29/01/2008

Pachelbel Canon in D Major Perfect Version

E já que falamos de cultura, aqui vai este belo e clássico tema composto Johanne Pachelbel.
Deliciem-se e relaxem, pra não precisarem ir ao médico nos próximos tempos (pelo menos quem estiver ou vier a Portugal).

Um abraço
Laumalai

Um advogado a dirigir a Cultura

José Sócrates escolheu um jurista para assumir a pasta da Cultura. O novo ministro tem grandes ligações ao PS e é um activo militante cívico. Não lhe são conhecidas quaisquer actividades em qualquer matéria artística ou cultural.

Alexandra Carita
17:29 Terça-feira, 29 de Jan de 2008

José António Pinto Ribeiro, o advogado que substitui Isabel Pires de Lima à frente da pasta da Cultura, tem como especialidade o Direito Comercial. Licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, é aos 61 anos tido como um dos mais "brilhantes juristas" do país. A sua ligação ao Partido Socialista é longa, tendo tido os seus pontos altos marcados pela sua participação activa nos Estados Gerais levados a cabo por António Guterres e pelo apoio à recente candidatura à Presidência da República de Mário Soares.
Não é alheia a esta ligação partidária a amizade com António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Outra ligação forte de Pinto Ribeiro é Joe Berardo, foi ele o elemento nomeado pelo comendador para integrar o Conselho de Administração da Fundação Berardo que gere o Museu com o mesmo nome, e esteve envolvido, desde o mandato de Manuel Maria Carrilho à frente da pasta da Cultura, nas negociações entre o Estado e o empresário madeirense. É, no entanto, no domínio da militância cívica que José António Pinto Ribeiro mais se tem feito notar. A criação do Fórum Justiça e Liberdades, ao qual dedica tempo significativo do seu trabalho é disso exemplo, como também as suas acções públicas pelo Sim nos dois referendos ao aborto. O advogado João Nabais, de quem Pinto Ribeiro foi orientador jurídico, descreve-o como um "homem extremamente inteligente, muito culto e de curiosidade enorme, e com uma disponibilidade total para se envolver questões cívicas". Porém, não lhe são conhecidas quaisquer actividades de índole cultural, além de um interesse grande pelas várias áreas artísticas e uma apetência compulsiva para a leitura, e de ser jurísta da Cinemateca Portuguesa, alimentando uma amizade antiga com João Bernard da Costa.
José Sá Fernandes, de quem é advogado, reconhece-lhe "todo o mérito para o novo cargo". Sá Fernandes descreve José António Pinto Ribeiro como "um maestro", que domina com "grande conhecimento quer a área da música, quer das artes performativas, artes plásticas ou da literatura". Nesse campo, as relações próximas com Mário Vieira de Carvalho, Secretário de Estado da Cultura, na década de 60 e 70. Porém, fonte muito próxima de José António Pinto Ribeiro admite ao Expresso que seja possível que o advogado "extinga o cargo de Secretário de Estado da pasta da Cultura". Do seu currículo profissional, com início em finais da década de 60, fazem parte um estágio no escritório de André Gonçalves Pereira, tendo, depois de cumprir o serviço militar na Marinha, montado o seu próprio escritório, J. A. Pinto Ribeiro & Associados, que ainda hoje mantém. Em 1976 iniciou a sua actividade lectiva como assistente na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, especializando-se no Direito Comercial. De resto, trabalha directamente com vários grupos de seguradoras. Ainda na área do Direito, é conhecida a sua ligação ao Direito Criminal, visto de uma perspectiva cívica. O novo ministro da Cultura é, nomeadamente adepto do sistema judicial americano, defendendo o papel do júri nos julgamentos como elemento essencial da participação dos cidadãos na justiça. A Associação para o Progresso do Direito é outra das entidades que o mantém ocupado para além do exercício activo da advocacia.

In: http://clix.expresso.pt

Mais do mesmo?!
Laumalai

Chegou ao fim o mais polémico mandado da pasta da Cultura

Pires de Lima: o fim de uma governação polémica
O protocolo com a Fundação Berardo que deu origem à criação do Museu no CCB terá ajudado à decisão de demitir Isabel Pires de Lima.


Alexandra Carita
18:24 Terça-feira, 29 de Jan de 2008

O rol de polémicas que as decisões da ministra da Cultura levantaram em dois anos terão sido a causa mais forte para a sua exoneração. Isabel Pires de Lima foi a primeira a dizer que não cederia ao "ultimato" de Joe Berardo, em Dezembro de 2006, e a primeira a assinar o protocolo com o comendador, proprietário da maior colecção de arte contemporânea do país, dois dias depois, oferecendo-lhe o espaço que este sempre reivindicou.
O encerramento do Centro de Exposições do CCB, o valor da colecção e os estatutos do novo museu, nomeadamente o compromisso do Estado contribuir com uma verba anual de 750 mil euros para o fundo de aquisições do Museu foram os pontos mais contestados do acordo.
A demissão de António Pinamontti da direcção do Teatro Nacional de São Carlos foi a segunda bomba a rebentar no meio cultural e a desacreditar a ministra, acusada de exonerar quem dela divergisse, independentemente da sua competência. O caso Dalila Rodrigues em Agosto passado levantou dúvidas sobre a liberdade de expressão dentro das instituições tuteladas pelo MC.
O colapso à beira do qual está o Património e a falta de verbas para essa sua "prioridade" aumentou a polémica, sobretudo com a extinção do Instituto Português de Arqueologia no IGESPAR e a não renovação de avenças de metade dos arqueólogos que ali trabalhavam. Mas terá sido o verdadeiro descalabro na gestão dos museus portugueses a pôr fim a um mandado inglório.
O protocolo com o Museu russo Hermitage e o empenho pessoal da ministra na obtenção de 1,5 milhões de euros em apoios mecenáticos para a primeira exposição da colecção de arte russa em Lisboa em detrimento de um orçamento de funcionamento digno para os 29 museus portugueses, não foi bem visto. Muito menos a decisão de criar o Museu Mar da Língua, com um custo de cinco milhões de euros, no edifício do antigo Museu de Arte Popular.
Há muito descontentes com a indefinição do estatuto do artista, a comunidade de trabalhadores das artes do palco e dos agentes culturais, tinha conseguido até hoje 2778 assinaturas num documento online a pedir a demissão da ministra, o qual seria entregue quinta-feira ao primeiro-ministro.

In: http://clix.expresso.pt/

Remodelação na Saúde

Nova ministra foi acusada de negligência no contrato do Amadora-Sintra
Ex-presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, Ana Jorge foi acusada de lesar o património público por falta de fiscalização ao 'hospital dos Mello'. É contra o encerramento de SAPs mas acredita na reforma em curso.


Cristina Bernardo Silva e Vera Lúcia Arreigoso
18:25 Terça-feira, 29 de Jan de 2008

Enquanto presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo - função que desempenhou entre 1997 e 2000 - Ana Jorge foi acusada pelo Ministério Público de ter efectuado pagamentos indevidos à administração daquela unidade. Segundo a acusação, só Ana Jorge teria de restituir mais de 3,5 milhões de euros transferidos para o Grupo Mello. Foram ainda acusadas no mesmo processo mais 25 pessoas. Em Julho do ano passado, o Tribunal de Contas absolveu todos os envolvidos.
A nova ministra da Saúde, Ana Maria Teodoro Jorge, disse ao Expresso que "ainda é cedo para fazer declarações" mas já admitiu que acredita na reforma em curso e no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Contudo, em Setembro, na qualidade de presidente da Assembleia Municipal da Lourinhã, criticou o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) local no período nocturno.
Quem trabalhou com esta pediatra - que actualmente dirigia o Serviço de Pediatria do Hospital Garcia de Orta, em Almada - afirma que é uma defensora acérrima do SNS, mas o seu nome está associado ao polémico processo de gestão privada do Hospital Amadora-Sintra.
Aos 58 anos, a médica tem fama de ser uma pessoa de trato fácil. "É muito conhecedora e tranquila. Tem ideias muito claras e defenderá o SNS. O facto de ser muito agradável é uma vantagem para o diálogo necessário no momento em curso", disse ao Expresso a presidente da Comissão Parlamentar de Saúde, Maria de Belém, que tutelava a pasta quando Ana Jorge esteve à frente da ARS.
Na sua passagem pela gestão da Saúde em Lisboa, a futura ministra destacou-se na reorganização das Urgências pediátricas nos hospitais, que reservou para as situações verdadeiramente graves. Ana Jorge quis que os centros de saúde fossem o primeiro ponto de assistência no sistema. Na prática, a clínica dava importância à triagem dos SAP, precisamente o primeiro elo da corrente a ser quebrado pelo demissionário Correia de Campos. Esteve ainda na origem da linha telefónica pediátrica "Dói-dói, trim-trim". Em 2005 chegou a ser sondada para ocupar o cargo de governadora civil de Lisboa, o que acabou por não acontecer.
Com uma actividade muito ligada à criança, a futura ministra não tem filiação política conhecida mas consta da lista da Comissão de Honra de Manuel Alegre - um dos socialistas mais ferozes nas criticas à política de Correia de Campos - nas últimas presidenciais. Hoje, Alegre disse que "o primeiro-ministro compreendeu as consequências negativas" da política de Saúde e manifestou a esperança de que esta remodelação seja "política e não pessoal". Na mesma linha, António Arnaut (considerado o pai' do SNS) afirmou ao Expresso que Sócrates foi "sensível ao clamor nacional e à revolta popular" contra o encerramento de unidades de saúde, reconhecendo como "justas as reinvindicações das populações". Arnaut alerta que a futura ministra terá de "recuar em alguns aspectos" e deixa uma palavra de consolo a Correia de Campos: "Tem razão em muitas reformas, simplesmente não soube explicá-las e agiu com arrogância".

In: http://clix.expresso.pt/

Temos "sangue" minha gente!

Laumalai


Remodelação na Saúde

Correia de Campos sai na véspera de dar explicações aos deputados
O demissionário ministro da Saúde anunciava amanhã no Parlamento a rede final de Urgências. A saída surpreende depois de uma entrevista ao Expresso onde garantia permanecer até ao fim do mandato.


Cristina Bernardo Silva e Vera Lúcia Arreigoso
18:41 Terça-feira, 29 de Jan de 2008


A rede final de Serviços de Urgência em todo o país seria apresentada amanhã aos deputados na Comissão Parlamentar de Saúde. A audição do que seria ainda o ministro da Saúde estava marcada logo para as dez horas da manhã mas, afinal, Correia de Campos demitiu-se. "Foi uma surpresa mas acredito que se tratou de uma coincidência" disse ao Expresso a presidente daquela comissão, Maria de Belém. Segundo a carta de demissão, Correia de Campos abandonou funções pela necessidade de manter "a relação de confiança entre os cidadãos e o Serviço Nacional de Saúde". Em causa estarão as polémicas recentes com as Urgências e a Emergência Médica, que terão criado um ambiente de crispação entre doentes e profissionais de saúde à qual o governante não resistiu.
Nas duas últimas semanas, Correia de Campos foi a figura mais contestada no Governo devido à morte de dois bebés e às supostas falhas no socorro pré-hospitalar. A actuação do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) esteve debaixo de fogo e a gota de água foi o telefonema entre uma operadora do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM e os bombeiros voluntários de Favaios e Alijó. Estes episódios obrigaram responsáveis de todo o sector a reunirem de emergência, ontem à tarde, tendo sido reconhecidas as fragilidades do sistema e anunciada a criação de uma rede nacional de ambulâncias.
O percurso acidentado de Correia de Campos ficou ainda marcado pelo encerramento de Serviços de Atendimento Permanente (SAP) e de blocos de parto, pelo braço-de-ferro com os médicos a propósito da alteração ao Código Deontológico na questão do aborto, pela imposição do controlo biométrico da assiduidade aos profissionais de saúde, pela criação de novas taxas moderadoras e pela redução da comparticipação de medicamentos. Ainda assim, foi também ele que liberalizou a propriedade da farmácia, autorizou a venda de medicamentos não sujeitos a receita médica em espaços saúde, aumentou os genéricos em circulação, impôs limites aos preços cobrados pela indústria farmacêutica e preparava-se para permitir a abertura de farmácias de oficina nos hospitais, capazes de dispensar os medicamentos pelo sistema de unidose. Estava em curso a abertura de novas Unidades de Saúde Familiar e a regulamentação da Lei da Procriação Medicamente Assistida. Medidas que o tempo não permitiu tirar do papel. Caberá agora à sucessora, Ana Jorge, decidir o que fazer. Esta lista inclui ainda a construção de novos hospitais, como Faro, Sintra, Cascais e Loures.

In: http://clix.expresso.pt

Professores são profissão em que portugueses mais confiam e a quem dariam mais poder

Lisboa, 25 Jan (Lusa) - Os professores são a profissão em que os portugueses mais confiam e também aquela a quem confiariam mais poder no país, segundo uma sondagem mundial efectuada pela Gallup para o Fórum Económico Mundial (WEF).

12:02 Sexta-feira, 25 de Jan de 2008

Os professores são a profissão em que os portugueses mais confiam e também aquela a quem confiariam mais poder no país, segundo uma sondagem mundial efectuada pela Gallup para o Fórum Económico Mundial (WEF).
Os professores merecem a confiança de 42 por cento dos portugueses, muito acima dos 24 por cento que confiam nos líderes militares e da polícia, dos 20 por cento que dão a sua confiança aos jornalistas e dos 18 por cento que acreditam nos líderes religiosos.
Os políticos são os que menos têm a confiança dos portugueses, com apenas 7 por cento.
Relativamente à questão de quais as profissões a que dariam mais poder no seu país, os portugueses privilegiaram os professores (32 por cento), os intelectuais (28 por cento) e os dirigentes militares e policiais (21 por cento), surgindo em último lugar, com 6 por cento, as estrelas desportivas ou de cinema.
A confiança dos portugueses por profissões não se afasta dos resultados médios para a Europa Ocidental, onde 44 por cento dos inquiridos confiam nos professores, seguindo-se tal como em Portugal os líderes militares e policiais, com 26 por cento.
Os advogados, que em Portugal apenas têm a confiança de 14 por cento dos inquiridos, vêm em terceiro lugar na Europa Ocidental, com um quarto dos europeus a darem-lhes a sua confiança, seguindo-se os jornalistas, que são confiáveis para 20 por cento.
Em ultimo lugar na confiança voltam a estar os políticos, com 10 por cento.
A nível mundial, os professores são igualmente os que merecem maior confiança, de 34 por cento dos inquiridos, seguindo-se os líderes religiosos (27 por cento) e os dirigentes militares e da polícia (18 por cento).
Uma vez mais, os políticos surgem na cauda, com apenas 8 por cento dos 61.600 inquiridos pela Gallup, em 60 países, a darem-lhes a sua confiança.
Os professores surgem na maioria das regiões como a profissão em que as pessoas mais confiam.
Os docentes apenas perdem o primeiro lugar para os líderes religiosos em África, que têm a confiança de 70 por cento dos inquiridos, bastante acima dos 48 por cento dos professores, e para os responsáveis militares e policiais no Médio Oriente, que reúnem a preferência de 40 por cento, à frente dos líderes religiosos (19 por cento) e professores (18 por cento).
A Europa Ocidental daria mais poder preferencialmente aos intelectuais (30 por cento) e professores (29 por cento), enquanto a nível mundial voltam a predominar os professores (28 por cento) e os intelectuais (25 por cento), seguidos dos líderes religiosos (21 por cento).
A Gallup perguntou "em qual deste tipo de pessoas confia?", indicando como respostas possíveis políticos, líderes religiosos, líderes militares e policiais, dirigentes empresariais, jornalistas, advogados, professores e sindicalistas ou "nenhum destes", tendo esta última resposta sido escolhida por 28 por cento dos portugueses, 26 por cento dos europeus ocidentais e 30 por cento no mundo.
A Gallup questionou "a qual dos seguintes tipos de pessoas daria mais poder no seu país?", dando como opções políticos, líderes religiosos, líderes militares e policiais, dirigentes empresariais, estrelas desportivas, músicos, estrelas de cinema, intelectuais, advogados, professores, sindicalistas ou nenhum destes.
A opção "nenhum destes" foi escolhida por 15 por cento em Portugal, 19 por cento na Europa Ocidental e 23 por cento a nível internacional.
FVZ.
Lusa/fim

In: http://clix.expresso.pt