina de recreio, além da construção de um porto pesqueiro em Laga ou Manatuto.
Não esqueceu a base rural da economia, apontando para a transformação da agricultura de subsistência numa agricultura de produção comercial, para abastecer as necessidades futuras.
Disse ainda contar com o desenvolvimento da indústria extrativa, nomeadamente de cobre, ouro, magnésio e mármores, para mudar a face do país, mas não escondeu que o “seu” Plano Estratégico de Desenvolvimento tem como principal motor a exploração do gás e petróleo do Mar de Timor.
Xanana nega pretensão da Woodside e recusa-se a receber ministros australianos
O primeiro-ministro de Timor-Leste já comunicou à empresa Woodside que não aceita uma plataforma flutuante no campo petrolífero Greater Sunrise e recusa-se a receber dois ministros australianos que pretendem um encontro com ele para discutir o assunto.
Fonte do gabinete de Xanana Gusmão disse à Lusa que foi dada uma resposta na terça-feira à Woodside, mantendo a posição conhecida do Governo timorense, que pretende que seja construído um pipeline para o seu território em vez de uma plataforma flutuante como pretende a empresa australiana.
Segundo a mesma fonte, Xanana Gusmão recusa-se também a receber os ministros australianos dos Negócios Estrangeiros e o da Energia e Recursos, que pretendiam encontrar-se com ele no dia 14, em Aileu, a sul de Díli, para discutir o assunto.
O governo australiano considera que a localização do processamento do gás de Sunrise é "uma decisão comercial" e advertiu o Governo timorense de que espera que cumpra as suas obrigações na exploração conjunta daquele campo.
O ministro da Energia e Recursos da Austrália, Martin Ferguson, em declarações citadas pelo jornal The Australian, havia advertido o governo timorense de que deverá cumprir os acordos petrolíferos existentes, considerando que o local de processamento do gás natural é uma decisão comercial do consórcio para a exploração do campo de Greater Sunrise.
"O governo australiano está comprometido com o Tratado do Mar de Timor, o Acordo Internacional de Utilização Conjunta, e o Tratado sobre Ajustes Marítimos no Mar de Timor. Como sempre dissemos, vamos realizar as nossas obrigações e esperamos que o Governo de Timor-Leste cumpra as suas obrigações", declarou o ministro.
A Woodside anunciou a escolha da construção de uma plataforma flutuante para processar o gás natural extraído do campo Greater Sunrise, no Mar de Timor, em detrimento de o fazer em Timor-Leste, encaminhando-o por um pipeline.
O Governo de Timor-Leste reagiu oficialmente ao anúncio, em comunicado, afirmando que não dá o seu aval a essa solução, "agora e no futuro", e lembrou que o processo terá de ser aprovado pelos governos de Timor e da Austrália, de acordo com o Tratado Petrolífero que rege o campo em causa.
O Greater Sunrise está pronto a ser explorado e possui reservas estimadas em 300 milhões de barris de condensado e 177 milhões de toneladas de gás de petróleo liquefeito, correspondentes a 2,05 mil milhões de barris de petróleo.
in: Notícias Lusófonas - Timor Lorosae
22/05/2010
A PILHAGEM CONTINUA..........
Hélio do Mar de Timor vendido «sem conhecimento» do Governo
O secretário de Estado dos Recursos Naturais, Alfredo Pires, disse hoje que a venda de hélio pela ConocoPhillips ao produtor de gás alemão Linde Group sem o conhecimento do Governo, como noticia hoje o Financial Times, “é uma questão delicada”.
Alfredo Pires recusou-se a tecer comentários sobre um contrato de longo prazo celebrado em Março entre o Linde Group e a ConocoPhillips, para a venda de hélio resultante do processo de liquefação do gás natural extraído no Mar de Timor, do campo Bayu Undan, que está na zona de exploração conjunta com a Austrália.
“Neste momento não quero prestar quaisquer declarações sobre isso, porque é uma matéria sensível que tem de ser tratada pelos dois países e temos de estudar os contratos que foram realizados ao abrigo do acordo entre Timor-Leste e a Austrália”, disse à Lusa.
O jornal inglês Financial Times avança com a notícia de que uma nova frente de batalha entre a Austrália e Timor-Leste por causa do Mar de Timor está criada devido ao hélio, adiantando que Timor-Leste está a ponderar mover uma ação judicial por causa da instalação de uma unidade de produção de hélio na Austrália.
Segundo o Financial Times, o Governo timorense foi apanhado de surpresa, ao ter conhecimento do contrato do hélio, que deverá ser processado pelo Linde Group a partir de Darwin e que deverá ter uma produção anual de 150 milhões de pés cúbicos, usando como matéria prima um “subproduto” do campo petrolífero de Bayu Undan, operado pela ConocoPhillips.
O jornal britânico, que cita como fontes advogados do Governo timorense, refere que o Executivo de Timor-Leste não foi consultado sobre o aproveitamento do hélio proveniente do campo e que a economia da Austrália vai beneficiar mais uma vez da criação de emprego e do crescimento do setor privado à custa de recursos partilhados com Timor-Leste, sem que os timorenses obtenham benefícios equivalentes.
“Os tratados bilaterais com a Austrália não permitem a exploração unilateral do leito do mar”, disse ao Financial Times a mesma fonte, admitindo que o estatuto jurídico dos resíduos do processamento de gás natural, nomeadamente o hélio, poderá abrir uma disputa legal, tanto mais que o valor do hélio, usado na indústria farmacêutica, na defesa e na electrónica, está em ascensão.
Timor-Leste mantém também um diferendo com a empresa australiana Woodside, que lidera o consórcio para a exploração de gás no campo de Greater Sunrise, devido à decisão da companhia em construir um plataforma flutuante, em detrimento de um gasoduto em Timor-Leste, como pretendiam as autoridades timorenses.
in: Notícias Lusófonas - Timor Lorosae
O secretário de Estado dos Recursos Naturais, Alfredo Pires, disse hoje que a venda de hélio pela ConocoPhillips ao produtor de gás alemão Linde Group sem o conhecimento do Governo, como noticia hoje o Financial Times, “é uma questão delicada”.
Alfredo Pires recusou-se a tecer comentários sobre um contrato de longo prazo celebrado em Março entre o Linde Group e a ConocoPhillips, para a venda de hélio resultante do processo de liquefação do gás natural extraído no Mar de Timor, do campo Bayu Undan, que está na zona de exploração conjunta com a Austrália.
“Neste momento não quero prestar quaisquer declarações sobre isso, porque é uma matéria sensível que tem de ser tratada pelos dois países e temos de estudar os contratos que foram realizados ao abrigo do acordo entre Timor-Leste e a Austrália”, disse à Lusa.
O jornal inglês Financial Times avança com a notícia de que uma nova frente de batalha entre a Austrália e Timor-Leste por causa do Mar de Timor está criada devido ao hélio, adiantando que Timor-Leste está a ponderar mover uma ação judicial por causa da instalação de uma unidade de produção de hélio na Austrália.
Segundo o Financial Times, o Governo timorense foi apanhado de surpresa, ao ter conhecimento do contrato do hélio, que deverá ser processado pelo Linde Group a partir de Darwin e que deverá ter uma produção anual de 150 milhões de pés cúbicos, usando como matéria prima um “subproduto” do campo petrolífero de Bayu Undan, operado pela ConocoPhillips.
O jornal britânico, que cita como fontes advogados do Governo timorense, refere que o Executivo de Timor-Leste não foi consultado sobre o aproveitamento do hélio proveniente do campo e que a economia da Austrália vai beneficiar mais uma vez da criação de emprego e do crescimento do setor privado à custa de recursos partilhados com Timor-Leste, sem que os timorenses obtenham benefícios equivalentes.
“Os tratados bilaterais com a Austrália não permitem a exploração unilateral do leito do mar”, disse ao Financial Times a mesma fonte, admitindo que o estatuto jurídico dos resíduos do processamento de gás natural, nomeadamente o hélio, poderá abrir uma disputa legal, tanto mais que o valor do hélio, usado na indústria farmacêutica, na defesa e na electrónica, está em ascensão.
Timor-Leste mantém também um diferendo com a empresa australiana Woodside, que lidera o consórcio para a exploração de gás no campo de Greater Sunrise, devido à decisão da companhia em construir um plataforma flutuante, em detrimento de um gasoduto em Timor-Leste, como pretendiam as autoridades timorenses.
in: Notícias Lusófonas - Timor Lorosae
Subscrever:
Mensagens (Atom)